sábado, 17 de abril de 2010

PSB participa de ato político contra 'golpe' judiciário de Estado no Maranhão

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) do Maranhão participou hoje (16), no auditório da Assembleia Legislativa do Maranhão, em São Luís, de um ato político de protesto e em memória ao “golpe” judiciário de Estado que derrubou do poder o governador legitimamente eleito, com mais de um milhão de votos, Jackson Lago e se vice e deu posse ao segundo colocado e derrotado nas urnas Roseana Sarney.

Centenas de pessoas lotaram o auditório da Assembleia para protestar contra a decisão do TSE, criticar o governo biônico de Roseana Sarney e pedir a unidade das forças de oposição. “Não foi só o governador Jackson que foi cassado, mas o voto de cada um dos mais de um milhão de maranhenses que disseram nas urnas que querem mudanças no Maranhão; que chega de oligarquia e de atraso em nosso estado”, disseram e repetiram todos que se pronunciaram.

A mesa dos trabalhos foi composta pelos deputados estaduais Domingos Paz (PSB) e Marcelo Tavares,(PSB), o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o presidente estadual do PSB/MA, José Antonio Almeida, o deputado estadual (PDT), Chico Leitoa, o deputado federal Julião Amin (PDT), o vice-governador cassado Pastor Porto (PSDB), o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal (PSDB), o presidente do Diretório municipal do PDT de São Luís e ex-secretário municipal de Educação, Moacyr Feitosa, o secretário-geral do PDT, Cândido Lima, o vereador de São Luís Ivaldo Rodrigues (PDT), o ex-secretário municipal de Articulação Política, Clodomir Paz, a representante do Movimento Popular pela Moradia, Cleidimar Pinho e o governador cassado Dr. Jackson Lago.
Coube ao presidente do PSB estadual, José Antonio Almeida, abrir o evento. Ele explicou que a injusta e inusitada decisão do TSE que cassou os mandatos do governador Jackson Lago (PDT) e seu vice, Pastor Porto (PPS), por 4 a 3, com certeza não fará jurisprudência. “Espero que o povo maranhense corrija essa injustiça nas eleições deste ano, votando nas oposições para derrotar uma vez por todas a oligarquia Sarney”, disse.

Marcelo Tavares, em seu discurso, discorreu sobre as irregularidades praticadas pelo governo de Roseana, que ele considera ruim, negligente e irresponsável. Ele denunciou que o Maranhão foi o único estado do Brasil que, em 12 meses, só conseguiu criar 2.737 postos de trabalho, ou seja, 0,81% do percentual nacional, ficando atrás do Piauí e Alagoas. “A luta das oposições no Maranhão contra a oligarquia Sarney não é somente uma luta política. É muito mais uma luta cívica. Temos que combater e vencer aqueles que não querem o bem do Maranhão, mas apenas locupletarem-se no poder”, explicou.

O ex-governador José Reinaldo Tavares disse que não adianta o jornal da oligarquia dizer que ele e Jackson estão brigados. “É tudo o que eles querem. Mas eu e o Jackson estamos mais unidos e firmes do que nunca para, mais uma vez, derrotar nas urnas essa oligarquia que em apenas 12 meses endividou novamente o estado e o trouxe de volta ao atraso”, declarou.

Lançando mão de publicações de órgãos do governo do Estado, José Reinaldo mostrou com dados estatísticos que o governo de Roseana e do senador Lobão, na década de 90, fizeram o Maranhão regredir. “Está aqui, em publicação desse próprio governo, a informação de que a década de 90 foi perdida para o Maranhão. E, por outro lado, na mesma publicação do governo dela, a informação de que a partir de 2002 até 2007, ou seja, em todo meu governo e em parte do Dr. Jackson , o Maranhão cresceu a uma média de 6% ao ano”, demonstrou José Reinaldo.

O ex-governador Jackson Lago, em um discurso emocionado e lido, condenou o golpe que o derrubou do poder e disse que “a vergonha aflige os derrotados, mas não os combatentes da verdade” e parafraseando o senador Sarney, do Amapá, sentenciou: “Não há democracia sem um Judiciário livre”.

Ao final, Jackson Lago fez uma forte conclamação ao público presente: “Vamos unir força para derrotar, mais uma vez, a maior e mais antiga oligarquia do País e para fazer respeitar a vontade do povo”. (Da Ascom / PSB-MA)

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