sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

DEPUTADO PENALDON DENUNCIA CORRUPÇÃO EM PINHEIRO

Do blog do Cunha Santos


BANCO DO BRASIL E TRIBUNAL DE
CONTAS DO ESTADO ENVOLVIDOS
NA CORRUPÇÃO DE PINHEIRO
JM Cunha Santos

Cotado para a pasta do Meio Ambiente, o deputado Victor Mendes (PV) corre o risco de ficar sem o cargo por conta de denúncias feitas contra a administração de seu pai, o ex-prefeito de Pinheiro e Secretário de Cidades Filuca Mendes. A primeira estourou a dois dias nas páginas do Jornal Pequeno e foi encaminhada à Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Procuradoria Geral do Estado. Diz respeito a folhas de pagamento fantasmas com abonos no valor de R$ 650,00 para cerca de 1.000 servidores da Educação no município de Pinheiro. Um rombo de mais de R$ 6 milhões.

Deputado Penaldon Jorge: Roseana não quer mais
esse tipo de aliado


Os servidores prestaram declarações perante a Procuradoria Geral do Estado, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, de que nunca receberam esses abonos. Nas folhas de pagamento, entretanto, segundo denunciou o deputado Penaldon Jorge e viu esse jornalista, consta, estranhamente, o carimbo do Banco do Brasil como se, de fato, os pagamentos tivessem sido feitos. O que não se sabe é se o Banco realmente avalizou as folhas fraudadas ou se os carimbos da instituição financeira foram parar na Prefeitura para legalizar a fraude.


A esta denúncia o deputado Penaldon Jorge acrescentou outra: dados do censo escolar do ano de 2008, quando era gestor Filuca Mendes apontavam a existência de 23 mil alunos no ensino fundamental para recebimento de recursos do Governo Federal. No primeiro ano da administração seguinte, intervalo de 2 meses entre uma matrícula e outra, o número de alunos caiu para 18 mil, 5 mil a menos, uma diferença calculada de R$ 500 mil por mês que ninguém sabe aonde foi parar. “A governadora não vai mais permitir atos dessa natureza cometidos por seus aliados”, afirmou Penaldon se fixando no novo discurso de Roseana Sarney sobre corrupção.

Deputado Victor Mendes: eleito pela enchente


Diz Penaldon Jorge que Filuca Mendes responde a 7 ações civis públicas por improbidade administrativa, 8 queixas-crime e um inquérito policial por racismo praticado contra um repórter a quem agrediu e insultou publicamente de “preto nojento”. Esse inquérito aportou no Tribunal de Justiça no dia 9 de dezembro e tem como relator o desembargador Jorge Rachid.


Pavão a perder de vistas – O Ministério Público Estadual processa o ex-prefeito por utilizar recursos públicos para encaminhamento de cartas, via Correios, através de contratos especiais com a Prefeitura, com santinhos de candidatos (um deles seria Sarney Filho) pedindo votos aos servidores do município ainda nas eleições de 2002. Há também um relatório do Conselheiro do TCE, Edmar Cutrim desaprovando as contas do prefeito Filuca Mendes referentes ao ano de 2007 e aplicando pena de devolução de quase metade dos recursos daquele ano. Segundo Penaldon, o Conselheiro Jorge Jinkng Pavão, cuja esposa, a prefeita de Santa Helena, apóia a candidatura do filho de Filuca, deputado Victor Mendes, pediu vistas desse processo há um ano e meio e jamais devolveu à apreciação do TCE. Penaldon afirma que nunca uma conta de Filuca Mendes foi apreciada pelo Tribunal de Contas do Estado. O conselheiro Pavão é relator de pelo menos 3 contas do ex-prefeito.

Filuca Mendes: fraudes contra o Fundeb


Contra Filuca há também uma investigação na Procuradoria Eleitoral referente aos recursos de emergência das enchentes, enviados pelo Governo Federal ao Governo do Estado através da Secretaria de Cidades. O filho de Filuca foi muito bem votado em todos os municípios para onde ele repassou o dinheiro da emergência. Victor Mendes, por assim dizer, foi eleito pela enchente do rio Mearim.


Mais que o próprio Filuca, por se tratar de instituições públicas, o Banco do Brasil tem que explicar como o carimbo da instituição foi parar em uma fraude e o Tribunal de Contas do Estado deve explicações à sociedade e à Justiça sobre as contas do ex-prefeito e atual secretário de Cidades. Não é a primeira vez que o Tribunal de Contas do Estado, que se chama Palácio Governadora Roseana Sarney Murad, se vê envolvido em escândalo. No último deles, o então conselheiro-presidente, Raimundo Oliveira apareceu recebendo R$ 62.625 em diárias, Jorge Pavão R$ 37.319, 00 e Nonato Lago R$ 37.760,00. Sobre Edmar Cutrim, presidente eleito recentemente, escreveria o jornalista Itevaldo Júnior: “Edmar Cutrim: em 14/11 recebeu R$ 8.166,00; em 25/11 recebeu R$ 8.166; em 05/12 recebeu R$ 9.799,00; em 10/12 recebeu R$ 9.799; em 23/12 recebeu R$ 6.533; Isso somente referente a diárias em pouco de um mês, que estão isentas de imposto de renda, previdência e outras formas de tributação; Mas ainda recebeu o salário de cerca de R$ 23 mil reais, mais o 13º que ninguém é de ferro”.


É o melhor governo de sua vida. Agüente, se puder.

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