Dezenas de milhares de pessoas ocupam nesta quarta-feira (17) a Esplanada dos Ministérios com a quarta edição da Marcha das Margaridas, que denuncia as desigualdades sociais, a violência e exploração das trabalhadoras rurais.
Segundo o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff deve participar da cerimônia de encerramento da marcha, prevista para as 16h.
Veja vídeo da Marcha das Margaridas em Brasília
Entre as mulheres que integram o protesto está a atriz Letícia Sabatella, que fez um discurso em favor da luta pela igualdade, durante o ato político do evento. Antes, um grupo de mulheres realizou uma batucada feminista.
A Marcha das Margaridas é coordenada pelo movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais, incluindo a Contag (Conferação Nacional de Trabalhadores na Agricultura), 27 federações e mais de 4.000 sindicatos. As edições anteriores foram realizadas em 2000, 2003 e 2007.
A edição de 2011 teve início na terça-feira (16), quando dezenas de mulheres ocuparam a Câmara dos Deputados para reivindicar a aprovação de propostas em votação no plenário, incluindo uma que combate o trabalho escravo e uma que garante licença-maternidade de 180 dias para as mulheres operárias.
Segundo Carmen Foro, secretária de Mulheres da Contag, a violência contra as trabalhadoras rurais cresceu na última década. "Havia em torno de 7% de mulheres nas listas de ameaçados para morrer na luta pela terra e, de 2001 para cá, isso aumentou significativamente. Hoje, as mulheres representam mais de 20% dessas listas. Nossa marcha aumenta a cada dia, porque infelizmente o meio rural e os recursos naturais estão na mira dos poderosos e dos capitalistas deste País", afirmou.
Neste ano, com o tema desenvolvimento sustentável no campo, as entidades organizadoras esperavam reunir quase 100 mil pessoas.
A marcha ganhou esse nome por causa de Margarida Maria Alves, trabalhadora rural e líder sindical assassinada na Paraíba em 12 de agosto de 1983.
Acacio Pinheiro/Folhapress | ||
Marcha das Margaridas ocupa a Esplanada dos Ministérios para denunciar a violência contra trabalhadoras rurais |
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