sábado, 13 de novembro de 2010

É uma tendência que eu seja candidato a prefeito, diz Flávio Dino (PCdoB)



Josie Jeronimo






O deputado Flávio Dino diz que deve disputar a Prefeitura de São Luís.









Candidatos que se destacaram na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados, em governos estaduais e até mesmo na corrida presidencial tentam manter a eleição deste ano “aquecida” e seguem com a campanha nas ruas. De olho em 2012, partidos e concorrentes de peso optaram por não desmontar os palanques e marcar território como pré-candidatos a disputadas prefeituras de capitais antes mesmo de a presidente e governadores eleitos assumirem os respectivos mandatos.



O PCdoB já sonha com as prefeituras das capitais de Maranhão, Rio Grande do Sul e São Paulo. O deputado Flávio Dino (MA) saiu da disputa pelo governo com Roseana Sarney (PMDB) com 40% dos votos em São Luís. Apesar de perder para a peemedebista, o desempenho entre a ala urbana do eleitorado animou Dino, que chegou em segundo na disputa pela prefeitura em 2008. “É uma tendência que eu seja candidato a prefeito. Acabamos de sair das eleições, vamos esperar decantar um pouco e compor um arco de alianças. Começaremos a discutir isso em abril. Mas eu tive quase 40% dos votos na capital, tenho um ativo eleitoral. Eu sou pré-candidato em São Luís, a Manuela (D’Ávila) é pre-candidata em Porto Alegre e o Netinho (de Paula) é pré-candidato em São Paulo”, adianta Flávio Dino.



O PT de Minas Gerais já iniciou as discussões para a disputa da prefeitura de Belo Horizonte. Em reunião com partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o diretório mineiro do PT decidiu manter a aliança das eleições deste ano. Até agora, informa o presidente do PT de Minas Gerais, deputado Reginaldo Lopes, a tendência é o partido apoiar a reeleição de Márcio Lacerda (PSB), atual prefeito de Belo Horizonte. “Ainda é cedo, estamos avaliando a eleição de 2010. Mas a ideia é a gente continuar unido. É o time de Dilma. A priori, se ele (Lacerda) continuar implementando nosso projeto, com a mesma lealdade, é natural a candidatura dele”, acena Lopes. O PT tem a meta de eleger 50 prefeitos em Minas Gerais em 2012.



A união dos partidos da base para apoiar Lacerda tiraria o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) da lista de candidatos. Quintão disputou a prefeitura com Lacerda e perdeu a eleição depois de virada do socialista. “Estamos pregando que haja uma composição da base, dos partidos que apoiam Dilma, para que não haja candidatura discordante”, afirma Quintão.



No Rio de Janeiro, a corrida pelo Senado, pelo governo e pela Vice-Presidência da República antecipou a formação do celeiro de candidatos que disputarão o Executivo da capital com o atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB). Das fileiras do PV, o experiente Fernando Gabeira deve reeditar o embate de 2008 com Paes. Pelo DEM, o candidato a vice na chapa do presidenciável derrotado José Serra (PSDB), Índio da Costa, fez da disputa presidencial uma vitrine para a ampliação de seu “ativo eleitoral”. Se Índio não concorrer, o DEM também tem a opção do ex-prefeito Cesar Maia, detentor de eleitorado cativo na capital.



No início de dezembro, o PSB realizará seminário com todos os correligionários que estão à frente de administrações municipais e estaduais para trocar experiências bem sucedidas entre os socialistas. A ideia é produzir material para uma cartilha de condutas e metas a fim de apoiar o partido em 2012. O secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, explica que o partido pretende manter o comando das três capitais que governa — Belo Horizonte, Boa Vista e Curitiba — e aumentar o número de prefeituras. “Nosso plano é a ampliação. Se nós estivermos bem no governo, estaremos bem nas prefeituras também”, avalia.



Depois da corrida presidencial, o PSDB ainda não se reuniu para avaliar o resultado da disputa e conversar sobre o futuro, mas a Executiva prepara encontro para definir os rumos da legenda. A possibilidade de José Serra disputar a Prefeitura de São Paulo em 2012 ainda não foi discutida pelo partido, segundo o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP). “O Serra está no exterior. Se alguém está discutindo prefeitura, é coisa de candidato, não de organização partidária”, afirma Madeira.

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