domingo, 20 de junho de 2010

DIRIGENTE NACIONAL DO PT AFIRMA: “O VERDADEIRO PT DO MARANHÃO ESTARÁ NA OPOSIÇÃO AO GRUPO SARNEY”

Vias de Fato
Na última sexta-feira, houve uma coletiva na sede do PT do Maranhão onde, dois dirigentes nacionais (Marcos Sokol e Renato Simões) e vários membros da direção estadual anunciaram um acordo político que viabilizou o fim do protesto. A greve de fome se deu porque a imensa maioria do partido, no Maranhão, não aceita, em nenhuma hipótese, uma coligação com o grupo Sarney.

Pelo tal acordo, os dois lados perdem. Nele está acertado que nenhum petista maranhense poderá ser obrigado a apoiar Roseana. Mas, para o constrangimento geral, o partido ficará formalmente coligado ao PMDB da máfia Sarney, que também poderá usar a estrela do PT em sua campanha. O apoio formal a Flávio Dino, definido no encontro regional, não será respeitado pela direção nacional. Neste aspecto, prevalece o estupro político. Porém, na prática, a militância e os principais líderes do partido no Maranhão se manterão na oposição radical ao grupo Sarney.

O ambiente criado pelo extremo sacrifício de Manoel, de Dutra e Terezinha não foi em vão, pois foi criado um fato político de grandes proporções estimulando todo tipo de solidariedade. Hoje, o dirigente nacional Marcos Sokol afirmou na coletiva, dentro da sede do PT do Maranhão, que “a presença de Sarney e Roseana na convenção que lançou Dilma para presidente fez com que esta mesma convenção fosse chocha”. Segundo eles, “os dois desmoralizaram a convenção de Dilma”. Já Renato Simões (foto) disse, logo depois, que “o verdadeiro PT do Maranhão estará na oposição ao grupo Sarney.” 

A verdade é que o acordo teve como principal objetivo tentar evitar a morte de Manoel da Conceição, que, por ser diabético e ter 75 anos, foi o mais penalizado pelo sacrifício, tendo que ser internado hoje em uma UTI. Mas, o clima no PT maranhense é de total beligerância entre os autênticos (maioria) e a turma que resolveu aceitar cargos no governo Roseana. Além disso, Lula está fechado com Sarney. Sendo assim, apesar do acordo mediado pelos dirigentes nacionais, é provável que ao longo da campanha (e mesmo antes da convenção) haja brigas homéricas.

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