terça-feira, 9 de agosto de 2011

Oposição na Assembleia se une em defesa da saúde no Maranhão


Cunha Santos
Agência Assembleia

 
 
Representantes de diversos partidos políticos de oposição reuniram-se na tarde de segunda-feira (8) no objetivo de criar um grupo de defesa da saúde no Estado. Estavam presentes o deputado federal Domingos Dutra (PT) e os deputados estaduais Rubens Júnior (PCdoB), Marcelo Tavares (PSB), Cleide Coutinho (PSDB) e Gardênia Castelo (PSDB).

Eles pretendem acompanhar a construção dos 72 hospitais prometidos pelo governo e vão apresentar requerimento ao plenário pedindo a cópia do contrato realizado entre a SES e a Proenge, empresa que segundo os parlamentares já recebeu R$ 30 milhões do governo do Estado e não concluiu um único hospital.

Outra idéia é convocar o secretário de Estado da Saúde, deputado licenciado Ricardo Murad (PMDB), a prestar esclarecimentos sobre a construção dos hospitais cuja conclusão a cada dia é anunciada para uma nova data.

O primeiro ato desta comissão informal de parlamentares acontece terça-feira pela manhã com a visita a hospitais estaduais de São Luís. Os parlamentares visitarão os hospitais Pan Diamante, Genésio Rego, Ipem, Pan Diamante da Cidade Operária e UPA do Anjo da Guarda.

Segundo o deputado Domingos Dutra, na verdade o governo do Estado prometeu a construção de 83 e não 72 unidades hospitalares e os valores das construções vem sendo aditivados.

Ainda conforme cálculos do parlamentar, os valores das dispensas de licitação já ultrapassam R$ 1 bilhão. O deputado Marcelo Tavares refletiu que o Programa de Saúde do Maranhão não tem como dar certo porque o modelo é incompatível com o Programa de Saúde do Brasil. A deputada Cleide Coutinho chamou de palhaçada querer que municípios que recebem 300 mil reais de FPM sustentem hospitais cujo custo mensal chegam a R$ 800 mil.

Há também a ideia de convocar a sociedade civil para discutir o problema da saúde no Maranhão. O Sindicato dos Professores, dentre outros, se fizeram representar na reunião. As conseqüências do trabalho das oposições serão levadas às conferências municipais de saúde e desaguarão na Conferência Estadual de Saúde, inclusive com a convocação do Conselho Regional de Medicina e do Conselho Regional de Enfermagem.

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