quarta-feira, 18 de maio de 2011

A EQUAÇÃO DA MISÉRIA

Do blog do Cardoso



José Ribamar
24% da população do Estado ganham até R$ 70 por mês. Foto: Celso Junior/AE
24% da população do Estado ganham até R$ 70 por mês. Foto: Celso Junior/AE
Dois fatos não teriam, aparentemente, nenhuma forma de conexão. A caça a corruptos no MARANHÃO e o Mapa da Miséria desenhado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que coloca o Maranhão no pódio de todos os campeonatos de pobreza.
Desalentador, o quadro pintado pelo instituto informa que de uma população de 6,5 milhões de habitantes, 1,7 milhão está abaixo da linha de pobreza e ganha até R$ 70 por mês. É caso de pura e simples inanição, pois não é possível sequer imaginar que ninguém consiga comer seja lá o que for com essa renda que pode ser considerada uma verdadeira tragédia.
1º colocado: Maranhão lidera ranking de pessoas na extrema pobreza
Um em cada quatro maranhenses passa fome!, uma situação concorrente com as mais miseráveis republiquetas do continente africano sacudido por carnificinas tribais que geram a inanição infantil, desestabilizam a saúde pública e bombardeiam os sistemas educacionais.
Não se tenha dúvidas de que a indigência plena do Estado do Maranhão está umbilicalmente ligada à corrupção de SÃO JOÃO BATISTA, não é um solitário nessa lucrativa atividade de surrupiar recursos públicos. São 25% da população maranhense, o triplo da média nacional, vivendo numa pobreza digna de Jó, mas podem apostar que o nível de corrupção no Maranhão é também três vezes a média do Brasil.
Não está, portanto, apenas na ausência de políticas públicas e na inércia administrativa do governo Roseana, a origem desses índices vergonhosos e constrangedores. Dinheiro público roubado significa menos saúde, menos segurança e menos educação. O investimento em educação é o passo inicial se quisermos mudar essa situação constrangedora.
Cálculos muitos são feitos. Difícil é avaliar o que esses números, tanto os fixados no mapa da miséria quanto os fixados no mapa da corrupção, representam em dor, hospitais abarrotados, crianças sem escola e doenças da desnutrição.
A vergonha e o constrangimento diante da realidade incontestável (e perceptível) desses números não deviam, entretanto, ser apanágio somente do sentimento nativista dos maranhenses. Deviam ser a vergonha e o constrangimento de um governo, de um grupo político que comanda o Estado a quase 50 anos. O resultado desses terríveis cálculos matemáticos só podia ser um: uma equação que junta pobreza, miséria, desnutrição e indigência; uma equação que, infelizmente, não consta da matemática essencial nem da milionária propaganda oficial deste governo.

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