Dirigentes do PT do Maranhão entraram com nova ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ontem (25), pedindo liminar que anule a decisão do comando nacional da legenda de formar aliança com o PMDB no estado, apoiando a candidatura de Roseana Sarney ao governo local.
No dia 11 de junho, o diretório nacional da sigla revogou a decisão adotada no encontro do PT no Maranhão, que havia definido o apoio à candidatura do deputado federal Flávio Dino (PCdoB) ao governo do estado.
Na última segunda-feira (21), o ministro Hamilton Carvalhido já havia negado pedido semelhante. Ele afirmou não ter reconhecido a legitimidade dos dirigentes maranhenses para entrar com a ação e alegou falta de provas da suposta intervenção por parte da direção nacional da sigla. Na ocasião, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) informou ao G1 que houve erros dos advogados na elaboração da ação.
Na nova ação, as lideranças maranhenses alegam que, na condição de filiados, tiveram seus direitos subjetivos violados, “afetando as suas condições de elegibilidade e, por consequência, o processo eleitoral”. Segundo os dirigentes, que a decisão impugnada pelo comando nacional do partido foi referendada pelos delegados petistas em encontro realizado em março.
“A direção nacional resolveu ignorar deliberação da instância regional e aprovar uma coligação estadual majoritária e praticou um ato de vontade, pretendendo estabelecer uma autêntica ditadura partidária”, afirmaram os dirigentes do Maranhão.
Protestos – Em protesto à direção nacional do PT, Domingos Dutra iniciou uma greve de fome no dia 11 de junho, no plenário da Câmara dos Deputados. Com a companhia do fundador do partido, Manoel da Conceição, o protesto foi encerrado na última sexta-feira (18), depois que ele teve problemas de saúde e foi transferido para um hospital de Brasília.
A ex-deputada Terezinha Fernandes, que fazia greve de fome no Maranhão, também encerrou a manifestação na mesma data. A assessoria de Dutra informou que o fim da greve aconteceu com um acordo que permite aos descontentes fazer campanha para outro candidato a governador, desde que ele seja de partido que apoie nacionalmente a petista Dilma Rousseff.
(Débora Santos, G1)
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