Militantes petistas da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), liderada no Maranhão pelo suplente de deputado federal Washington Luis, anunciaram ontem em ato político o apoio à pré-candidatura do deputado federal Flávio Dino (PcdoB) ao governo do Maranhão. Os integrantes da CNB também firmaram posição contrária à tentativa de mudar o resultado do encontro realizado em março que aprovou o apoio do PT a uma aliança com o PCdoB e o PSB.
O encontro contou com a presença de expressivas lideranças ligadas ao PT, como o presidente da CUT, Nivaldo Araújo; o presidente da Fetaema, Francisco Sales; o presidente do Sindicato dos Ferroviários, Eduardo Pinto, e o diretor do sindicato dos servidores federais, Ed Wilson Araújo.
Presente ao ato, Flávio Dino ouviu discursos de apoio de todas as lideranças. “Manifestamos oficialmente o nosso apoio, o apoio presidente da CNB à candidatura do companheiro Flávio Dino, reafirmando um compromisso que já vem desde a campa ha de 2008”, anunciou Ed Wilson. O presidente da CUT, Nivaldo Araújo, pregou a unidade do campo democrático e popular em torno da candidatura de Flávio Dino. “Com certeza todo o movimento social do Maranhão vai estar do lado daqui, com Flávio Dino governador”, assegurou.
Integrantes da CNB com Flávio Dino: apoio e posição firme contra a
tentativa de mudar o resultado do encontro de março
tentativa de mudar o resultado do encontro de março
Já Chico Sales, da Fetaema, lembrou que uma assembléia com mais de 300 lideranças de todo o Estado decidiu pelo apoio a Flávio Dino. E alfinetou Roseana Sarney: “Não há motivo algum para se votar em Roseana Sarney. Temos clareza que precisamos de um governo que tenha compromisso com o desenvolvimento rural, não apenas com o agronegócio, mas, sobretudo, com a pequena agricultura familiar”, disse.
Por fim, Eduardo Pinto, presidente do Sindicato dos Ferroviários, destacou a trajetória de Flávio Dino como advogado dos trabalhadores, juiz e deputado comprometido com os trabalhadores para justificar a defesa de seu nome como alternativa para o governo maranhense. “Com Flávio Dino teremos um governo voltado para as classes populares. É com entusiasmo que a gente manifesta apoio ao companheiro Flávio Dino”, disse.
Em seu discurso de agradecimento, Flávio Dino elogiou a realização do encontro como um ato de afirmação à democracia interna do PT. E criticou os que ameaçam golpear a legalidade democrática do partido para impor uma aliança com o PMDB. “O jogo foi ganho democraticamente no tempo normal, depois vem alguém e diz que vai ter prorrogação e que vale fazer gol de mão com o goleiro amordaçado”, falou, fazendo referência às conhecidas tiradas futebolísticas do presidente Lula.
Flávio Dino defendeu a candidatura de Dilma Rousseff à presidência e disse que está empenhado fortemente para ajudar a elegê-la. Mas advertiu: “Vamos lutar para a Dilma vencer, para o projeto liderado pelo presidente Lula seguir adiante. Mas não queremos que a Dilma ganhe para a direita governar”, numa alusão direta às pressões que o grupo Sarney faz hoje na candidata presidencial para afastá-la de setores democráticos populares democráticos do Maranhão.
Golpe antidemocrático – “Não é uma interpretação. É uma tentativa de golpe antidemocrática”, disse ele, ao definir os rumores de que correntes do PT poderiam tentar rever o apoio à sua candidatura no próximo encontro de tática eleitoral, a ser realizado nos dias 21 e 22 de maio.
“Gol de mão” - Reforçando a ideia de que a revogação do resultado do encontro estadual do PT é ferir a democracia interna do partido, Dino afirmou que não se pode deixar valer ‘gol de mão’. “Eu me sinto como o jogador de um time que ganhou por dois a zero. Ele recebeu a taça, tem foto, tem filme, todo mundo viu. De repente, dizem que aquele jogo não valeu, que vai ter prorrogação e que agora vale até gol de mão”, comparou.
O pré-candidato defendeu ainda a soberania do partido tanto nas eleições como num eventual governo que, em caso de vitória nas eleições de outubro, teria que ser do PT, e não da direita. “A discussão verdadeira não é sobre quem é contra ou a favor da aliança, mas sim sobre quem é vagão e quem é locomotiva”, alfinetou.
Frases de Flávio Dino durante o discurso
“Eu quero que a Dilma governe o Brasil. Não quero que ela ganhe e quem governe seja a direita. A discussão verdadeira não é sobre quem é contra ou a favor dessa aliança, mas sim sobre quem é vagão e quem é locomotiva”.
“São regras internas do PT, e são claríssimas. Eu espero que não haja descumprimento dessas regras. Rever o apoio à minha candidatura não é uma “interpretação” das regras, é uma tentativa de golpe antidemocrática”.
“Não podemos concordar que no dia 22 de maio haja prorrogação com gol de mão. Se eu tivesse saído derrotado no encontro de março, eu teria perdido. Já estaria procurando fazer outra coisa da vida. Mas nós jogamos seguindo as regras estabelecidas, e nós vencemos”.
“Eu me sinto como o jogador de um time que ganhou por dois a zero. Ele recebeu a taça, tem foto, tem filme, todo mundo viu. De repente, dizem que aquele jogo não valeu, que vai ter prorrogação e que agora vale até gol de mão”
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