segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Roberto Rocha diz que “diferenças com o grupo Sarney sempre foram de natureza política” e afirma que oposição “terá que ser reinventada”


Do blog do John Cutrim

O deputado federal Roberto Rocha (PSDB) concedeu uma entrevista contundente ao jornalista Francisco Bezerra, do jornal O Imparcial – edição deste domingo (21). Nela, o tucano falou de vários temas, entre eles a sucessão municipal de 2012 e estadual de 2014, a suposta aproximação com o grupo Sarney, os caminhos do PSDB e da oposição no Maranhão e a possibilidade de disputar a prefeitura de Balsas.




Veja abaixo os principais pontos da entrevista.



1 – Como será a relação do PSDB como o governo Roseana Sarney e com o governo Dilma?



Roberto Rocha – É natural que se mantenha coerente com a postura que teve na campanha. Mas o partido ainda fará uma reunião de avaliação das eleições e tomará uma posição futura.



2 – O ex-governador José Reinaldo Tavares afirmou que a oposição teve candidatos demais ao senado e isto foi uma estratégia equivocada. Como o senhor avalia esta situação?



RR – Havia duas vagas para senador. Sempre defendi a unidade das oposições, inclusive cheguei a lançar o ex-governador José Reinaldo a prefeito de São Luís em 2008 como forma de fortalecer as oposições para 2010. Fui mal compreendido. Tem gente com mais autoridade do que eu para falar sobre a divisão das oposições.



3 – O senhor esteve com o grupo Sarney no início da sua carreira política. Há possibilidade de uma reaproximação como este grupo?



RR – Nunca neguei as minhas origens. Não faço política em termos de projetos pessoais ou familiares. Minhas diferenças com o grupo Sarney sempre foram de natureza política. O processo político é muito dinâmico e é um risco tentar fazer prognósticos seguros.



4 – Como o senhor vê os caminhos da oposição no Maranhão?



RR – Acho que terá que ser reinventada. O desafio é fazer com que as gerações mais experientes contribuam para que a nova geração de políticos sejam os protagonistas das próximas batalhas. Estamos vivendo uma transição de geração.



5 – Em relação às eleições de 2012, o senhor cogita participar da disputa? Tem essa intenção?



RR – Tive quase 700 mil votos para senador. Desses, mais de 170 mil somente na ilha de São Luís. Não pauto minha vida pública apenas em termos de eleições. Balsas sempre me deu votações extraordinárias e não foi diferente em 2010. Mas não faz parte dos meus planos ser prefeito de Balsas, ainda que isso fosse uma honra para mim. Afinal qualquer filho deseja realizar os sonhos do pai.



6 – Alguns setores da oposição dizem que o senhor ao ter apoiado o lançamento da candidatura do deputado André Fufuca pelo PSDB tirou uma vaga de um nome da oposição na Assembléia. Como o senhor encara estas críticas?



RR – Esse assunto sobre o André Fufuca é cercado de muita fofoca e intriga.



7 – Dentre os nomes existentes hoje na oposição, quem o senhor acredita que pode disputar o governo estadual em 2014?



RR – Acabamos de sair de uma eleição. É muito cedo para falar de 2014, até porque antes temos 2012.

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