O Maranhão está vivendo uma situação muito parecida com o que ocorre com um famoso personagem infantil, o Wally, aquele que ninguém encontra. E quem protagoniza o mesmo papel? Isso mesmo; A 'governadora' Roseana Sarney.
No governo ela não está, dizem todos, pois até reuniões de secretários estão sendo dirigidas por outros. Isso sem falar no fato de que nem consegue mais sustentar suas próprias indicações, sendo obrigada a exonerar pessoas capacitadas pertencentes ao seu círculo familiar. E a coisa é tão grave que nem mesmo o antes todo-poderoso marido consegue dar-lhe força no governo.
Custo a acreditar que todo o esforço e desgaste sofrido para tomar nos tribunais o mandato de Jackson Lago foi para fazer tamanho papelão no governo. É inacreditável o que está acontecendo e as especulações correm soltas...
Roseana Sarney e seus inúmeros marqueteiros tentaram sempre criar uma imagem de mulher forte, valente e guerreira desde 1998, aproveitando o fato de ter conseguido sobreviver a delicadas e graves cirurgias. Foi daí que nasceu a famosa propaganda da "guerreira", veiculada à exaustão, gravada por Alcione e reproduzida sem parar em sucessivas campanhas ao governo.
A guerreira mostrada na propaganda era Roseana Sarney, a mulher forte e valente que governava o Maranhão. Em seguida, veio o movimento de campanha para a presidência da República, que acabou abortado (pelo cofre da Lunus) com os famosos filmes de propaganda eleitoral feitos por Nizan Guanaes, que mostravam Roseana Sarney como a número "1", parodiando a famosa propaganda de cerveja, e também como mulher forte, passando em revista a tropa da Polícia Militar do Maranhão. Foi um esforço gigantesco e dispêndio de tempo enorme, criando um personagem que, na verdade - está mais que provado - nunca existiu.
E isso ficou patente na sua segunda gestão como governadora (iniciada em 1998), por meio da edição de leis e decretos por ela assinados que, além de destroçar a ação do governo e a economia do estado, revelaram sua fragilidade, entregando toda a máquina estadual para seu marido administrar, o "Super Jorge" da época. Assim, recolheu-se entediada, pouco ia ao palácio, preferindo receber alguns privilegiados ou autoridades federais, em visita ao Maranhão, em sua própria casa.
Criou barreiras para não receber políticos, pois achava esses encontros fastidiosos e maçantes, materializando-as por uma reforma administrativa que criou as denominadas "gerências", as famosas gerências, unicamente com essa finalidade. Todos viram que Roseana Sarney se aborrecia com a rotina do governo, a necessidade de dar soluções, às vezes urgentes, a problemas governamentais, dedicando-se apenas ao São João e ao Carnaval. O resto era com o marido.
Sua máquina de propaganda evitava que a população visse claramente o que estava acontecendo. E assim Roseana Sarney levou o governo.
Pois bem, o que se vê agora não é diferente. Há pouco mais de um ano ela voltou ao Palácio dos Leões, afrontando o desejo de 1 milhão e 400 mil eleitores que deram o voto a Jackson e o elegeram. No entanto, retornou trazendo consigo a pecha de uma enorme e permanente rejeição, muito enfraquecida em sua credibilidade e em sua autoridade, o que a submete a enormes dificuldades dentro e fora do governo.
Teve que ouvir coisas desagradáveis por parte de integrantes do PT e suportou calada, imaginem, porque depende muito de Lula. Além disso, em quase todas as suas viagens convive com rostos virados e severos de muita gente, isto quando não tem que ouvir vaias muito contundentes.
E a onda cresce... Agora a coisa tomou novos aspectos, extremamente graves, como a notória falta de autoridade dentro do seu próprio governo, em que tem experimentado o gosto amargo do desrespeito, aberto e público, de ex-auxiliares e parentes por quem aparenta medo... de quê, não se sabe... O que teme Roseana Sarney, a maior autoridade do estado e pertencente a uma família a quem todos incutia receio?
A especulação corre solta, dependendo da imaginação de cada um. O fato é que ela perdeu o governo, agora entregue ao coordenador de sua campanha, que já se adiantou e assumiu, de fato, dando enorme contribuição para a grande bagunça que se tornou o governo.
Muitos prefeitos aquinhoados com convênios ficam sabendo que não receberão mais nada e que as obras municipais seriam realizadas através de empreiteiros contratados pelo governo e não pelos prefeitos... Aí tem coisa!
Alguns chegam mesmo a comentar sobre ter visto os dois leões que ornamentam a entrada do Palácio sede do governo, símbolos do poder, em uma casa no Olho d'Água...
Todos conhecem o estilo do coordenador, e é grande a chance da campanha virar um vale-tudo, sem limites. É do seu estilo. Basta observar a baixaria de colunas do jornal da oligarquia e dos blogs sarneysistas.
Mas a responsável final é Roseana Sarney, que é a governadora e não pode delegar o governo para ninguém. É um risco e tanto que ela assume, idêntico ao veredito do Ministério da Agricultura sobre a situação da epidemia de febre aftosa no Maranhão quando ela saiu do governo em 2002; ou seja, "risco desconhecido".
Será, sem dúvidas nenhuma, uma péssima maneira de encerrar sua carreira política. É como será lembrada no futuro. Pena!
Vejam que é no interior do estado onde a propaganda do governo suscita piadas mais veementes, pela falsidade facilmente comprovada dos "anúncios" de obras inexistentes feitas pela cosmética do marketing. Domingo, em Senador La Roque, a propaganda dos hospitais virtuais de Roseana Sarney servia apenas de chacota. Uma enorme placa, maior do que as das casas próximas, dizia que a população ia ficar feliz com a construção de um hospital de 20 leitos no município.
Mas a realidade local é muito diferente. A governadora esteve lá e como não tinha o que dizer, tampouco mostrar, além da placa, resolveu inaugurar uma Unidade Mista de Saúde, que estava pronta e fechada há alguns anos.
Esta unidade decorreu de uma emenda de Terezinha Fernandes quando deputada federal. Roseana Sarney fez um discurso e disse que estava inaugurando a unidade de saúde que era decorrente de uma emenda sua no Senado. Naturalmente, estava em pleno exercício do "jeito Roseana de ser", querendo se sobressair, não importa como. Inaugurou e foi embora, certa de que enganou todo mundo.
Mais lamentável ainda é que quem quiser tratar da saúde ali não vai conseguir, pois a unidade está fechada para atendimentos por falta de médicos, enfermeiros e equipamentos. Bem o estilo habitual dela. Agora vejam que, se nem uma unidade conseguem fazer funcionar imaginem, os hospitais virtuais...
É por essas e por outras que Flávio está crescendo muito ao se apresentar no interior. O povo quer muito a mudança. É impressionante.
Do outro lado, eles sabem disso e a prova maior é como se empenham, no Sistema Mirante, nas baixarias contra Flávio e contra mim. Ninguém atira pedras em árvore que não dá frutos! Eles sabem a verdade.
O mais engraçado é como eles dizem saber o que estamos pensando e fazendo. Tudo lorota... E se preparem, pois agora vão iniciar a fase das pesquisas falsas. Exatamente como nas eleições anteriores.
E, para terminar, a propaganda mudou. Duda Mendonça agora fala em "novo governo". Mas precisa saber que esse "novo" já tem 45 anos.
Tá difícil, Duda.
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