Depois do extravagante e inexplicável gasto de mais de R$ 10 milhões patrocinando o carnaval do Rio de Janeiro ao dar dinheiro para a escola de samba Beija-Flor, vem outra notícia tão escandalosa quanto aquela. Um novo contrato com o marqueteiro Duda Mendonça, este de R$ 6 milhões, assinado pelo governo, tem como objetivo fazer uma propaganda mais aprimorada e convincente da área da saúde do estado uma das mais precárias, pois oferece a população um serviço muito mal avaliado.
Para propaganda não existem limites e o governo gasta desbragadamente, mas quando se trata da área social, como por exemplo, a reabertura dos restaurantes populares fechados desde o final da campanha de 2010, o estado alega falta de dinheiro. Todos sabem que depois de prontas as peças publicitárias mais um dinheirão é gasto na televisão, nas rádios e nos jornais da própria família, pois a governadora é sócia do sistema Mirante com seus irmãos.
Assim custo não interessa, pois é ótimo negócio esse da publicidade do governo, como vemos. Isso seria um escândalo em qualquer lugar, menos aqui. Se não bastasse tudo isso, basta atentar que pelos preços do Ministério da Saúde o que será pago a Duda daria para construir quatro UPAS e deixá-las totalmente equipadas e prontas para funcionarem. Evidentemente os preços do governo do Maranhão são muito maiores. É obvio que o dinheiro aqui sobra e é gasto a rodo, sem se importar com retorno nem justificativas e nem nada. É tanto desperdício que de vez em quando recorrem a um empréstimo do BNDES e seguem jogando dinheiro fora como nesse contrato com Duda Mendonça, sem que nenhum benefício chegue a população.
A notícia de que Duda Mendonça, o marqueteiro dos endinheirados e da campanha de Roseana Sarney a governadora em 2010, onde prestou seus serviços por R$ 12 milhões, volta a assinar contratos milionários por aqui, seria no mínimo escandalosa. Ele foi contratado para fazer propaganda dos hospitais que Roseana havia prometido entregar em 2010 e até hoje não entregou 10% deles. E também para tentar convencer a população da excelência dos serviços de saúde prestados pelo governo muito bem representado pela extraordinária classificação do Maranhão em 18º lugar do país, abaixo da média nacional.
Vocês já pararam para pensar por que Roseana não entrega logo esses 72 prédios ou hospitais, como são chamados? Afinal, fazer prédios é rápido. É porque para serem hospitais é preciso que funcionem, e isso custa muito dinheiro permanentemente e o estado prefere gastar em construções e reformas caríssimas e não contratando médicos e enfermeiros e tudo aquilo de que necessita um hospital para funcionar. Na verdade querem é passar essas despesas para os municípios que não vão aguentar, e, fatalmente, depois das inaugurações solenes, a tendência é fecharem em sua maioria ou então deixarem para colocar todos eles para funcionar, na marra, nos últimos meses do governo, deixando todo o ônus para o futuro governo que terá de fechar a grande maioria deles, pois serão inviáveis. Uma tremenda irresponsabilidade desde o início.
E Roseana Sarney mostra que é mesmo a maioral e pode tudo. Para tentar dar legitimidade a grande lambança que seu governo realizou nas licitações públicas com bilhões de reais contratados para execução de obras sem projeto e por dispensa de licitações, além da prática de conceder aditivos muito além do limite legal, ela está simplesmente revogando Lei Federal que disciplina nacionalmente as concorrências públicas e colocando em seu lugar, pelo menos no estado, um código para tentar legalizar tudo o que está fazendo. Coisa de gênio e sem nenhum protesto das instituições responsáveis.
E para terminar, a verdadeira culpada pelo morticínio que acontece todos os dias na BR-135, entre São Luís e Bacabeira, é a governadora por deixar acontecer tanta lambança com esse projeto em uma obra vital para a população. O edital preparado aqui tinha tanto sobrepreço que o TCU teve que anulá-lo e outro projeto teve que ser feito para finalmente permitir um novo edital sem os vícios do primeiro feito aqui. Isso tem como consequência pelo menos dois anos de atraso nas obras, com mais e mais acidentes fatais. A culpa é do governo e da governadora que tudo assiste e ao não dar a mínima, demonstra não se importar mesmo. É uma repetição do que acontece ao mesmo tempo com o aeroporto, no chão há mais de um ano. Se tivéssemos governo estaríamos exigindo a construção de um novo terminal, pois o que caiu era mesmo muito ruim. O resultado é que voltamos ao passado com aeroporto improvisado dentro de uma barraca de lona, perdemos o status de internacional, expostos ao sol inclemente e a chuva desse período.
E o que faz Roseana além de inaugurar UPAs do governo federal construídas por sua administração a preços muito, muito maiores do que os preços do governo federal?
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