“Farei o melhor governo da minha vida”. Esta foi uma das primeiras fases proferidas pela governadora Roseana Sarney logo após a solenidade de diplomação pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Passados 97 dias, aos 57 anos e no seu quarto mandato como governadora, Roseana tem, até agora, feito o “pior governo da sua vida”. Que as outras administrações da filha do senador José Sarney não foram lá essas coisas, todos sabem. Mas o fato de conseguir ser pior do que as três gestões passadas tem sido uma proeza e tanto.
O mais pessimista dos maranhenses tinha a convicção que Roseana, dessa vez, conseguiria realizar um governo no mínimo razoável. Com o apoio de todo aparato do governo federal e de outras esferas Roseana reuniria todas as condições para, realmente, fazer o melhor governo da sua vida.
No entanto, o que se pode ver, em quase cem dias de gestão é uma administração totalmente inerte, inoperante e desastrada. O resultado de tamanha letargia é o caos que se instalou em todos os setores do seu governo.
Na segurança, nunca se viu índices tão alarmantes de violência. O número de rebeliões, assaltos e mortes nunca atingiram patamares tão altos. Cabeças decepadas em penitenciárias, estrutura precária nas delegacias e greve de policiais são indicadores de que o Maranhão está com seu sistema de segurança vulnerável e fragilizado, apesar do conhecimento técnico do secretário.
Na área de saúde a realidade também não é diferente. Pacientes com falta de atendimento nos hospitais, filas nos corredores, ausência de médicos e de medicamentos demonstram que a governadora, em sua passagem pelo Palácio dos Leões, nunca teve comprometimento com a causa. É triste, por exemplo, ver milhares de maranhenses sendo diariamente humilhados em Teresina. A capital do Piauí passou a não aceitar mais pacientes vindos do Maranhão sem encaminhamento. Ou seja, algo lamentável e ao mesmo tempo vergonhoso para nosso Estado.
Roseana, caso tivesse cumprido com a promessa feita na campanha de entregar no fim do ano passado os 72 hospitais do programa ‘Saúde é Vida’, a população não estaria passando por tal tipo de constrangimento. Um exemplo (dos milhares que existem) da negligência deste governo foi a morte, hoje, do bebê de dois meses e dez dias (Hanna Ester Aguiar) após esperar cinco dias por uma vaga em um leito de UTI na rede pública. Uma irresponsabilidade e falta de sensibilidade sem proporções com a vida humana.
Na educação a situação se agrava mais ainda. Faltam escolas – as que existem não apresentam condições mínimas de funcionamento – e os professores não ganham o condizente com a carga horária de trabalho. Somados a isso, a inexistência de concurso público para provimento do déficit no quadro e a ausência de incentivo do aluno ir à saula de aula. À atual secretária, falta-lhe habilidade e condições para solucionar os problemas. Tanto é que uma greve dos profissionais do magistério arrasta-se há mais de 30 dias, prejudicando alunos, sem que o governo consiga negociar com os educadores.
Portanto, pela falta de capacidade, inteligência e preparo associado a falta de vontade e compromisso com o bem-estar da população, Roseana faz o pior governo da sua vida e também de todos os maranhenses. Ainda resta 3 anos e 6 meses para mudar esse cenário.
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