quinta-feira, 28 de outubro de 2010

AS FRAUDES DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO MARANHÃO.

DO BLOG DO LUIS CARDOSO


Não se pode afirmar com absoluta certeza que hoje os tempos são outros no Tribunal Regional Eleitoral, apesar de todo o zelo e seriedade do presidente, desembargador Raimundo Cutrim, e dos demais membros da atual corte.




Hoje são mais dificeis flagrantes de fraudes no pocesso eleitoral dentro do TRE. Antes as coisas aconteciam oo gosto do freguês. Muitos dormiam derrotados e no dia seguinte estavam eleitos dentro do tribunal.



Em 1992, o candidato a vereador de São Luís, Francisco Carvalho, dormiu eleito e acordou derrotado. Fez o maior alvoroço no TRE e após nova recontagem decobriram que os votos em brancos estavam caíndo na cesta do então presidente da Câmara Municipal, Deco Soares.



A fraude foi detectada na hora da totalização. Seria o último escândado no TRE. Dentro do TRE. Não se tem conhecimento se o funcionário fora punido.



Na eleição de 1994, quando Epitácio Cafeteira perdeu por apenas 18 mil votos para Roseana Sarney, nova desconfiança de fraude. E logo alí no setor de totalização dos votos. No setor de informática.



A fraude, na verdade chegou a ser comprovada. Tanto que o então procurador da República no Maranhão, Ney Bello, hoje juiz federal, pediu a prisão do funcionário que cuidava do setor no TRE. O então juiz federal, Flávio Dino, hoje deputado federal, decretou a prisão.



Como não houve manifestação da parte interessada, no caso Epitácio Cafeteira, e até hoje não se sabe as razões, o caso se deu por encerrado. E Nem o funcionário foi demitido.



Em 2002, quando da eleição de José Reinaldo Tavares, novas desconfianças de fraude e na totalização dos votos. Tavares levou no primeiro turno, mas com diferença apertada. Seu oponente, Jackson Lago, ficou apenas nas denúncias, sem levar pra frente e de forma racional suas desconfianças.



Aí vieram as eleições de 2006. Mais experiente, a turma comandada pelo PDT trouxe três técnicos para avaliar a situação das urnas eletrônicas. Houve reação, mas acabaram liberando.



Na primeira máquina periciada, constatou-se que ela havia tido o lacre aberto e enfiaram dentro dela outro programa.



Foi um Deus nos acuda! Faltava apenas um dia para a eleição do segundo turno. Os técnicos contratados informaram ao grupo que havia o risco das urnas estarem contaminados e que poderiam comprometer o resultado da eleição em 2%.



Era pegar ou largar. Adiava a eleição ou topava a parada. Como os números das pesquisas mais sérias indicavam a vitória de Jackson Lago por 5% em relação a Roseana Sarney, a turma aceitou o risco. E o resultado foi de menos de 5% de diferença, creio.



Não sem antes o pessoal da coligação de Jackson Lago invadir o setor de totalização dos votos, após aquela tradicional paralisada na contagem dos votos, acompanhados de militares para ameaçar o pessoal que não aceitaria a fraude.



E advinhem quem estava lá? Sim, o mesmo cidadão preso por fraude na eleição de 1994. Assim como continua coordenando o setor agora em 2010.



O pessoal de Flávio Dino reclama da fraude nestas eleições. Alega o surgimento de mais de 19 mil votos após o encerramento da votação. Até aí não se pode afirmar que as urnas foram emprenhadas, até porque encerrado o horário, às 17h, quem estiver dentro do recinto tem direito a votar. Pode ser o caso.



Mas o que não se compreende é a diferença de tempo de cada voto numa mesma sessão. Foram seis candidatos escolhidos. Ainda assim, existem registros computados na memórias de algumas máquinas que indicam que o tempo de cada eleitor retardatário foi de menos de 20 segundos. Impossível.



O pessoal de Flávio Dino leva a sério a desconfiança de que ocorreu a fraude. Então, não custa nada fazer uma perícia mais aprofundada para saber quem tem razão. Ou se é apenas choro de derrotado..

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