quarta-feira, 11 de agosto de 2010

PROTESTO DE MAIS DE CINCO MIL ESTUDANTES EXPÕE CRISE DA EDUCAÇÃO NO GOVERNO ROSEANA SARNEY



A Praça Deodoro, em frenta a Biblioteca Benedito Leite, estava lotada na tarde de hoje por estudantes da rede de ensino pública estadual. 

Mais de 5 mil estudantes. Parecia o mesmo filme da greve estudantil de 79. Foi só o começo. Uma prova de que o movimento pelas mudanças brotou agora da indignação dos mais jovens.
Foi assim no início da queda do presidente Fernando Collor. Os caras pintadas deram exemplo ao país.  Hoje, os estudantes protestaram contra a qualidade de ensino no estado, em queda segundo avaliação do ENEM.

E iniciaram um coro que pode logo logo ganhar adesões nas praças, ruas, avenidas, vilas e favelas de cada cidade. Entoaram em, ato e bom som o “fora oligarquia”, numa referência direta à família Sarney.
De vários bairros de São Luís, os alunos da rede estadual de ensino percorreram em passeata pelo Gonçalves Dias, na Avenida Kennedy, até a Praça Deodoro, onde aconteceu o Ato do Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto.

“Estamos aqui para protestar contra a onda de mentiras repetida diariamente pelo sistema de comunicação da família da governadora, que afirma de maneira fantasiosa que o ensino do Maranhão tem qualidade”, disse Victor Fontinele, do Movimento Estudantil Independente, despertando a plateia.

“Hoje é dia de aniversário de Gonçalves Dias e de fundação da Academia Maranhense de Letras. Mas, só temos que nos entristecer com essa data, já que não há motivo para comemorar”, ressaltou Daise Lisboa, presidente do MEI.
Estudantes da rede pública de ensino de São Luís protestaram nesta terça-feira, 10, contra a qualidade de ensino no estado, em queda segundo avaliação do ENEM. Entoando palavras de ordem como “fora oligarquia”, numa referência direta à família Sarney, alunos de escolas da rede estadual de vários bairros de São Luís seguiram em passeata do CEM Gonçalves Dias, na Avenida Kennedy, até a Praça Deodoro, onde aconteceu o Ato do Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto.


Em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, fechada há um ano para reforma, onde foi montado um palco, um grande número de estudantes se concentrava desde o meio da tarde. No início da noite eram mais de cinco mil estudantes que participavam do ato público organizado pelo MEI (Movimento Estudantil Independente) e pelo CES (Central Estudantil Secundarista).

“Estamos aqui para protestar contra a onda de mentiras repetida diariamente pelo sistema de comunicação da família da governadora, que afirma de maneira fantasiosa que o ensino do Maranhão tem qualidade”, disse Victor Fontinele, do Movimento Estudantil Independente, inflamando a plateia.

Os estudantes repudiaram com vaias o fechamento da Biblioteca Pública Benedito Leite, órgão da Secretaria de Estado da Cultural. Segundo Fontinele, o descaso com a principal biblioteca escolar da cidade demonstra a insensibilidade do governo com o futuro da juventude.

“Hoje é dia de aniversário de Gonçalves Dias e de fundação da Academia Maranhense de Letras. Mas, só temos que nos entristecer com essa data, já que não há motivo para comemorar”, ressaltou Daise Lisboa, presidente do MEI. O protesto dos estudantes ganhou reforço com a participação da diretoria do Conselho Regional de Biblioteconomia. A presidente do CRB, Silvelene da Silva, recolhe assinaturas para mover uma ação civil pública contra o estado, através do Ministério Público do Estado, responsabilizando-o pelo fechamento da biblioteca Pública Benedito Leite.

Segundo avaliação dos organizadores, quase todas as escolas estavam representadas no ato, em média cinqüenta alunos de cada unidade de ensino. Alunos do Liceu Maranhense, Barjonas Lobão, Bernardo Coelho de Almeida, CEM Almirante Tamandaré, e de outras escolas marcaram presença.

No intervalo entre as apresentações das atrações musicais, os lideres estudantis provocaram a platéia com palavras de ordem e discursos contundentes. “Lamentamos que o sistema de comunicação dos Sarney divulgue sempre inverdades, não somente em relação à educação, mas também sobre saúde nesse estado, mostrando indicadores de mentira”, discursou Lucivaldo Lopes, presidente da CES.

Lucivaldo Lopes citou o estrangulamento da saúde em São Luís, causado pelas reformas sem tempo de terminar que o governo do estado promove na rede pública de maneira geral. “O Hospital do PAM Diamante está fechado há quase um ano para fazer uma reforma de 120 dias”, criticou o presidente da CES.

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