MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
O deputado Sandro Mabel (PR-GO) consultou ontem a Câmara sobre a possibilidade de fazer campanha para concorrer à presidência da Casa. E surpreendeu-se ao descobrir que o principal candidato ao posto, Marco Maia (PT-RS), proibiu esse tipo de propaganda.
Candidato à presidência da Câmara diz que dará espaço à oposição
Ato assinado em dezembro do ano passado diz que, "no período de eleição para membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, é vedada a afixação de cartazes, banners, balões, faixas, sistemas sonoros com amplificação de voz e meios eletrônicos de imagem, nos espaços internos e externos".
Sérgio Lima/Folhapress |
Sandro Mabel afirma que Marco Maia, favorito para eleição na Câmara, prejudicou outros candidatos ao proibir propagandas |
"É um absurdo isso. É lógico que é para beneficiá-lo. É muito mais fácil de fazer campanha quando já se está no cargo", disse Mabel.
Por meio de sua assessoria, Maia negou que tenha assinado o ato para benefício próprio. Disse que, como presidente em exercício, foi o responsável por assinar, mas teve o respaldo da Mesa Diretora.
O documento trata de todo o tipo de propaganda, não só de campanha, "com o objetivo de preservar a sinalização e a integridade dos edifícios, bem como evitar a poluição visual e danos ao patrimônio público".
Mesmo sem a campanha visual, Mabel deve concorrer. "A minha intenção é séria, estou fazendo prospecção, ligando para os deputado. Essa candidatura [de Maia] não tem compromisso com o Legislativo", disse.
O deputado afirmou que abriu mão de concorrer à liderança de seu partido neste ano para poder tentar ser presidente. Nomes de comando de sua legenda, porém, como o ministro Alfredo Nascimento (Transportes), já tentavam tirá-lo do posto.
Eles se reúnem hoje para dar apoio oficial a Maia. Mabel informou que não vai comparecer.
Aldo Rabelo (PC do B-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Sílvio Costa (PTB-PE), outros nomes cotados para o cargo, desistiram. Eles não conseguiram o apoio de seus partidos.
Maia, por outro lado, tem o apoio oficial de líderes do PMDB, PT, PSB e PP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário