terça-feira, 29 de junho de 2010

Comoção

 Por Zé Reinaldo Tavares
Passei o domingo atendendo ligações do interior do estado. Todos queriam saber se o Flávio Dino não seria mais candidato ao governo, já que no dia anterior a rede de intrigas da Mirante havia espalhado que ele desistira da candidatura. As pessoas ligavam angustiadas, fazendo apelos para que ele mantivesse a candidatura, certas de que ganhará a eleição.

Acalmei a todos, afirmando que a candidatura do Flávio é irreversível, tem o apoio do PSB e do PCdoB e vai ganhar a eleição, porque assim o povo quer. Penso que essas tentativas só favorecem e solidificam a candidatura de Flávio Dino, tal a comoção demonstrada pela população, que tudo acompanha e tira lições.

O tapetão que Sarney armou para tirar o PT de Flávio trará duras conseqüências contra a candidatura de Roseana Sarney.

Não adianta tentarem me jogar contra o Flávio, pois isso jamais colará. Estamos juntos para vencer e quero agradecer a grande ajuda que o grupo Mirante dá à minha campanha ao Senado. Quanto mais se ocupam em me agredir, mais votos eu tenho entre a imensa maioria da população do Maranhão que quer mudanças. Nem vou perder tempo para rebater o que dizem. Podem continuar...

Entendo a raiva contra mim. Do ponto de vista deles, dou-lhes razão para a ira, pois sabem que se não tivesse ficado no governo até o fim e, com isso sacrificando minha eleição para o Senado na ocasião, nós não teríamos imposto a eles a derrota acachapante que tiveram. Isto dói-lhes na alma. Sabem que se eu tivesse cedido ao desejo quase unânime da oposição de lançar um só candidato (o tal plebiscito), os derrotados teriam sido nós.

É verdade, eles têm mesmo muitos motivos para me odiar. Mas eu tenho o que eles não têm: credibilidade e apoio de uma grande parcela dos eleitores do Maranhão. Se assim não fosse, eles não me bateriam tanto.

Eu reafirmo que serei candidato de qualquer maneira ao Senado. Enfrentarei tudo isso, pois tenho a convicção inabalável de que só elegendo senador ou senadores poderemos modificar as coisas, quebrando a principal fonte de poder e manipulação política que sustenta a oligarquia.

Posso perder? Claro, será uma eleição muito difícil, mas conto com o povo do Maranhão, com essa grande maioria que não se dobra mais à vontade dos Sarney e quer derrotá-los. Só posso pedir que me ajudem, pois, assim, poderemos mudar essa longa e triste dominação política do nosso estado que só trouxe ao povo pobreza e miséria.

Vamos à luta. Se vencer, saberei honrar os compromissos com o povo e com a classe política, que sempre me distingue com amizade e confiança. Como dizia o saudoso e querido amigo Listar Caldas, quem viver verá!

Enquanto vemos o maravilhoso, mas virtual mundo da propaganda do governo Roseana Sarney, o IBGE divulga que 49% da população do Nordeste passa fome (PNAD 2008-2009, e certamente os dados do Maranhão serão piores). Vemos à dura realidade do que aqui acontece e que só será resolvido com governos sérios e comprometidos com a agenda do povo maranhense. Roseana Sarney vive no mundo da fantasia e da década perdida para o Maranhão, dos seus governos passados. Com ela não tem jeito... os interesses são outros.

Flávio Dino tem demonstrado muita coragem e desprendimento, alvo que é das maquinações da máquina sarneysista por meio dos jornalistas especializados na mentira e na desinformação que tentam atrapalhar a sua trajetória vencedora. E, além disso, de vencer obstáculos colocados em seu caminho por muitos daqueles que deveriam estar juntos na luta. Digo apenas que deve persistir, pois os caminhos que o povo lhe abre são largos e firmes. Sei como é difícil concorrer nessas condições, mas a vitória é a vitória dos legítimos interesses do povo maranhense. Vamos ganhar!

Na quarta-feira teremos as nossas duas convenções. Pela manhã, no auditório da Assembléia Legislativa, teremos a do PSB, o meu partido. Á tarde, também no auditório da Assembléia, teremos a do PCdoB, que reunirá todos nós. Será uma grande festa cívica e estão todos convidados a presenciar o início dessa caminhada libertadora do estado.

Quero relembrar aqui ensinamentos de Bismark, muito apropriados ao momento atual:

1. "Para se ter um colar de pérolas não bastam as pérolas; há que se ter um fio para reuni-las"

2. "A nossa solidez não deve resultar de debates parlamentares nem das polêmicas pela imprensa, mas da política. Não temos forças suficientemente persistentes para as dissiparmos por caminhos errados".

3. "Para um político que se considera independente, cada peão que ele desloca para frente lhe parece o fim da partida. E daí vem o desengano, ao ver que o final foi diferente do que imaginava. A política não é uma ciência exata. Não temo a democracia, pois, do contrário, daria o jogo por perdido".

4. "Quando partimos mandamos que excelentes bandas de música alegrem o festim. Mas ao regressarmos qual será a peça que hão de executar"?

5. "Quanto mais me ocupo da política, tanto menos fé vou tendo nos cálculos dos homens".
6. "As partidas difíceis também são para se jogar".

Do livro "Bismarck" de Emil Ludwig (nas páginas 210 a 214, edição brasileira - Porto Alegre - de 1933, postado no blog de Cesar Maia).

Dito isso, os advogados me avisam que a partir de 1º de Julho terei que cessar a elaboração desses artigos no nosso querido e muito importante instrumento para o jogo democrático, o JORNAL PEQUENO.

Agradeço a Lourival Bogéa o convite feito em 2007, e hoje essa experiência, de tão enriquecedora que foi, já me deixa como se algo importante da minha vida eu ficasse privado.

Quero agradecer também a tantas e tantas pessoas que me diziam esperar as terças-feiras para lê-los, e aos políticos de vários municípios que liam e divulgavam, e até mesmo reproduziam os meus modestos artigos.

A todos muito obrigado, voltarei quando puder e se Lourival novamente me convidar, pois dia primeiro é quinta-feira e, portanto, este é o último antes das eleições.

Um abraço a todos!

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