Em discurso enfático no Plenário da Câmara dos Deputados, o deputado federal e pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), tornou a criticar a decisão do Diretório Nacional do PT de apoiar a reeleição de Roseana Sarney. Flávio Dino contestou a tese de que a sua aliança com o PT maranhense poderia atrapalhar de alguma forma os propósitos da aliança nacional para a eleição da ex-ministra Dilma Roussef.
“Há três anos e meio estou aqui defendendo o governo Lula. E é com a firmeza de quem é aliado também nas horas difíceis que peço: ponham a mão nas suas consciências, porque há três fundadores do PT denunciando uma violência política e jurídica”, disse Flávio Dino.
O apoio a Flávio Dino foi definido pelo PT maranhense em votação realizada no Encontro de Definição de Tática Eleitoral do PT, no final de março deste ano. No último dia 11, o Diretório Nacional decidiu, por 43 votos a 30, anular o encontro e forçar o apoio ao PMDB. No seu discurso na Câmara, Flávio Dino fez um apelo que classificou como sereno, mas firme.
“É um apelo que faço em nome da humildade, da sinceridade, da democracia e da liberdade. E em nome do povo do Maranhão, que tem o direito de escolher quem será o seu próximo governador. Espero que a Direção Nacional reflita”, pediu.
Greve de fome
Três integrantes do PT estão em greve de fome. Domingos Dutra, Terezinha Fernandes e Manoel da Conceição estão à base de água mineral e água de coco. Manoel da Conceição, que tem 75 anos, completou cem horas sem comer e já precisou ser atendido várias vezes pelo serviço médico da Câmara dos Deputados. Na tarde de quarta-feira, 16, ele precisou tomar soro.
Em seu perfil no Twitter, Flávio Dino conta que já pediu várias vezes para que os três desistam da atitude extrema, sem resultado. “Renovo o apelo público para que seja encerrada a greve de fome de Manoel da Conceição, Domingos Dutra e Terezinha Fernandes”, escreveu ele. Mais tarde, o pré-candidato repetiu o apelo. “Fiz um pedido para que eles deixem a greve de fome. Eles não aceitam”.
Manoel da Conceição alega que, até o momento, não está sentindo fome. “Na verdade, é essa greve que está me sustentando. Se eu não estivesse fazendo isso para protestar contra o que está acontecendo, aí é que já teria morrido. Só estou fazendo algo que está no meu sangue, na minha vida”, disse o líder camponês, que reafirmou que vai continuar o protesto: “Eu não gosto de injustiça, e estou me sentindo injustiçado até a alma. Vou continuar enquanto tiver vida”.
Redação: Assessoria de Comunicação Flávio Dino
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