quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ricardo Murad suspende os convênios com prefeituras

Por determinação do coordenador da campanha da governadora Roseana Sarney, estão suspensos desde sexta-feira passada os convênios entre o Governo do Estado e as prefeituras.

O acerto foi fechado com a Secretaria de Estado do Planejamento. A medida, em princípio, deixou irritado os prefeitos, mas caiu como um mimo na Assembléia Legislativa.

Murad mandou levantar as pendências do Estado com os deputados estaduais e ordenou a imediata liberação de todas as emendas parlamentares.

A suspensão dos convênios com as prefeituras foi considerada necessária pelo governadora Roseana Sarney, para que a liberação dos recursos fosse mais “criteriosa”.

Antes, quando o governo se des nha um arquipélago, as ilhas (secretários candidatos) distribuiam os recursos de acordo com suas conveniências eleitorais, inclusive para prefeitos que irão votar em Jackson Lago ou Flávio Dino.

Agora, passado o crivo, só terão direito aos convênios aqueles que estão fechados com Roseana Sarney, ainda que votem em deputados da oposição.

Pelo novo critério estabelecido por Murad, as parcelas restantes de convênios anteriores serão repassadas conforme o comportamento político do prefeito.

E só terão direito a novos convênios os declaradamente roseanistas. E mais: os recursos serão liberados em duas parcelas.

Primeiro, os convênios serão assinados antes o dia primeiro de julho, quando começa o período vedado pela legislação eleitoral.

Segundo, só terá direito a receber a segunda parcela quem se empenhar pelo acordo e tiver participado ativamente da campanha no primeiro turno.

Ricardo Murad ordenou ao secretário de planejamento redução de gastos que não envolvam os convênios ou com as construções de hospitais e escolas.

A segurança privada foi a primeira vítima. Empresas como a Sentinela, por exemplo, que ganhavam até R$ 4 milhões mensais, receberam agora no final de maio não mais que R$ 100 mil.

O corte atingiu os gastos com empresas de informática que chegavam até a R$ 5 milhões mensais, além de OSCIP, como o ICN que faturava R$ 13 milhões mensais e recebeu ontem apenas R$ 400 mil.

A ordem de Murad é economizar para que tenha guardado em caixa R$ 500 milhões para a primeira etapa dos convênios. E olha que nos convênios anteriores, o Governo do Estado já torrou mais de R$ 700 milhões.

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