terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Rival acusa Marco Maia de se beneficiar com veto a propaganda na Câmara

MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

O deputado Sandro Mabel (PR-GO) consultou ontem a Câmara sobre a possibilidade de fazer campanha para concorrer à presidência da Casa. E surpreendeu-se ao descobrir que o principal candidato ao posto, Marco Maia (PT-RS), proibiu esse tipo de propaganda.


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Ato assinado em dezembro do ano passado diz que, "no período de eleição para membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, é vedada a afixação de cartazes, banners, balões, faixas, sistemas sonoros com amplificação de voz e meios eletrônicos de imagem, nos espaços internos e externos".


Sérgio Lima/Folhapress
Sandro Mabel afirma que Marco Maia, favorito para eleição na Câmara, prejudicou outros candidatos ao proibir propagandas
Sandro Mabel afirma que Marco Maia, favorito para eleição na Câmara, prejudicou outros candidatos ao proibir propagandas

"É um absurdo isso. É lógico que é para beneficiá-lo. É muito mais fácil de fazer campanha quando já se está no cargo", disse Mabel.

Por meio de sua assessoria, Maia negou que tenha assinado o ato para benefício próprio. Disse que, como presidente em exercício, foi o responsável por assinar, mas teve o respaldo da Mesa Diretora.

O documento trata de todo o tipo de propaganda, não só de campanha, "com o objetivo de preservar a sinalização e a integridade dos edifícios, bem como evitar a poluição visual e danos ao patrimônio público".

Mesmo sem a campanha visual, Mabel deve concorrer. "A minha intenção é séria, estou fazendo prospecção, ligando para os deputado. Essa candidatura [de Maia] não tem compromisso com o Legislativo", disse.

O deputado afirmou que abriu mão de concorrer à liderança de seu partido neste ano para poder tentar ser presidente. Nomes de comando de sua legenda, porém, como o ministro Alfredo Nascimento (Transportes), já tentavam tirá-lo do posto.

Eles se reúnem hoje para dar apoio oficial a Maia. Mabel informou que não vai comparecer.

Aldo Rabelo (PC do B-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Sílvio Costa (PTB-PE), outros nomes cotados para o cargo, desistiram. Eles não conseguiram o apoio de seus partidos.

Maia, por outro lado, tem o apoio oficial de líderes do PMDB, PT, PSB e PP.

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