Ele tinha 78 anos e estava internado desde o dia 3 deste mês, em estado grave. O corpo de Joãosinho chegou às 16h ao museu. De acordo com Biné Gomes, assessor do carnavalesco, diversas autoridades enviaram coroas de flores ao museu, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, José Sarney.

Joãosinho Trinta é cumprimentado no meio da multidão pelo então presidente Lula durante sua posse em 2004
O governador do Rio, Sérgio Cabral, também lamentou a morte de Joãosinho. O governador, que já havia decretado neste sábado luto oficial de três dias pelo falecimento do ator e diretor Sérgio Britto, decretou mais três dias de luto oficial no estado pela morte de Joãosinho Trinta.
“Joãosinho Trinta era um grande personagem do Carnaval brasileiro, em especial, do Carnaval carioca. Artista visionário, encantava e surpreendia a todos com as suas criações, os seus enredos, o modo como contava uma estória na Marques de Sapucaí. Ele será sempre lembrado por sua arte popular. E a sua frase “Pobre gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual” deve ser estudada nos cursos universitários para que a elite entenda a sua profundidade”, afirmou, em nota, o governador.
O prefeito Eduardo Paes também decretou luto oficial na cidade por três dias pela memória de Joãosinho e do ator Sérgio Britto, que também morreu neste sábado.
“O Rio de Janeiro hoje amanheceu mais triste com a perda de dois ilustres e queridos ‘cariocas’. Um dos mais completos artistas da dramaturgia brasileira, o ator e diretor Sérgio Britto, que nasceu no Rio, dedicou sua vida às artes e, em especial, aos palcos. Tendo participado das principais companhias e montagens, sua história se confunde com a própria história do teatro no Brasil. O talento múltiplo e único de Sérgio Britto, que brilhou ainda no cinema e na televisão, vai deixar saudades. Quem também vai fazer muita falta é o incrível Joãosinho Trinta, o mais genial de todos os carnavalescos. Carioca de coração, esse maranhense usou sua criatividade para transformar definitivamente o carnaval carioca no maior espetáculo da Terra. Com a sua releitura inovadora na mais tradicional das festas cariocas, Joãosinho mudou a cara do desfile das escolas de samba e ajudou a divulgar para o mundo a grandiosidade do nosso carnaval. O Rio e a cultura brasileira devem muito a Joãosinho Trinta”, diz o prefeito, em nota.
Velório
A governadora Roseana Sarney (PMDB) deve comparecer ao velório neste domingo. Ela e o prefeito de São Luís, João Castelo, decretaram luto oficial de três dias.
Artistas locais, incluindo representantes da Associação Maranhense de Blocos Carnavalescos, e fãs estiveram no velório. Além disso, “muitos turistas que estão na cidade e ouviram a notícia na televisão, do Rio Grande do Norte, Alagoas, Manaus compareceram ao museu”, disse o assessor.
O sepultamento deve ocorrer às 10h da segunda-feira (19). O corpo será velado no Museu Histórico e Artístico do Maranhão entre sábado e domingo. No domingo, está prevista uma missa às 10h30 e um culto às 13h30. À noite, parte um cortejo para o Teatro Arthur Azevedo, na mesma rua do Sol. Na segunda, o enterro deve ocorrer no cemitério do Gavião.
“Ele vai ser enterrado com a roupa, um terno branco, que ele usaria para ser homenageado pela Beija-Flor. Ele viria no último carro”, disse Biné Gomes, assessor de Joãosinho. O enredo 2012 da Beija-Flor é sobre o Maranhão.
Vários artistas e a ministra da Cultura, Ana de Holanda, lamentaram a perda de Joãosinho Trinta.

Ele é uma pessoa inesquecível para a música e para o mundo do samba, Neguinho da Beija-Flor.
A morte de Joãosinho Trinta é uma enorme perda para nossa cultura no que ela tem de mais vivo e popular como tradução do Brasil. Afinal, Joãosinho, através dos seus desfiles de carnaval com elementos inusitados e ousados, retratava nossas histórias, mitos e mazelas. Este maranhense, que hoje põe o Brasil de luto, deixa em nossa memória momentos antológicos em mais de cinco décadas de atuação. Fica aqui meu abraço solidário à família, aos amigos e à toda a comunidade carnavalesca, Ana de Hollanda, ministra da Cultura.
Se o Carnaval é hoje o maior espetáculo da terra, deve-se muito a ele, Nilo Mendes Figueiredo, presidente da Portela.
Ele é um símbolo para todos nós. É sinônimo de Carnaval. Toda a projeção que o carnavalesco tem hoje, que o Carnaval tem hoje, devemos ao Joãosinho. Ele merece os aplausos de todas as escolas, todas as homenagens, Alexandre Louzada, carnavalesco da Mocidade Independente de Padre Miguel e da Vai-Vai.
(Com informações de O Globo e G1).
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