domingo, 5 de dezembro de 2010

Com 'duas caras', Timão se reinventa em 2010 e mantém chance de título


Do G1



Um time com Ronaldo, outro sem ele. O Corinthians teve de aprender a lidar com as duas situações neste Campeonato Brasileiro - e encontrou bons momentos com ambas as formas. Neste domingo, o Fenômeno estará em campo, recuperado de lesão na coxa direita, e disputará seu oitavo jogo nas últimas nove rodadas do Brasileirão. Nem sempre foi assim. Às voltas com um problema na panturrilha, o camisa 9 desfalcou a equipe durante grande parte da competição e o time teve de se reinventar para seguir com chances de título até esta rodada.




Com o Fenômeno em campo, o esquema sempre foi claro: uma espécie de 4-3-3, ou 4-2-3-1, com ele centralizado no ataque, Jorge Henrique e Dentinho pelas pontas e Bruno César no meio fazendo a ligação entre os setores. Era assim desde 2009, com a diferença apenas na meia. Douglas era o titular e vestia a camisa 10, hoje nas mãos de Bruno.



Sem Ronaldo, Mano Menezes e, principalmente, Adilson Batista, tiveram de inovar. Este último buscou formar uma espécie de losango no meio-de-campo, com Ralf mais recuado, e Jucilei e Elias se revezando nas saídas. À frente, duas vagas para os flutuantes Jorge Henrique, Iarley e Dentinho. Este, machucado, também perdeu boa parte do Brasileirão.





Conseguimos a recondução do grupo para essa trilha de vitórias"TiteSob o comando de Adilson, o Timão teve resultados expressivos no início do novo esquema. O principal resultado foi um 3 a 0 no São Paulo, com dois gols de Elias, já jogando mais adiantado. Assim, o trabalho do técnico passou a ser celebrado, mas desandou nas rodadas seguintes. Tropeços contra Ceará, Atlético-MG e Atlético-GO selaram a queda do treinador.



Tite assumiu e, para sorte dele, Ronaldo voltou. Assim, pôde-se fazer a outra cara deste Corinthians de 2010: O Fenômeno novamente no comando de ataque, fazendo por muitas vezes a função de pivô, e os outros atacantes pelas pontas. Até o meia Danilo já fez essa função de auxiliar pelos lados, quando foi titular no empate por 1 a 1 com o Vitória. De qualquer forma, o atual técnico não chama apenas para si os méritos do sucesso corintiano na temporada.



- Todos os trabalhos têm uma parcela importante e decisiva, mas conseguimos a recondução do grupo nessa trilha de vitórias e bom desempenho. É muito oportunista da minha parte achar que, se eu estivesse desde o início, o time já seria campeão. Em 38 jogos não tem como manter esse aproveitamento. É o conjunto da obra - resumiu o técnico.



Na última rodada, o time precisa vencer o Goiás e torcer por, pelo menos, um empate do Guarani com o Fluminense, no Engenhão. Caso a combinação aconteça, o Corinthians conquistará seu quinto título brasileiro.

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