quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aliados temem a volta de Jorge Murad em novo governo de Roseana Sarney



Do blog do John Cutrim


Começaram as articulações em torno do novo governo de Roseana Sarney (PMDB), o estado mais pobre do país e com sérios problemas de distribuição de renda. Ao vencer no primeiro turno por uma pequena margem de votos, a filha do presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP), reduziu a margem de negociação de aliados políticos que torciam em silêncio pelo segundo turno.




Além de opinar muito pouco na nova composição administrativa, uma preocupação adicional envolve os líderes locais ligados ao grupo Sarney. Essa preocupação atende pelo nome de Jorge Murad, marido de Roseana. O genro de Sarney teve papel importante nos dois governos anteriores da governadora reeleita. Sua presença na administração estadual teria influenciado na derrota de Roseana para Jackson Lago (PDT), em 2006, mais tarde cassado sob a acusação de compra de votos. Jorge Murad poderá reaparecer na cena política maranhense com os mesmos poderes, inclusive novamente com o controle do orçamento estadual na Secretaria do Planejamento.



A presença do marido de Roseana Sarney em seu governo poderá provocar, por outro lado, uma rebelião no grupo. Ainda são vivas as lembranças do tratamento que Murad dispensava a prefeitos e deputados. Tratava-os com desdém e não foram poucas as vezes em que abria a porta de seu gabinete com charuto aceso e lançando baforadas sobre as visitas.



Sobre Jorge Murad sobram outras queixas e também denúncias. Uma delas envolve o “caso Usimar”, cujo processo corre na sexta Vara da Justiça Federal. Roseana Sarney, Jorge Murad e mais 38 pessoas são réus no processo que resultou das investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre o desvio de R$ 44,2 milhões da Sudam para uma indústria de autopeças que jamais foi construída.



As investigações começaram em 2001 e duraram dois anos. Além do “caso Usimar”, do Maranhão, foram apuradas fraudes em projetos da Sudam em outros cinco estados: Tocantins, Mato Grosso, Pará, Amazonas e Amapá. (Ucho Haddad)





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