sábado, 26 de maio de 2012

COOPERATIVA DE CANDIDATOS NÃO FAZ OPOSIÇÃO AO GRUPO SARNEY

BLOG DO LUIS CARDOSO



Na eleição de 2010, o blog fez uma análise para mostrar que a divisão da oposição só beneficiava diretamente o governo, a situação.

Estamos agora asistindo o mesmo filme na sucessão municipal de São Luís, em 2012. O então governador José Reinaldo Tavares confidenciou ao jornalista Roberto Kenard que, em 2002, estava preocupado com o avanço da oposição. Ele era governador e Jackson Lago Lago seu principal opositor.

Certa vez, segundo revelou a Kenard, o senador José Sarney o chamou e foi claro: “a oposição não ganha porque sempre estará dividida. Tenha preocupação maior na área interna do nosso grupo”. Nem precisa mais dizer o que aconteceu.

Em 2006, sim, a oposição esteve unida. Zé Reinaldo era governador e o cofre daquele tamanho que se imagina. E as coisas se arrumaram, saciaram a fome com a vontade de comer, financeira e eleitoralmente.

Flávio Dino se elegeu deputado federal, embora nos tenha recompensado com excelente mandato, Roberto Rocha foi eleito federal com o maior número de votos na história do Maranhão, Edson Vidigal teve a esposa contemplada com a Secretaria de Segurança, Weverton Rocha ficou mais vigoroso e jovem, Dutra ganhou mandato federal, Edivaldo Holanda pulou para o barco governidsta e foi nadar tranquilo nas águas mansas do lago, Tadeu Palácio (então prefeito) aumentou o caixa e o PDT viveu seu melhor período.

Aí veio 2009, quando o mandato de Jackson Lago foi cassado arbitrária e injustamente pela Justiça de nosso país. Logo uma turma de deputados e prefeitos, ao perceber que o barco naufragava, pulou como rato para outra maré. Aliás, retornou ao convívio de onde nunca saiu.

Em 2010, a oposição mostrou sua face traíra, de desunião, dissimulada, lutando apena por seus próprios interesses. Cada um caminhou para seu lado. E Sarney, mais uma vez, tinha razão.

Agora, em 2012, a oposição finge descaradamente ter um projeto para este ano e um mais arrojado em 2014. Quem acredita? Quais os principais protagonistas de fajuta revolução?

Quem são eles? Tadeu Palácio, ex-prefeito de São Luis, que deixou a capital quebrada, esburacada, abandonada, caiu no colo da família Sarney, onde senpre estave, chegando a compor a equipe da sua governadora. Nunca rompeu com Roseana, apenas se afastou do cargo de secretário do Turismo para carregar seu projeto pessoal: voltar a ser prefeito. Tem a vaidade, característica pessoal do senador, e só lhe resta o bigode para ficar mais parecido.

Edivaldo Holanda Júnior, até aqui o ungido de Flávio Dino, nunca fez oposição a oligarquia Sarney. Não se tem conhecimento até agora de um pronunciamento que denunciasse ao país o sofrimento que nos é imposto por uma família.

Eliziane Gama, crente que engana a gente, faz do mesmo modo. Combate a pedofilia, o trabalho escravo, tudo que existe de errado na atual administração municipal, mas nunca teve a coragem de exigir do governo estadual seu papel no atendimento das demandas que reclama São Luís. Aliás, coisas que podem ser resolvidas por Roseana, como o abastecimento de água e o esgotamento sanitário.

Roberto Rocha, assim como todos acima citados, nascidos no berço do sarneismo, foi por um período contra a oligarquia. Hoje, mudo, cego e cúmplice do atraso.

Zé Reinaldo, sim, teve a coragem de romper e não voltar ao convívio. Os outros, disfarçam e vestem a pele de oposicionistas. A quem? Se o projeto maior é para 2014 qual a razão do silêncio ao maior adversário que domina o Maranhão há quatro décadas?

Que fique claro ao eleitor: nenhum dos candidatos da dita cooperativa de oposição é oposição ao grupo oligárquico no Maranhão.

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