Integrantes do Partido dos Trabalhadores divulgaram ontem uma nota criticando a decisão de petistas que aceitaram participar do primeiro escalão do governo de Roseana Sarney. Na nota, os signatários afirmam que o PT do Maranhão não aprovou, autorizou ou endossou qualquer decisão que permitisse filiados ao partido assumir secretarias no “governo ilegítimo da oligarquia Sarney, configurando-se em uma decisão autoritária e ilegal de um grupo do PT que foi derrotado no debate sobre a política de alianças do partido para as eleições de 2010”.
Os petistas signatários da nota argumentam que o Encontro de Definição de Tática Eleitoral, realizado nos dias 26 e 27 de março, decidiu “rejeitar qualquer tipo de aliança com os partidos que sustentam o governo da oligarquia mais retrógrada e atrasada do país”. Eis na íntegra o teor da nota pública divulgada ontem por membros do PT:
“Os filiados do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão, abaixo-assinados, em respeito à militância petista e à sociedade maranhense em geral, vêm a público se manifestar sobre a decisão de membros do PT de participar do governo ilegítimo de Roseana Sarney, nos termos que se segue:
1. O PT do Maranhão não aprovou, autorizou ou endossou qualquer decisão que permitisse filiados ao partido assumir secretarias no governo ilegítimo da oligarquia Sarney, configurando-se em uma decisão autoritária e ilegal de um grupo do PT que foi derrotado no debate sobre a política de alianças do partido para as eleições de 2010;
2. A decisão dos petistas em ocupar cargos no governo biônico de Roseana Sarney revela uma tentativa de desmoralizar o PT enquanto organização partidária, que historicamente tem preservado as decisões de suas instâncias, em completo desrespeito ao conjunto de mais de 27 mil filiados ao PT no Maranhão, que decidiram, de forma soberana e democrática, em Encontro de Definição de Tática Eleitoral, nos dias 26 e 27 de março, rejeitar qualquer tipo de aliança com os partidos que sustentam o governo da oligarquia mais retrógrada e atrasada do país;
3. Os filiados que aceitaram ir para o governo o fazem por conta própria, sem nenhum respaldo de qualquer instância partidária do PT, em qualquer nível, atendendo tão somente a seus interesses pessoais, em uma agressão ao conjunto do partido, contribuindo para denegrir a imagem do PT;
4. Reafirmamos nosso compromisso em defender o respeito à decisão do PT do Maranhão, repudiando toda ordem de interferência externa a uma decisão que cabia tão somente aos petistas, tomada pela instância máxima de deliberação do partido, sobre a qual não cabe qualquer questionamento no âmbito da Executiva ou do Diretório, sob pena de significar um retrocesso na história do PT e um ataque aos homens e mulheres que ajudaram a construir a história desse partido no estado;
5. Por fim, reafirmamos à sociedade maranhense que a decisão amplamente debatida e aprovada pela militância petista é de aliança com os partidos do campo popular, com o PC do B e PSB, para construir a vitória do nosso pré-candidato a governador Flávio Dino e lutar pela vitória da nossa pré-candidata a presidenta Dilma Rousseff, assegurando um palanque ético e limpo no Maranhão para nossa candidata, e garantir a transformação da triste realidade de abandono em que vive o povo maranhense”.
A nota é assinada por Augusto Lobato, deputado federal Domingos Dutra, Janete Amorim, Bira do Pindaré, Genilson Alves, Franklin Douglas, Silvio Bembem, Paulo Sérgio, Dutra de Caxias, Dáda, deputado estadual Valdinar Barros, Márcio Jardim, Arnaldo Colaço, Jomar Fernandes, Mauro Jorge e Terezinha Fernandes.
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