Do JP Online
Nos últimos 12 meses, período em que Roseana Sarney (PMDB) voltou ao governo, o Maranhão foi o estado brasileiro que menos gerou empregos formais, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
Os números que desmontam a farsa da criação de centenas de milhares de empregos propagada na publicidade oficial do governo, foram apresentados pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), durante a audiência pública, na última quarta-feira, 7, que discutiu a implantação da refinaria Premium da Petrobras, no município de Bacabeira (MA).
Enquanto o Brasil gerou 1,4 milhão de empregos formais, o Maranhão criou só 2.737 novos empregos, que representam pífios 0,81% do crescimento brasileiro. Apesar da crise econômica mundial, o país nunca tinha atravessado um período de crescimento tão rápido e vigoroso.
Para efeito de comparação, o vizinho estado do Piauí gerou 15,6 mil novas oportunidades de trabalho, quase oito vezes mais que o Maranhão. O Ceará criou 75 mil empregos, o Rio Grande do Norte embora seja o Estado com menor economia comparada com a maranhense obteve 12,5 mil vagas, a Paraíba 18 mil, Pernambuco 56 mil.
Alagoas gerou apenas 1.883 vagas, mas teve desempenho proporcional melhor que o Maranhão. Enquanto a população maranhense é constituída de 6,3 milhões de habitantes, Alagoas tem somente a metade disso – cerca de 3 milhões.
ATIVIDADE ECONÔMICA
Na análise das estatísticas por atividade econômica, o Maranhão apresentou o seguinte desempenho: extrativismo mineral criou 149 vagas; na indústria de transformação 640 vagas; na construção civil foram menos 122 vagas e nos serviços industriais de utilidade pública menos duas vagas; no comércio e no serviço 3.788 vagas criadas, sendo que foram menos 334 na área de serviço; na administração pública 83 vagas; na agropecuária 2.737 vagas e com maior número de demissões chegando a 1.465.
MUNICÍPIOS
Os dados por município avaliam somente os que possuem mais de 30 mil habitantes na estatística do governo federal. O município que mais gerou contratações foi Açailândia com mais 1.162 vagas.
Já o município de Rosário, vizinho ao local do empreendimento da Petrobras, registrou uma admissão, duas demissões e menos uma vaga no trabalho formal.
“O impacto econômico naquela região, até agora, é nulo, não existe nenhum, mas quando passamos naqueles municípios temos placas anunciando 80 mil novos empregos, que faz com que o cidadão se sinta animado a deixar seu município de residência e passar a fazer parte daquela área, morando perto de um empreendimento dessa magnitude”, avaliou Marcelo Tavares.
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