O juiz federal Ney de Barros Bello Filho cobrou do Ministério Público Federal (MPF) o oferecimento da denúncia contra os investigados nos cinco inquéritos que compõem a Operação Boi Barrica (rebatizada de Faktor), que investiga a atuação de integrantes da família do presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP). Titular da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Luís, no Maranhão, Ney Bello é o responsável pela tramitação dos inquéritos.
Segundo ele, seis juízes já despacharam nos inquéritos que tramitam há cinco anos, mas até o momento os investigados não foram acusados formalmente.
Ney Bello: o MP deve oferecer denúncia quando couber
O magistrado também observou que e as investigações continuam sendo feitas pelo MPF e pela Polícia Federal. "Esperamos que o Ministério Público tome a decisão de pedir o arquivamento para os fatos que mereçam e ofereça denúncia quando couber", disse Ney Bello.O juiz foi cauteloso ao falar sobre o assunto e argumentou que ainda não havia recebido os documentos com a decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou provas da operação com base em interceptações que haviam sido autorizadas em sua vara criminal.
"Na verdade, a decisão de autorizar a quebra dos sigilos foi tomada por um juiz substituto [Neian Milhomem] e diz respeito à quebra de sigilo de e-mail. Só chegou um telex (informando) que houve o julgamento, mas ainda não recebemos a documentação. Precisamos conhecer os limites objetivos e subjetivos da decisão", afirmou na terça-feira (20).
"Este processo é complexo e tem várias provas. É preciso verificar quais provas foram anuladas. As provas que foram anuladas serão retiradas do processo e o que foi considerado válido será mantido", completou o juiz, evitando transparecer qualquer traço de resistência à decisão tomada pelo STJ. (Estadão Online e Redação do JP)
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