Votação no plenário está marcada para as 13h desta quarta (16).
Governo propõe R$ 545; centrais querem R$ 560; PSDB defende R$ 600.
defesa do mínimo de R$ 545 em sessão especial
da Câmara, nesta terça (15) (Foto: Diógenis
Santos/Agência Câmara)
A votação será o primeiro grande teste do governo Dilma na Câmara. A principal preocupação do governo é com o PDT, que tem como representante no governo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O líder do partido na Câmara, Paulo Pereira da Silva, que também preside a Força Sindical, insiste em um mínimo de R$ 560.
Nesta terça, durante debate sobre o mínimo em sessão especial na Câmara, ele disse que o governo teria condições de pagar os R$ 15 de diferença entre a proposta do Executivo e a reivindicada pelas centrais sindicais.
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“É tão pouco o que estamos pedindo de diferença que não há motivos para o governo fazer desta discussão um cavalo de batalhas. Se fosse tão fácil de aprovar a proposta deles [R$ 545], o governo não estaria tão preocupado”, disse o deputado.Líder do PT na Casa, o deputado Paulo Teixeira (SP) espera convencer a maioria da bancada do PDT a votar pelo mínimo de R$ 545. Embora evite falar em possíveis “punições” a parlamentares da base aliada que votarem contra a proposta do governo, o deputado diz que vai lembrar o PDT de seus compromissos e também dos cargos que ocupa no Executivo.
“Temos de fazer valer a força de todos os partidos, e uma observação importante é o PDT. O PDT tem o Ministério do Trabalho, e eu tenho confiança que, nesta questão institucional, os partidos vão saber manter o controle que falta por enquanto e garantir a votação com a base. Estamos confiantes que vamos aprovar com tranqüilidade esse projeto”, afirmou o deputado.
Longe das discussões da base governista, os tucanos articulam com parte da oposição a apresentação de uma proposta que prevê que o salário mínimo passe para R$ 600. A ideia foi defendida pelos tucanos ainda na campanha de José Serra para a Presidência da República.
Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), as supostas ameaças do governo aos aliados para garantir a aprovação da proposta de R$ 545 mostraria que um reajuste superior ao que é defendido pelo governo pode encontrar espaço para ser aprovado.
“O que percebemos é que o governo está inseguro quanto à aprovação dos R$ 545 no plenário. Entendemos a presença do governo trabalhando para evitar um vazamento da base, mas isso só nos mostra que é possível chegarmos ao valor de R$ 600 que defendemos”, declarou o líder tucano.
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