O Globo
A guerra das oligarquias no Maranhão parece não ter terminado com a morte do ex-governador Jackson Lago. A família de Lago, ainda muito abatida com o acontecido nesta segunda-feira, afirmou durante o velório do político na sede do PDT, em São Luís, capital maranhense, dispensar a nota de pesar enviada pelo presidente do Senado, José Sarney, inimigo declarado de Jackson.
O ex-chefe da Casa Civil do Maranhão e ex-deputado estadual do PSDB, Aderson Lago, primo do ex-governador, não economizou nas críticas à nota enviada pelos Sarney e não fez questão de esconder o clima de hostilidade e rivalidade que reina entre as famílias.
- A máfia que mata é a mesma que manda flores, faz elogios e vai ao enterro – disse.
Ainda de acordo com a família de Jackson Lago, o político nunca se recuperou do processo de cassação que sofreu enquanto estava no poder, em 2009.
- Desde então ele mostrou-se abatido e sua saúde nunca mais foi a mesma – disse Antônio Carlos Lago, irmão do ex-governador.
O corpo de Jackson Lago chegou no final da tarde desta terça-feira à sede do PDT em São Luís, capital maranhense, onde será velado. Durante todo o trajeto do corpo, do aeroporto ao local do velório, a população, emocionada, prestou homenagens ao ex-governador, agitando bandeiras do PDT e do estado do Maranhão, numa demonstração de carinho. O trânsito próximo à sede do partido foi interrompido pela PM, causando um enorme engarrafamento nas proximidades. O enterro está marcado para as 10h desta quarta-feira, no cemitério dos Vinhais.
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