No último sábado milhões de pessoas em diversas localidades do mundo foram às ruas para comemorar o Dia do Trabalho, data revestida de muita simbologia por estar relacionada às principais lutas da classe trabalhadora. No Brasil as centrais sindicais organizaram atos públicos. No Maranhão, a data foi realçada com a romaria dos trabalhadores na zona rural, cuja temática foi a defesa de mais emprego e renda para a população. Também aconteceu no último sábado a já tradicional romaria dos trabalhadores organizada pelas pastorais e movimentos sociais da área Itaqui-Bacanga, que em sua 20ª edição nos levou a refletir sobre a importância da água como fonte de vida e bem essencial para as familias.
São iniciativas que tornam mais viva a luta da classe trabalhadora e que se somam a tantas outras ações como as realizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do Maranhão e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação. No caso do Sindmetal, a diretoria resolveu fazer da data um momento de reflexão acerca dos acidentes de trabalho, que vitimam centenas de trabalhadores. Na ocasião, reiterei o meu apoio à luta dos metalúrgicos no combate aos acidentes de trabalho, fato destacado por mim em discurso na Câmara, semana passada. Nas atividades do Sinproessema, reafirmei ser favorável às reivindicações da categoria pela aprovação do Estatuto da Educação e pela revisão do seu Plano de Cargos, o que tem mobilizado os professores em nosso estado.
Com se sabe, o Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época. Na ocasião, milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. O momento foi marcado por manifestações e passeatas. Por outro lado, foi dura a repressão contra a justa reivindicação daqueles trabalhadores, resultando na morte e prisões de muitos. Em memória aos operários que estiveram à frente dessa manifestação, e cuja luta serve de exemplo para tantas gerações, foi instituído o dia 1º de maio como o Dia Mundial do Trabalho.
Mais de 100 anos depois, as lutas dos trabalhadores ainda se mantêm. Cito como exemplo a redução da jornada semanal de trabalho de 44 horas para 40 horas, cujo projeto tramita há 15 anos na Câmara. Repito que sou a favor da redução da jornada. Os trabalhadores brasileiros precisam de mais tempo livre para o convívio com a família, com os amigos, para freqüentar suas igrejas, por exemplo. Menciono esse exemplo no conjunto de tantas outras reivindicações da classe trabalhadora em debate no Congresso, como a PEC 300 e as 30 horas da Enfermagem.
Tenho uma profunda ligação com a luta dos trabalhadores do meu estado. No meu primeiro emprego, como funcionário do Tribunal Regional do Trabalho, ajudei a coordenar a criação da Associação dos Servidores, que mais tarde se tornou o Sindicato representativo daquela categoria. Mais tarde, já formado em Direito, fui advogado de uma dezena de sindicatos. Daí a minha identidade pessoal e inserção histórica nos movimentos reivindicatórios dos trabalhadores, desde as greves do final dos anos 80. Atualmente, na condição de deputado federal tenho usado o meu mandato para defender bandeiras da classe trabalhadora, atuação que é reconhecida pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP).
Aproveito para agradecer publicamente aos convites dos organizadores dos eventos aos quais me referi neste artigo, e pela acolhida cordial dos participantes. No próximo ano, estarei novamente, nas Romarias e nos Sindicatos, manifestando a minha solidariedade a todas as reivindicações da população mais pobre do nosso Estado.
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