sábado, 29 de outubro de 2011

José Reinaldo diz que Ribamar Alves não tem força para ganhar eleição no PSB

BLOG DO JOHN CUTRIM



Acontece neste sábado (29) em São Luis, na Assembleia Legislativa, a convenção do Partido Socialista Brasileiro-PSB. Na oportunidade haverá eleição para a escolha dos novos membros do Diretório Estadual.
O blog do Elias Lacerda, um dos mais acessados de Timon e da região dos cocais, conversou por telefone com o ex-governador José Reinaldo Tavares, figura das mais expressivas do PSB no estado. Perguntado se haveria disputa pela direção do partido, ele informou não acreditar nesta possibilidade.
O ex-governador lamentou, no entanto, que o deputado federal Ribamar Alves – que declarou que não participará do evento porque, segundo ele, houve manipulação da formação dos diretórios municipais para beneficiar José Antônio Almeida (atual presidente) na eleição -, continue distante do grupo que hoje comanda o partido no estado.
“O presidente José Antônio o chamou para um entendimento e ele [Ribamar] não quis conversa”, informou Reinaldo. Mesmo com esse distanciamento, José Reinaldo não acredita que Ribamar Alves tenha força de apresentar uma chapa que venha ganhar a eleição para o diretório.
Aos blogs dos jornalistas Marco D’Eça e Gilberto Léda, o deputado estadual Marcelo Tavares (PSB), sobrinho de Zé Reinaldo, também disparou contra José Antônio. “Ele não vai [à convenção] porque tem minoria e sabe que perde”, declarou.
Tavares também afirmou que Alves foi procurado esta semana para fazer parte da Executiva Estadual. “Nós o convidamos e oferecemos a ele o lugar que ele merece na Executiva. Mas ele só quer se for para ser presidente”, concluiu.

MARANHÃO PODE TER 4 GOVERNADORES EM 10 DIAS...

BLOG DO MARCO D'EÇA



Roseana transferiu o poder para Washington
Se for por falta de governador, o Maranhão não terá problema de representação nos próximos dez dias.
Neste período, podem ser até quatro os chefes do estado.
Desde ontem, 27, a eleita para o cargo, Roseana Sarney (PMDB), está licenciada para resolução de problemas pessoais – dentre os quais uma pequena cirurgia no olho.
Em seu lugar, já assumiu o vice-governador, Washington Oliveira, que leva o PT, pela primeira vez, ao comando do Maranhão.
Arnaldo Melo deve assumir segunda-feira
Mas Washginton também deve pedir pra sair, segunda-feira, por conta de “compromissos particulares já assumidos”.
Ele vai ao Ceará, sua terra natal, para resolução de questões familiares.
Quem assume, neste caso, é 0 presidente da Assembléia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), que já teria agendado um jantar no Palácio dos Leões, na condição de governador em exercício.
Jamil é o terceiro na linha de sucessão
Existe, porém, a possibilidade de o próprio Arnaldo abrir vaga para o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Jamil Gedeon Neto, que ficaria pelo menos dois dias na condição de governador de estado.
Roseana Sarney retoma o comando maranhense no dia 7 de novembro.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

OAB aprova ações sobre Fundação Sarney e aposentados

JORNAL PEQUENO



O Conselho Seccional aprovou a proposta de ajuizar ADIN contra a PEC, que amplia a idade para aposentadoria do servidor público estadual. Foi também aprovada a proposta de ingresso de ADIN junto ao TJ/MA e de representação perante o Conselho Federal da OAB contra alterações na Fundação José Sarney
O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão, aprovou na noite desta quinta-feira (27), por unanimidade, a proposta de ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº. 011/2005, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, que amplia o limite de idade para aposentadoria do servidor público estadual e membros do Poder Judiciário, de 70 para 75 anos. O presidente da OAB/MA, Mário Macieira, antes da exposição do relator, mencionou que a expressão “PEC da Bengala” não foi uma invenção da OAB do Maranhão, considerando que a mesma é ofensiva, inclusive a alguns membros do Conselho Seccional.
O relator da matéria, conselheiro Rodrigo Maia, argumentou em torno dos vícios contidos na emenda aprovada, ressaltando detalhadamente os aspectos em que a mesma ofende a Constituição do Estado e a Constituição Federal. Lago criticou ainda o enunciado dúbio na redação da lei que prevê “aposentadoria compulsória optativa” aos servidores públicos estaduais e, no entanto, exclui os magistrados do direito de optar. O voto pela representação junto ao Conselho Federal da OAB pela proposta de ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal (STF) foi, em seguida, apreciado pelos conselheiros. O conselheiro Francisco Reis, presidente da Comissão de Advocacia Previdenciária da OAB/MA, considerou a lei como uma medida antipopular. Em defesa do Exame de Ordem como instrumento para garantir a qualidade dos que prestam assessoria jurídica, o conselheiro Moreira Serra sugeriu que o voto do relator fosse enviado para que a Assembleia Legislativa apreciasse, considerando a PEC como uma “excrescência jurídica”. O tesoureiro Valdênio Caminha, por sua vez, teceu comentários em torno do respeito ao interesse público, das dificuldades enfrentadas pelos bons profissionais, perseguidos no Maranhão, e alertou: “os interesses paroquiais não devem jogar o Direito na lata do lixo”. Após a aprovação, por unanimidade, o presidente do Conselho Seccional da OAB/MA, Mário Macieira elogiou o relator da matéria: “Vossa Excelência, mais uma vez, demonstra um intimidade quase conjugal como o Direito, em especial com o Direito Constitucional”.
A segunda apreciação do Conselho Seccional deu-se em torno da proposta de ajuizar Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o projeto de lei nº. 259/2011, aprovado em regime de urgência pela Assembleia Legislativa do Maranhão, com uma série de alterações na natureza jurídica da Fundação José Sarney e a criação da Fundação da Memória Republicana Brasileira. Antes do parecer, o presidente Macieira alertou para que os conselheiros fizessem suas análises sob um viés estritamente técnico. Apesar da orientação, os debates em torno da proposta estenderam-se por cerca de três horas de acalorada discussão, resultando em uma primeira votação pelo pedido de vistas da matéria, proposto pelo conselheiro decano, Kleber Moreira, com 15 votos a favor da votação e 12 votos de conselheiros solicitando que fosse adiado o item da pauta.
Constituição Do Império
O relator Rodrigo Lago, presidente da Comissão de Estudos Constitucionais, alertou para o uso indevido do termo “estadualização”, utilizado erroneamente pela Imprensa, já que o projeto aprovado prevê a criação de uma nova fundação, com incorporação do patrimônio da antiga Fundação José Sarney. O longo e aprofundado arrazoado do conselheiro apontou minúcias, além do claro vício na elaboração do projeto de lei ordinária, ofensiva à Constituição Federal, ferindo princípios, tais como o da impessoalidade, da moralidade e da eletividade, além da alienação de bens efetivada, ferindo o princípio da licitação. Sobre o princípio da eletividade, determinação do poder exercido pelo povo, o relator discorreu sobre o patrono da fundação, o senador José Sarney, tutor da fundação, político em pleno exercício de um mandato público e cuja vaga só será preenchida por seus herdeiros, entre eles, a governadora do Estado, Roseana Sarney. “É um caso típico das monarquias. O último exemplo brasileiro deste tipo de legislação data da Constituição do Império, de 1824”.
As especificidades do voto do relator, seguidas de incansáveis contribuições, apartes e propostas resultaram em diversas votações. Por 20 votos a favor da proposição, 1 contra e 6 abstenções, foi aprovada a propositura da ADIN. Por 15 x 4 foi aprovada a proposta do relator de ingresso da Ação junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão e de representação perante o Conselho Federal da OAB para que esta seja ajuizado no Supremo Tribunal Federal (STF). (Com informações do site da OAB)

UTI do Hospital Infantil Juvêncio Matos é interditada


JORNAL PEQUENO



A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nota na noite desta quinta-feira (27) informando a interdição da UTI do Hospital Infantil Juvêncio Matos até a próxima segunda-feira (31). O secretário Ricardo Murad, que assina a nota, culpa a Prefeitura de São Luís pelo problema.
Ele informa que um recém-nascido com quadro de varicela neonatal, associada a outras doenças altamente contagiosas, foi encaminhado pelo Hospital da Criança, administrado pela Prefeitura, ao Juvêncio Matos por volta das 2h20 sem os procedimentos de praxe, o que teria gerado a contaminação da UTI. Leia abaixo a íntegra da nota:
“A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que a UTI do Hospital Infantil Juvêncio Matos ficará interditada até a segunda-feira (31 de outubro) por ter sido contaminada, em função da internação indevida de um paciente recém-nascido, encaminhado irregularmente pelo Hospital da Criança, da Prefeitura de São Luís, às 02h20 (madrugada) do dia 25 de outubro de 2011, apresentando um quadro de varicela neonatal infectada, associado a estafilocóccia, pneumonia, septicemia, fasceite necrotizante em coxa direita e insuficiência respiratória aguda.
A SES esclarece que a internação não atendeu aos protocolos exigidos para esse tipo de encaminhamento. O recém-nascido foi encaminhado sem que a Central de Regulação da Prefeitura de São solicitasse o leito à Central de Regulação da Secretaria de Saúde do Estado de acordo com as normas estabelecidas para esse tipo de ocorrência.
Diante da gravidade do caso, imediatamente todos os pacientes internados na UTI receberam profilaxia com imunoglobulina anti-varicela, conforme protocolos de infectologia pediátrica. Todas as medidas de isolamento foram prontamente estabelecidas.
O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, determinou de imediato o afastamento dos funcionários envolvidos no caso e a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades e falhas no sistema de regulação.”
São Luís, 27 de outubro de 2011
Ricardo Murad, secretário de Estado da Saúde

Nova etapa do Luz para Todos no Maranhão

BLOG DO DÉCIO



A governadora Roseana Sarney e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, assinaram nesta quinta-feira (27) o novo termo de compromisso para realização da 2ª etapa do programa Luz para Todos no Maranhão, que compreende o ano de 2011 até 2014 e representará investimentos de R$ 400 milhões e mais 42 mil ligações. A solenidade marcou ainda as comemorações das 300 mil ligações feitas no Maranhão.
Observado por Roseana, Lobão assina termo de nova etapa do Luz Para Todos
Segundo a governadora, o Luz para Todos revela o compromisso dos governos federal e estadual em levar qualidade de vida aos mais pobres. “Para se ter uma ideia da importância do programa no estado, nós saltamos de 84% para 97% o percentual de famílias beneficiadas com energia elétrica”, disse. “A nossa previsão é que em dois anos, estaremos com o problema de luz solucionado em todos os municípios maranhenses.”
O ministro Lobão fez um balanço positivo sobre o andamento do Luz para Todos no Brasil, que já levou acesso gratuito de energia elétrica para milhões de famílias, beneficiando mais de 14,2 milhões de pessoas na área rural. Lobão destacou a marca de 300 mil ligações do Programa no Maranhão, o que representa benefícios a 1,5 milhão de maranhenses. “O programa é um sucesso. Ele é uma referência, inclusive para a Organização das Nações Unidas (ONU), que está interessada no programa, no que se refere à inclusão social”, contou o ministro.
O secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Wilson Grüdtner, apresentou alguns dados sobre o Programa Luz para Todos no país. Entre eles, o volume de investimentos são da ordem de R$ 18 bilhões, geração de 245 mil empregos e implantação de mais de 7 mil postes de concreto.
Segundo o presidente da Cemar, Augusto Miranda, o Maranhão é um dos quatro estados que mais evolui em termos de acesso a energia elétrica. “O estado é um dos mais atuantes no sentido de proporcionar energia gratuita ao cidadão. A energia elétrica leva qualidade e bem estar para a vida das pessoas”, afirma.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

DEPUTADO ALDO REBELO É O NOVO MINISTRO DO ESPORTE

Ele vai substituir Orlando Silva, que saiu após denúncia de fraude. Aldo Rebelo foi ministro de Lula e ex-presidente da Câmara.
Maurício Savarese
UOL
Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é o novo ministro do Esporte. Foto: AE
Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é o novo ministro do Esporte. Foto: AE
O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi anunciado nesta quinta-feira (27) como o novo ministro do Esporte.

Rebelo foi indicado pelo partido para ocupar a vaga de Orlando Silva, que deixou o cargo na quarta-feira (26) após acusações de desvio de dinheiro público. Com a escolha, a pasta continua sob domínio da legenda, que comanda o ministério desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“Fui convidado pela presidenta para assumir o ministério”, afirmou Rebelo em entrevista coletiva após reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta manhã. Questionado sobre quais serão suas primeiras medidas, Rebelo disse que “a presidente não entrou nos detalhes da pasta e não teria como fazer isso”. “Preciso entrar em contato com a equipe do ministério para começar a transição, só a partir daí posso falar”, completou.
Sobre a possibilidade da pasta perder as atribuições de lidar com a Fifa e a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Rebelo se limitou a dizer que suas tarefas serão cuidar da Copa do Mundo, das Olimpíadas e de todas as tarefas relacionadas ao ministério.
Mais cedo, no microblog Twitter, o ex-ministro desejou sorte a Rebelo: “Bom dia, Aldo Rebelo! Deus ilumine teus caminhos. Bom trabalho!”. Os nomes de Flávio Dino (PCdoB-MA) e da deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) também eram cogitados.
Rebelo está no sexto mandato na Câmara dos Deputados, sempre pelo PCdoB –já foi presidente da Casa e líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Rebelo também foi ministro da Coordenação Política durante a gestão de Lula. Na adolescência, atuou no movimento estudantil e foi presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes).
Rebelo foi o relator da polêmica reestruturação do Código Florestal brasileiro, que ainda está em tramitação no Congresso. Neste ano, disputou uma vaga no TCU (Tribunal de Contas da União), mas perdeu para a deputada Ana Arraes (PSB-PE), mãe do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Na área do esporte, o novo ministro já foi considerado inimigo de Ricardo Teixeira por presidir a CPI da CBF/Nike, na Câmara. Depois, se aproximou do presidente da Confederação Brasileira de Futebol por intermédio de Mustafá Contursi, ex-presidente do Palmeiras, segundo o blogueiro do UOL, Ricardo Perrone.
Saída de Orlando Silva
Silva é o sexto ministro a cair em dez meses do governo Dilma, depois de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Wagner Rossi (Agricultura) e Pedro Novais (Turismo). Com exceção de Jobim, que criticou publicamente o governo diversas vezes, todos os titulares deixam o cargo após acusações de corrupção.
Sob o domínio do PCdoB desde a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, o Ministério do Esporte permitiu a ascensão política de Orlando Silva –ocupante de diversas secretarias até assumir o cargo de titular da pasta, em 2006. Com o governo Dilma Rousseff, no entanto, o comunista e ex-líder estudantil só perdeu espaço até ser substituído em meio a acusações de desvio de recursos públicos para caixa dois eleitoral.
A situação do ex-ministro piorou depois que, na terça-feira (25), a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia aceitou pedido do Ministério Público para a abertura de inquérito para investigar as supostas irregularidades.
“Me sinto vivendo um linchamento público sem provas. Há 12 dias sofro um ataque baixo, de agressão vil, baseado em mentiras. Nenhuma prova surgiu, nem surgirá”, afirmou Silva ao anunciar sua saída ontem. “Tenho compromisso com a presidenta Dilma. Nosso partido não pode ser base de instrumento de nenhum tipo de ataque ao governo. Por isso, conversamos e o resultado da conversa é que a melhor solução seria eu me afastar do governo. Eu decidi sair do governo para que possa defender minha honra”, completou.

Líder da Oposição pede a suspensão de contrato da Saúde com ONG

AGENCIA ASSEMBLEIA






Foto Materia Líder de Oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Tavares (PSB) apresentou um pedido ao governo do Estado para que suspenda o processo contratual em que a Secretaria de Saúde (SES) firma um convênio de R$ 51 milhões com a ONG Bem Viver. Segundo o parlamentar, além de “imoral”, o acordo é um ato de “cleptomania” promovido pelo gestor da SES, o deputado estadual licenciado Ricardo Murad (PMDB).

Segundo Tavares, o governo entrou em contracenso ao anunciar que a partir do dia 28 suspenderá o atendimento ambulatorial no Hospital do IPEM [encaminhando o servidor para os centros de especialidades médicas do Vinhais, Cidade Operária, Centro de Saúde Genésio Rego e Hospital da Vila Luizão], mas dispensou licitação e contratou por 12 meses a Bem Viver para executar e promover serviços médicos de apoio técnico ambulatorial, hospitalar e operacionalização de serviços especializados do Hospital Carlos Macieira, totalizando um gasto de R$ 51.266.577,84.

“Ele [secretário de Saúde] fechou o ambulatório e contratou a Bem Viver por R$ 51 milhões para prestar os serviços. É cleptomania, não há outro termo. Este governo está ai com uma única finalidade, é o governo da corrupção. Senhora governadora, um secretário contrata por R$ 51 milhões para prestar serviços em um hospital que está parcialmente fechado para reforma, a reforma já a é imoral”, reclamou Marcelo.

“É uma vergonha, uma dispensa de licitação de R$ 51 milhões com a Bem Viver, que talvez eles estejam vivendo bem, mais o povo vive mal, isso é uma vergonha, e vergonha maior é a Assembleia não fazer nada. Vergonha maior é muita gente ficar assistindo, enquanto o servidor público do Maranhão vem sendo todos os dias torturado por este governo sem compromisso com o povo do Maranhão”, acrescentou.

COMISSÃO DA VERDADE FOI APROVADA NO SENADO FEDERAL

FOLHA DE SÃO PAULO





O Senado aprovou na noite desta quarta-feira o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade, grupo governamental que investigará e narrará as violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988 --incluídas as da ditadura militar.

O Congresso manteve o texto enviado pelo Executivo no ano passado, permitindo uma tramitação rápida e sem debates, como queria o governo. Agora, ele irá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Período estudado por Comissão da Verdade no Brasil deve ser o mais longo

Há a expectativa de que, após a sanção, ela escolha até dezembro, quando se comemora o dia internacional dos direitos humanos, os sete conselheiros --sobre os quais há muita especulação, mas ainda nenhuma definição.
Uma vez nomeados, eles terão seis meses para estabelecer um plano de trabalho, e só depois a comissão passará de fato a funcionar.
As atividades devem começar no meio do ano que vem. Ao final de seus dois anos, o grupo entregará um relatório detalhando todas as violações.
O projeto --aprovado pela Câmara no mês passado-- segue o exemplo ocorrido em dezenas de outros países que também passaram por transições de ditaduras para democracias.
No Brasil, essa será a terceira comissão a revisitar os acontecimentos do regime militar, e a primeira criada na era petista.
Durante os dois primeiros governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foram instituídas as comissões Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e a da Anistia.
A maior novidade da Comissão da Verdade será a possibilidade de identificar as pessoas e instituições estatais responsáveis pelas mortes, desaparecimentos e torturas de motivação política.
Até hoje, não há uma lista oficial desse tipo. Ainda assim, a comissão não poderá julgar ninguém. Todos os agentes estatais estão livres de punição devido à Lei da Anistia, de 1979.
Militantes de direitos humanos também esperam que o grupo investigue a relação de empresas e entidades civis com a ditadura e a participação brasileira na Operação Condor, que aglutinou regimes do Cone Sul para combater violentamente movimentos insurgentes.
Além disso, os conselheiros poderão elucidar fatos ainda não desvendados, como o chamado "terrorismo de Estado" praticado no Riocentro em 1981, e as violações ocorridas no interior do país, hoje pouco estudadas.
O projeto chegou ao Congresso como resultado de um acordo com as Forças Armadas, que aprovaram o texto antes de ele ser enviado para deputados e senadores.
Entre os parlamentares, mesmo os da oposição, em nenhum momento sofreu resistências importantes. Relator da proposta no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), fez um relato emocionado lembrando que foi ex-guerrilheiro de esquerda.
Ele finalizou a discussão da matéria que durou mais de duas horas citando o prêmio Nobel da Paz bispo Desmond Tutu: "Virar a página do passado é conveniente não para esquecê-lo, mas não deixarmo-nos aprisionados para sempre."
As maiores críticas vieram de parte dos familiares de mortos e desaparecidos, para quem o texto aprovado cria uma comissão "da mentira".
Dentre os problemas apontados, estão o período de análise (longo demais), a pouca estrutura prevista, a abertura para militares serem conselheiros e a não obrigatoriedade de envio do relatório final para órgãos com poder de abrir ações contra os responsáveis.
"É uma comissão tímida, muito aquém do que foi aprovado no Uruguai e na Argentina", disse Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que chegou a formular oito emendas, mas não as apresentou.

NOMES

Interlocutores de Dilma afirmam que a presidente, que escolherá individualmente os membros da comissão, tem recebido impassível as sugestões de nomes, vindas de parentes de perseguidos políticos, partidos de oposição e setores da esquerda.
Em reunião no mês passado, ela inicialmente concordou com os perfis gerais propostos internamente: um religioso, um político conservador, um artista, ao menos dois intelectuais (um moderado e outro de esquerda), um defensor histórico dos direitos humanos e um jurista.
Alguns dos exemplos já citados: o ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Sérgio Pinheiro, o ex-vice presidente Marco Maciel, a filósofa Marilena Chauí, o pesquisador gaúcho Jair Krichke e o procurador da República Marlon Weichert.

Governo confirma saida do Ministro do esporte. Orlando Silva diz que deixa ministério para 'salvar sua honra'

FOLHA DE SÃO PAULO




O ministro Orlando Silva (Esporte) anunciou seu afastamento do governo logo após um encontro com a presidente Dilma Rousseff, no início da noite desta quarta-feira (26).
Segundo ele, a saída foi uma medida para "salvar sua honra". "Eu decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho no Ministério do Esporte, o governo que eu acredito e defender o meu partido", disse durante entrevista coletiva na saída do encontro.
O PC do B não anunciou um novo nome e disse que a escolha cabe à presidente. O Planalto informou que a exoneração de Orlando será publicada amanhã no "Diário Oficial da União", e que o secretário-executivo, Waldemar Manoel Silva de Souza, ocupará interinamente o cargo.
Cantanhêde: Queda de ministro nivela a esquerda e a direita no Brasil
Cúpula do PC do B se reúne com Aldo, cotado para o Esporte
Orlando Silva é o 6º ministro a deixar governo; veja quem já saiu
Inquérito contra Orlando Silva será enviado ao STJ
Entenda as crises que atingiram o governo Dilma
Nome de Aldo Rebelo é um dos assuntos mais tuitados
Sérgio Lima/Folhapress
Orlando Silva durante o anúncio de sua saída em coletiva no Palácio do Planalto
Orlando Silva durante o anúncio de sua saída do Ministério do Esporte em coletiva no Palácio do Planalto
Acompanhado do presidente do PC do B, Renato Rabelo, Orlando concedeu uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Chegou ao local sorrindo e brincando com os jornalistas, avisando que teria de "seria breve" porque hoje é o aniversário da sua mãe. Se ofereceu, inclusive, para arrumar os gravadores e microfones dos repórteres.
Ele afirmou que repetiu para a presidente as conquistas da sua gestão na pasta e que, em um segundo momento da reunião, disse que deixava a pasta porque ele e seu partido não podiam "ser instrumento" para ataques ao governo.
"Nosso partido não pode ser instrumento de nenhum tipo de ataque ao governo. A melhor solução seria eu me afastar do governo. Essa foi uma decisão consciente que eu tomei, e a presidente me apoiou", disse Orlando, que admitiu que a situação na pasta gerou uma "crise política".
O ministro chamou o policial João Dias Ferreira e o motorista Célio Pereira de criminosos, e afirmou que eles "fugiram do Congresso Nacional porque não tinham provas". Os dois haviam sido convidados para prestarem depoimento em uma comissão da Câmara, hoje.
"Hoje completam 12 dias em que eu sofri um ataque baixo, uma agressão vil, baseada em mentiras. E há 12 dias nenhuma prova surgiu ou surgirá."
Orlando Silva também negou que um esquema de desvio de recursos públicos envolvendo ONGs ligadas ao PC do B tenha se enraizado na pasta. Disse que os convênios suspeitos foram e estão sendo investigados.
"Nosso compromisso ético é o do nosso trabalho", disse.
Orlando deixou o local mais cedo, enquanto Rabelo respondia perguntas da imprensa. O presidente do PC do B defendeu novamente o ministro demissionário e disse que cabe à presidente escolher o substituto.
Rabelo não quis responder se houve discussão de um novo nome ou se o partido indicou substitutos. Apenas afirmou que o PC do B "não é um partido conjuntural, que está no governo simplesmente porque caiu de paraquedas".
INTERINO
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) afirmou que, ao menos por enquanto, o ministério deve ser comandado por um interino. Waldemar Manoel Silva de Souza é quem fica interinamente no cargo.
Carvalho não revelou quem são os possíveis substitutos de Orlando, mas disse que o ministério deve continuar sob o comando do PC do B.
Ainda de acordo com Carvalho, nas reuniões que o governo teve com o presidente do PC do B ontem à noite e com o próprio ministro Orlando Silva, hoje, pela manhã, não se chegou a um acordo sobre o nome do substituto. Como não houve uma definição sobre o nome, a presidente poderá nomear o secretário executivo como interino para poder decidir com calma. "Pode haver situação de interinidade. É o mais provável", disse o ministro.
Pouco depois do início do evento de posse de Ana Arraes como ministra do TCU (Tribunal de Contas da União) nesta quarta-feira, as deputadas do PC do B Perpétua Almeida (AC) e Luciana Santos (PE) deixaram o evento rumo a um encontro com a cúpula do partido. Luciana está entre os nomes cotados para assumir a pasta --era a escolha de Dilma em dezembro para o ministério.
Também são cotados para o cargo o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B-MA).
ENTENDA O CASO
Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias Ferreira.
Após pedido feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) abriu um inquérito para investigar o caso.
Na avaliação do Planalto, a decisão do STF agravou a situação do ministro. " O PC do B disse que respeita a decisão da presidente. Sabe que a decisão é da presidente, e o ministro Orlando Silva foi de uma maturidade política muito grande."
Ferreira e seu motorista disseram em entrevista à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério. A denúncia foi confirmada em entrevista à Folha.
Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.
Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.
De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.

Roseana vai pedir licença; Washington Luiz assume

BLOG DO DÉCIO



A governadora Roseana Sarney (PMDB) vai tirar uma licença de dez dias e passar o cargo ao vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT) na próxima sexta-feira (28).

 Será a primeira vez que o petista assumirá o comando do Estado.

Nesse período, Roseana deve fazer um chekc-up em São Paulo e pode aproveitar para fazer uma pequena cirurgia de correção no canal de lacrimejamento dos olhos.

Ela deve volta às suas atividades normais no Palácio dos Leões na segunda-feira, 7 de novembro.

Roseana e o vice-governador participam nesta quinta-feira, ao lado do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), do lançamento da segunda etapa do programa Luz para Todos no Maranhão.

O evento acontece a partir das 11h, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Senado aprova transferência de ‘sobra eleitoral’ para partido que não elegeu ninguém

Da Agência Senado:


Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira mudança no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) para permitir aos partidos que não atingirem o quociente eleitoral (mínimo de votos exigido para conquista de uma vaga na Câmara dos Deputados ou em Assembleia Legislativa) participarem da distribuição das chamadas “sobras eleitorais” – cadeiras restantes após a aplicação do quociente partidário (proporção das vagas a que cada partido tem direito em função dos votos recebidos).

Senador Jorge Viana, do PT do Acre
As “sobras” ocorrem por conta das frações resultantes da aplicação do quociente partidário. Por exemplo: na eleição de 2010 para deputado federal no DF, a coligação mais votada obteve quociente partidário de 3,94 vagas, tendo de imediato o direito a três cadeiras na Câmara. A fração de 0,94 foi somada às frações resultantes do cálculo de vagas das demais coligações que disputaram vagas.
Ao final, a soma dessas frações resultou nas vagas restantes (as “sobras”), que atualmente são distribuídas apenas entre partidos e coligações que atingirem o número mínimo de votos, ou seja, o quociente eleitoral.
Ao apresentar proposta de mudança dessa regra, por meio do PLS 129/11, o senador Jorge Viana (PT-AC) quer permitir a todos os partidos – inclusive aos que não atingirem o número mínino de votos – a disputa dessas “sobras”. “Era preciso encontrar uma maneira de combater a corrupção eleitoral e as coligações cartoriais, valorizando o papel do voto” ressaltou Jorge Viana.
Ainda segundo o autor do projeto, existem casos em que o candidato mais votado individualmente numa eleição fica fora do Parlamento por seu partido ou sua coligação não ter obtido o quociente eleitoral. A retirada de restrições à disputa das vagas restantes fará, na sua avaliação, justiça a esse candidato.
Ao apresentar voto pela aprovação da medida, o relator, senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), assinalou como méritos da proposta “aumentar a competitividade dos pequenos partidos, desconcentrar o voto e propiciar a renovação partidária, acabando com o anacronismo do quociente eleitoral”.
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) também registrou seu voto favorável ao PLS 129/11 e considerou a proposta uma “alternativa à extinção das coligações”.
A matéria foi aprovada de forma terminativa e seguirá para a Câmara, caso não seja apresentado recurso para votação pelo Plenário do Senado.

Roseana cria feriadão neste final de semana

BLOG DO DÉCIO




Decreto assinado nesta segunda-feira pela governadora Roseana Sarney transferiu do próximo dia 28 (sexta-feira) para o dia 31 (segunda-feira) o feriado do Dia do Servidor Público.
No decreto fica estabelecido o dia 1º de novembro como ponto facultativo, à execeção de quem trabalha em serviços essenciais.
Desde modo, Roseana criou um feriadão de cinco dias que começa no sábado (29) e vai até a quarta-feira (2), quando se comemora o Dia de Finados. Veja o decreto:


Deputado Marcelo Tavares diz que Caema se recusa a prestar esclarecimentos sobre aumento

AGENCIA ASSEMBLEIA




O líder da oposição, deputado Marcelo Tavares (PSB), reclamou, na manhã desta terça-feira (25), do fato de mais uma vez a diretoria da Companhia de Saneamento do Maranhão não ter comparecido à Assembleia Legislativa. A direção da Caema foi convocada mediante um requerimento de autoria do líder do governo, deputado Manoel Ribeiro (PTB).
Marcelo Tavares afirmou que a Caema está se recusando a explicar as razões de um aumento das tarifas de água e esgotos, que poderão chegar a até 154% para os consumidores residenciais.
“É uma vergonha e aí o secretário Ricardo Murad, o vice-governador de fato, ou governador de fato deste Estado, se antecipou e disse que a Caema estaria aqui para dar esclarecimentos, esclarecimentos que ele não deu como secretário de Saúde, quando aqui veio, mas a Caema me parece que, de fato, fugiu do debate; acha que não deve satisfação ao Maranhão, acha que não deve satisfação a esta Casa, e vai mesmo impor por determinação da governadora este aumento vergonhoso”, afirmou o líder da oposição.
Ele observou que o governo do Estado estava se preparando para impor às escondidas o reajuste das tarifas da Caema. Ao lamentar a ausência dos dirigentes da Caema na Assembleia Legislativa, Marcelo Tavares enfatizou que, mais uma vez, “este governo falta com a verdade”. “A prometida audiência pública com a presença do presidente e demais membros da diretoria da Caema, aqui nesta Casa, parece que não vai acontecer. Então, nós vamos ficar sem o devido esclarecimento e o governo continua aí todos os dias fazendo mal feitos com o dinheiro público”, protestou.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Roseana testa o poder da oligarquia


POR JOSÉ REINALDO TAVARES
Ganhei um livro fantástico, semana passada. O título é 'Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu', de Maurice Joly, editora Unesp. Trata-se de obra que nos apresenta um diálogo hipotético entre esses dois homens extremamente poderosos em seus tempos sobre os métodos que usaram para aconselhar os mandatários. Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu, foi importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo. Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, em 3 de maio de 1469. Foi escritor, diplomata, pensador político e descreveu sua visão política no livro 'O Príncipe', manual essencial para o governante que quer manter a estabilidade e que inspirou regimes autoritários.
O Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu foi publicado em 1864 numa França que vivia sob mão de ferro de Napoleão III. Os poderes imperiais assumidos por Napoleão desencadearam reações liberais de republicanos franceses, entre os quais estava o autor. Sua intenção era mostrar 'os abismos que a legislação imperial havia cavado, destruindo de alto a baixo todas as liberdades públicas'.
No diálogo fictício que travam Montesquieu e Maquiavel, o primeiro representa o que ele denomina o 'espírito do direito' e o outro, o 'espírito da força'. Maquiavel, provocado, diz que 'no homem o instinto perverso é mais forte que o bom. O homem é mais atraído pelo mal que pelo bem; o medo e a força têm sobre ele mais domínio que a razão. Todos os homens aspiram a dominar e, caso pudesse, ninguém deixaria de ser opressor. Todos ou quase todos estão prontos a sacrificar os direitos alheios a seus próprios interesses' e segue por aí...
Montesquieu então responde: 'a força é só um acidente da história das sociedades constituídas, e que não são os homens que garantem a liberdade, mas as instituições, e essas se fundam em princípios, tais como o da legalidade, de modo que as relações entre o príncipe e os súditos repousem sobre as leis. Na Europa moderna, o despotismo é afastado pela instituição da separação de poderes do estado, de tal modo que o mecanismo de regulação e o controle recíproco entre esses poderes impeçam a opressão e garantam a liberdade dos cidadãos e o respeito as leis constitucionais'.
Então, negando totalmente, Montesquieu, diz: 'Não posso dar como base das sociedades exatamente aquilo que as destrói. Em nome do interesse, príncipe e povos, bem como os cidadãos, só cometerão crimes. E no interesse do estado, está me dizendo! Não sabemos que o interesse do estado, frequentemente, não é apenas do príncipe ou dos favoritos que o circundam? Não fico exposto a consequências similares, considerando o direito como base da existência das sociedades, porque a noção de direito traça limites que o interesse não deve ultrapassar'.
Na verdade o que está em jogo nesse diálogo é a defesa dos regimes de liberdade contra os regimes autoritários.
Transpondo essas ideias para o Maranhão, poder-se-ia dizer que Maquiavel, sem dúvidas, é autor de cabeceira da oligarquia, pois esses seguramente parecem usar seus ensinamentos para governar. No entanto, não querem saber dos ensinamentos de Montesquieu...
Nesse momento, Roseana Sarney, com total inspiração do pai, parece testar o seu poder e o da oligarquia ao mandar para a Assembleia em regime de urgência, para evitar o debate, um projeto terrível, que passa para o estado todas as despesas da Fundação José Sarney, e também o controle do magnífico prédio para a família Sarney para sempre. Tombado pelo Patrimônio Histórico, o Convento das Mercês, uma joia, é um palácio de grande imponência e importância. Sarney sempre quis esse prédio para seu uso e da família. E tudo isso sem a família gastar nenhum tostão. Coisa de gênio!
O projeto aprovado pela Assembleia é inconstitucional. Cria despesa para o erário estadual sem, entretanto, defini-las. E ainda cria um Conselho Curador sem definir como escolher seus membros. Como se não bastasse, dá ao Patrono da Fundação, José Sarney, o poder de contratar e nomear à vontade. E culmina essa 'obra-prima' de projeto de estatização definindo que após o falecimento de Sarney, todo esse poder passará para seus sucessores familiares.
A bem da verdade, nunca faltou recurso público para a Fundação. Antes, o governo federal, através da Petrobras, Caixa Econômica e outros, repassava milhares de reais à Função Sarney. Acontece que essa fonte secou, porque a entidade não conseguiu prestar contas do dinheiro recebido. Na documentação enviada com esse propósito havia de tudo, até notas frias, como a imprensa publicou na época.
O que querem Sarney e Roseana é garantir o domínio da Fundação e do prédio para família e passando as despesas, de uma fundação particular para o governo, pois sabem que o futuro é incerto e o poder também e, assim, a fonte de recursos pode secar.
Para ilustrar a situação, a Caema, por exemplo, fornece água precariamente à população, mas em 2010 'patrocinou' a Fundação com R$ 60 mil. Já a Secretaria de Estado da Educação, por sua vez, entrou com R$ 364,5 mil. Dinheiro não faltou, portanto. Acontece que o prédio está precisando de reformas, tem parte dele escorada, assim como três arcos ameaçam desabar. O governo, então por lei, vai poder gastar muitos milhões de reais que seriam, na verdade obrigação da Fundação, então mantenedora do prédio.
Administrar o acervo do presidente Sarney pode ser feito em uma parte do prédio (uns 25% do total em área) e portanto a obsessão pelo prédio não se justifica e é apenas o desejo de manter sob seu controle essa construção diferenciada, onde Sarney mantém o projeto de ali erigir o seu mausoléu.
Esse é o único projeto de guarda de acervo presidencial custeado pelo poder público. Sarney deveria se espelhar em Fernando Henrique Cardoso e de Lula da Silva, que custeiam a manutenção de seus acervos por fundações privadas. É um absurdo.
Então, Roseana e Sarney testam a sua força e, ao mesmo tempo, a das instituições maranhenses. O projeto é inconstitucional e absurdo, mas alguém terá coragem de usar seus poderes para impedir?
A lei não pode ser usada apenas contra os que não tem poder. No regime democrático todos são iguais perante a lei. Mas aqui parece não ser assim...
Enquanto isso, o projeto de combate a mortalidade infantil é encerrado no Maranhão. A governadora alega que não possui R$ 7 milhões para continuar a iniciativa. É muito comprometimento com as causas da população...
Amigos me dizem que não entendem Sarney. Só se mete em confusão, quase sempre afrontando a opinião pública. Será que vai dizer também que é uma 'homenagem à democracia'?
Tudo isso pode ser efêmero, menos o desgaste. Quem sustenta que daqui ha alguns anos o clamor público não imponha uma anulação de todos esses atos? Não há regime de força que dure muito tempo. No começo do ano, quem diria que Mubarack e Muammar Kadafi, ditadores poderosos à longa data, estivessem sem nenhum poder pouco depois, um preso e o outro morto quando fugia?
Parece não valer à pena tanto desgaste...
E o imbróglio da duplicação da BR- 135, que teve seu edital de concorrência anulado por pressão do TCU? Havia sobre- preço de quase R$ 100 milhões na obra. Daí...

Ministro confirma no Maranhão a duplicação da 'rodovia da morte'

JORNAL PEQUENO


A governadora Roseana Sarney recebeu do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ontem, a confirmação da execução da obra de duplicação da BR-135, trecho de 28 quilômetros entre Estiva e Bacabeira. O encontro ocorreu no Palácio dos Leões, onde o ministro também se reuniu com o vice-governador Washington Luiz Oliveira; deputados federais e estaduais, entre eles o presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo; senador Edison Lobão Filho; e secretários de Estado. O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Jorge Fraxe, também participou da reunião. “Essa é uma obra muito importante para o Maranhão e o ministro está aqui para tranqüilizar a todos nós, garantindo que a duplicação começará no ano que vem, possibilitando que o estado continue vivendo esse momento de franco crescimento econômico”, declarou a governadora.
O ministro assegurou a realização do trabalho. “Todos podem ficar tranquilos que nós vamos promover as complementações e informações que se fazem necessárias no projeto e, eu já disse e afirmo: passado o período da chuva nós vamos começar as obras de duplicação da BR-135, entre Estiva e Bacabeira”, afirmou o ministro.
Foto: Handson Chagas
A governadora Roseana Sarney discute obra de duplicação da BR-135 com o ministro Paulo Passos
Paulo Passos observou que o Maranhão vive um momento positivo, de crescimento, de boas expectativas e disse saber o significado da instalação da Refinaria Premium I e o que ela vai trazer em termos de desdobramento para a economia do estado. “Para que isso possa ocorrer de forma tranqüila, o estado tem que contar com uma rodovia em boas condições, duplicada, que der suporte. Nós temos consciência disso. O povo do Maranhão, as autoridades políticas do estado podem ter certeza que vamos complementar as informações que faltam para que o projeto seja executado”, reforçou.
O ministro veio ao Maranhão explicar o porquê do cancelamento da licitação para execução da obra. Ele informou que o edital foi cancelado por apresentar problemas no projeto e que, neste momento, o Dnit e o Ministério cuidam em complementar as informações técnicas indispensáveis para que se possa levar adiante o projeto sem nenhum transtorno. “Quando falo isso me refiro às questões especiais do solo onde vai ocorrer a duplicação. Nós verificamos, há algum tempo, que o projeto existente não tinha em seu conteúdo as informações no nível de detalhe que é necessário. Hoje, no entendimento que tivemos, o Dnit já adotou essa providência junto a empresa construtora, e serão iniciadas as perfurações ao longo do eixo da rodovia de modo que possamos desencadear o processo licitatório com total segurança”, relatou Passos.
O ministro disse que o governo federal sabe da importância da duplicação da BR. “Nós sabemos o alto fluxo de veículos que trafega diariamente na região. Nós temos informações das estatísticas de acidentes que ocorrem na rodovia. Cumpre a nós, como é do nosso dever e estamos cientes disso, tocar a obra na maior velocidade possível para que ela comece efetivamente e ocorra sem paralisação”, enfatizou. Passos informou que o projeto de duplicação é prioritário para o governo e que está incluído entre as obras selecionadas para integrar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A duplicação da BR-135 é uma obra de engenharia com vários desafios técnicos, devido às condições geológicas do terreno e da maciça ocupação da faixa de domínio do traçado da rodovia por diversos tipos de interferência, tais como adutoras, instalações elétricas, cabeamento óptico, além da existência de 18Km de uma ferrovia instalada ao longo do acostamento da estrada.
Compromisso – O secretário de Estado de Infraestrutura, Max Barros, ressaltou que a presença do ministro no Maranhão mostra o compromisso do governo federal, do Ministério do Transporte e do Dnit, para que essa obra seja efetivamente executada. “Foi uma reunião bastante proveitosa com a participação do poder Executivo e Legislativo, na qual houve uma verdadeira sabatina ao ministro e ao diretor do Dnit e a posição do governo foi questionar a suspensão e o cancelamento do edital sem antes ponderar com o governo do Estado quais os motivos que levaram a este cancelamento”, destacou o secretário.
Segundo Barros, com a garantia do Ministério o momento agora é de ação. “Nós estamos trabalhamos agora uma agenda positiva para poder minorar os transtornos dada a importância da BR-135. A presença do ministro aqui, dando explicação à população, mostra o compromisso firme de que a obra será realizada”, enfatizou Max Barros.
Deputados do MA levantam suspeitas contra a Vale na duplicação da BR-135
Os deputados Stênio Rezende (PMDB), Rogério Cafeteira (PMN), Eduardo Braide (PMN) e Zé Carlos (PT), em pronunciamento da tribuna da Assembleia, na sessão desta segunda-feira (24), levantaram suspeitas quanto a uma possível ação da Vale no sentido de inviabilizar a licitação da duplicação da BR-135, recentemente cancelada, em favor dos interesses da segunda maior mineradora do mundo de ampliar sua ferrovia.
A manifestação dos deputados deu-se quando do relato que fizeram sobre a reunião realizada ontem (24), pela manhã, no Palácio dos Leões, com o ministro do Transportes, Paulo Passos, e o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Jorge Fraxe, que vieram ao Maranhão atendendo a um convite da governadora Roseana Sarney. “A Vale quer que seus interesses prevaleçam sobre os interesses do povo do Maranhão. Achei um absurdo o fato relatado na reunião de que o Dnit utilizou estudos feitos pela Vale para emitir o parecer técnico contrário ao projeto”, revelou o deputado Rogério Cafeteira.
“O deputado federal Pedro Fernandes (hoje secretário estadual das Cidades), homem experiente e técnico com experiência na área de engenharia, não ficaria indignado a toa. Ele deve ter elementos que fundamentam a suspeita de que a Vale agiu, sim, no sentido de fazer prevalecer seus interesses em detrimento dos interesses do povo do Maranhão. Se isso se confirmar, essa Casa tem que tomar uma medida mais enérgica”, argumentou o deputado Stênio Rezende.
Para o deputado Zé Carlos, custa acreditar que um projeto elaborado há tanto tempo e por engenheiros do Maranhão que, segundo ele, são competentes e já deram demonstração de sua capacidade em outras ocasiões, não tenham feito a análise de solo daquela área. “Dizer que não se aprovou o projeto porque não se tinha a confirmação da análise de solo daquela área é demais. É querer atribuir a responsabilidade aos nossos engenheiros. Não posso concordar com isso”, esclareceu.
Segundo o deputado Eduardo Braide, ficou explícito na reunião que a duplicação da BR-135, agora prometida para junho de 2012, só contempla o trecho Estiva/Bacabeira. “A gente sabe que o problema a ser solucionado implica na duplicação do trecho da Estiva até Miranda do Norte. Ficou bem claro pra mim que pode sair até junho de 2012 o trecho Estiva/Bacabeira, o restante talvez daqui há cinco anos”, revelou.
Articulação deve continuar – Os deputados Rogério Cafeteira, Stênio Rezende, Eduardo Braide e Zé Carlos foram unânimes em elogiar o trabalho de articulação das bancadas estadual e federal do Maranhão que, com a contribuição decisiva da governadora do Estado, viabilizou a vinda da cúpula do ministério dos Transportes ao Maranhão. “Parabenizamos o empenho da nossa governadora, do senador Edinho Lobão, do deputado Pedro Fernandes e outros que somaram com a voz desta Casa na defesa dos interesses do povo maranhense”.
“É importante que a gente continue nessa luta, unidos, porque a BR-135 só será duplicada se todos os políticos do Maranhão estiverem juntos e atentos. Nós não podemos baixar a guarda porque isso so será resolvido com pressão política”, observou Rogério Cafeteira.

Roseana Sarney estatiza as dívidas e a tumba do pai

JORNAL PEQUENO



Aiuri Rebello
Em 1990, para que a recém-criada Fundação José Sarney tivesse uma sede à altura do maranhense que acabara de deixar a Presidência, o governador João Alberto de Souza, agregado da Famiglia, doou ao patriarca o Convento das Mercês. Construído em meados do século 17 sob a supervisão do padre Antonio Vieira, a reliquía histórica e arquitetônica incrustada em São Luiz abrigou a Ordem dos Mercedários até 1905, quando passou ao controle do governo estadual. Na semana passada, a abjeção consumada há 21 anos por João Alberto, hoje senador pelo PMDB, foi repetida em escalada ampliada pela governadora Roseana Sarney: controlada pela filha do presidente do Senado, a Assembleia Legislativa aprovou a estatização da Fundação José Sarney, rebatizada de Fundação da Memória Republicana Brasileira.
O Convento das Mercês já havia sido reincorporado ao patrimônio público em 2009, depois que a Justiça considerou ilegal a doação do prédio. Como a fundação está oficialmente extinta desde junho passado, foram estatizados, na prática, um rombo financeiro ainda por calcular, as despesas com a manutenção (R$ 60 mil por mês), pendências trabalhistas, suspeitas de desvios de verbas, um balaio de convênios irregulares, dois processos e o local assinalado por uma lápide onde Sarney pretende ser sepultado.
O patrimônio inclui “documentos históricos” relativos ao período em que Sarney foi presidente ─ atas de reuniões com ministros, pronunciamentos, entrevistas, anotações e outros papéis ─ obras de arte e uma biblioteca, além da estátua de bronze em tamanho natural que mostra Sarney lendo um livro num banco de jardim. Na justificativa do projeto, examinado e aprovado em menos de uma semana, Roseana capricha nos contorcionismos para transformar culpados em vítimas ─ e apresentar como gesto generoso mais uma prova da ganância dos donos da capitania hereditária.
“Lamentavelmente, a história da fundação tem sido marcada por constantes crises financeiras, haja vista que ela não dispõe de fontes públicas de financiamento para a sua manutenção, valendo-se, até agora, de assistemáticas contribuições de cidadãos e empresas privadas, insuficientes para custear o seu funcionamento”, choraminga um trecho do palavrório. “Isso é a perpetuação de um privilégio com dinheiro público”, replicou o deputado Marcelo Tavares (PSB-MA), líder da oposição na Assembleia. “Num estado tão carente como o Maranhão, estão socializando todos os custos e prejuízos desse absurdo”, completou Tavares.
Depois de devolvido ao patrimônio público, o Convento das Mercês continuou cedido à Fundação José Sarney, que em 1990 se comprometeu formalmente a cuidar do prédio. A promessa nunca foi cumprida, comprovam os numerosos sinais de deterioração e parte do edifício que ameaça virar ruína. Em 2010, arcos de sustentação no pátio interno tiveram que ser escorados com vigas de madeira. O acervo é castigado pelo mofo e pela humidade. Reflexo do quadro de abandono, o website da fundação está fora do ar e ninguém atende às chamadas telefônicas.
Em 2009, as contas atrasadas de água, luz e telefone somavam cerca de R$ 100 mil. No começo de 2010, o Ministério Público do Maranhão acionou o governo por ter feito dois repasses irregulares à fundação no valor de R$ 400 mil. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Contas da União acatou denúncia do Ministério Público Federal sobre o desvio de R$ 500 mil de uma verba de R$ 1,3 milhão proveniente de convênios firmados com a Petrobras. O esquema foi descoberto em 2009. Em nota, o governo do Maranhão jurou na semana passada que todas as dívidas foram quitadas. Também informou que não há data marcada para a abertura da instituição aos maranhenses que pagaram a conta.
Em vez de festejar sem ruído o socorro ilegal, Sarney resolveu provar que o errado está certo. “Vejo nessa reação, reunidos, todos aqueles defeitos que movem o ódio político: a inveja, a burrice e a ingratidão”, irritou-se. “É injusto esse debate de alguns idiotas sobre uma das maiores obras de amor e benemerência ao Maranhão que eu fiz: doar ao povo do Maranhão um patrimônio, que os outros presidentes venderam, do meu valioso arquivo de mais de um milhão de documentos, três mil peças de museu de obras de arte e uma biblioteca de mais de 30.000 livros, muitos raríssimos que acumulei ao longo de minha vida. E o fiz com grandeza, amor e desprendimento”.
Não foi por grandeza, amor e desprendimento que o senador ganhou da turma que comanda o apelido descoberto pela Polícia Federal durante a Operação Boi Barrica. Virou Madre Superiora pelo que fez e desfez enquanto foi o dono do convento. (Blog do Augusto Nunes)

DEPUTADO FEDERAL, DESTACA OBRAS DO GOVERNO JACKSON LAGO, NA TRIBUNA DA CÂMARA

BLOG DO LUIS PABLO




Na tarde de hoje o deputado federal Weverton Rocha (PDT), fezz um pronunciamento na Câmara sobre o trabalho do ex-governador Jackson Lago, e falou da sua história de luta por um Maranhão mais digno.
Disse Rocha: “Dr. Jackson enquanto governador do estado, mesmo que por pouco tempo, teve a chance de consolidar muitas coisas em prol do valoroso povo maranhense. Usei a tribuna para enaltecer um homem que sempre tive como modelo de homem público, um homem honrado que nunca esteve envolvido em nada que não fosse correto. Este homem que não está mais entre nós, mas que deixou um legado político imenso que honra a todos que tiveram como eu, a oportunidade de conviver com ele”.
Clique e veja o vídeo:


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sarney “inspira” Edinho Lobão, que quer transformar corrupção em crime hediondo

Do portal R7
Aliado do ex-presidente, Lobão Filho disse que a corupção tem o poder de “homicídio em massa”
Inspirado em discurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) – que se declarou preocupado com a impunidade, “uma chaga da nossa sociedade”, principalmente nos crimes de homicídio – o senador Lobão Filho (PMDB-MA) promete apresentar nesta semana projeto de lei para transformar a corrupção em crime hediondo.
Lobão, que é filho e suplente de um dos mais antigos e leais aliados de Sarney, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), disse que “o crime de desvio de recurso público na área da saúde, da educação, tem um poder de homicídio em massa”. Se dirigindo a Sarney, disse:
- Como uma contribuição à ideia de vossa excelência, pretendo dar entrada nesse projeto.
Os crimes hediondos, como homicídio qualificado e tráfico de drogas, não admitem fiança e têm penas mais graves, que devem ser cumpridas em penitenciárias de segurança máxima. Sarney agradeceu a iniciativa de Lobão Filho e se declarou “profundamente gratificado” por ter conseguido sensibilizar o Senado para o problema da impunidade.
Com mais de 50 anos de vida pública, ex-presidente da República e quatro vezes presidente do Senado, José Sarney transformou-se em um dos políticos que mais enfrentaram denúncias nos últimos anos, sem que nenhuma delas o afastasse do poder. Há um mês, Sarney foi alvo de vaias de 100 mil pessoas no Rock in Rio puxadas pelo vocalista da banda Capital Inicial, Dinho Ouro Preto, que lhe dedicou a música “Que país é este?”.
Em 2009, no comando do Senado pela terceira vez, Sarney foi alvo de 11 representações por quebra de decoro no Conselho de Ética, que acabaram arquivadas, sem abertura das investigações. As acusações baseavam-se na série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo que revelou a existência de atos secretos, utilizados na Casa durante 15 anos, para contratar aliados políticos, permitir gratificações retroativas a funcionários, além de denúncias de fraudes na fundação que leva seu nome no Maranhão, e que recentemente mudou de nome e virou estatal.
Um dos beneficiados com os atos secretos foi um neto do presidente do Senado, João Fernando Michels Gonçalves Sarney, que trabalhou por um ano e 9 meses no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), outro aliado fiel. Sarney também enfrentou denúncias contra seu filho, o empresário Fernando Sarney. O empresário foi um dos alvos da Operação Boi Barrica, da Polícia Federal, que o havia indiciado por lavagem de dinheiro, fraude e formação de quadrilha.

Vale estaria por trás do adiamento da obra de duplicação da BR-135, denunciam deputados

BLOG DO DECIO



Os interesses da poderosa Vale seriam o verdadeiro motivo do adiamento das obras duplicação da BR-135.
A denúncia foi feita nesta segunda-feira pelo secretário Pedro Fernandes (Cidades) e deputados que se reuniram pela manhã com o ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) e o diretor-geral do DNIT, Jorge Fraxe, no Palácio dos Leões.
Paulo Sérgio Passos durante reunião com secretários e deputados
O interesse da mineradora acontece por conta do projeto de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), alvo de ação do Ministério Público Federal.
Segundo o secretário e os deputados, a Vale quer que a rodovia fique no meio da EFC, já que a empresa pretende construir a outra via paralelamente a já existente.
O deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) disse ter achado estranho quando, há duas semanas durante reunião do secretário Max Barros (Infraestrutura) com Fraxe em Brasília, um diretor do DNIT questionou o problema que a obra na BR-135 poderia causar à duplicação da EFC.
“Não podemos permitir que a Vale se sobreponha aos interesses do povo do Maranhão. O Estado do Maranhão é mais importante que os lucros da Vale”, reagiu o deputado federal Lourival Mendes (PTdoB).
O ministro negou que o adiamento da obra esteja ligado aos interesses da mineradora. Ele disse que a questão foi meramente técnica porque ainda faltavam alguns estudos de solo na área a ser duplicada.
No entanto, ele admitiu que o ministério se utilizou um estudo da Vale para determinar a realização da obra agora suspensa.
Paulo Sérgio Passos garantiu para junho do próximo ano o início da duplicação da BR-135.

Médicos param unidades do SUS em 21 Estados amanhã

FOLHA.COM


Médicos de unidades do SUS (Sistema Unificado de Saúde) em todo o Brasil vão parar nesta terça-feira (25) em protesto contra as baixas remunerações e as más condições de trabalho na rede pública. Serão interrompidos os atendimentos a consultas e exames em ao menos 21 Estados --estão garantidos os atendimentos nas unidades de emergência e urgência.
Formandos em medicina são massacrados pelo MEC, diz leitor
Cirurgiões suspendem atendimento a convênios no Rio
Médicos param atendimento a planos de saúde nesta quarta-feira
A paralisação durante toda a terça-feira está confirmada nos Estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Sergipe.
No Estado do Piauí, a paralisação vai durar três dias. Em São Paulo e em Santa Catarina, somente algumas unidades param e por poucas horas.
Em São Paulo, foram confirmadas paralisações nos hospitais Emílio Ribas, Hospital do Servidor Estadual e no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em Santa Catarina, os médicos vão parar por apenas uma hora.
No Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins a rede não para --serão feitos apenas protestos e manifestações.
Com nome de "Movimento Saúde e Cidade em Defesa do SUS", as manifestações são organizadas por uma comissão composta por representantes do CFM (Conselho Federal de Medicina), da AMB (Associação Médica Brasileira) e da Fenam (Federação Nacional dos Médicos).
REIVINDICAÇÕES
Uma das pautas da mobilização é o reajuste dos honorários médicos. Segundo a Fenam, o salário-base médio de um médico no SUS é de R$ 1.946,91, variando de R$ 723,81 a R$ 4.143,67. O vencimento básico, que representa cerca de 50% do pagamento ao médico, deveria ser R$ 9.688, segundo cálculos feitos pela federação.
As entidades apontaram outra deficiência da rede pública: a queda no número de leitos normais e de UTI. Entre 1990 e 2001, o país perdeu cerca de 203 mil leitos no SUS, segundo dados apresentados pela comissão.
Aloísio Tibiriçá, 2º vice-presidente do CFM, relembrou o movimento dos médicos no mês passado, em defesa de melhores honorários nos planos de saúde, e comparou os dois sistemas --o público e o privado. "Os planos de saúde gastam 55% de toda verba em saúde para atender a 25% da população. E o SUS, que atende a 75% dos brasileiros, usa 45% do que é gasto em saúde no país."
"Com a mobilização queremos chamar a atenção das autoridades para a necessidade de mais recursos para a saúde, melhor remuneração para os profissionais e melhor assistência à população", afirma Tibiriçá.
SÃO PAULO
Para chamar atenção para o movimento, médicos vão "envelopar" com a bandeira do Brasil a sede da APM (Associação Paulista de Medicina), no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo.
Depois, farão protesto na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal de São Paulo para denunciar as más condições de trabalho. Na rede estadual, salário é de R$ 1.700 e, na capital, de R$ 2.200 para 20 horas semanais.

Líbia deve ter eleições em até oito meses, diz premiê interino

DAS AGENCIAS DE NOTICIAS


As declarações do líder do governo do Conselho Nacional de Transição (CNT), no Fórum Econômico Mundial, realizado na Jordânia, chegam dias após a morte do ex-ditador Muammar Gaddafi.
"As primeiras eleições devem ser feitas no período de até oito meses, no máximo, para constituir um congresso nacional para a Líbia, algo como um Parlamento", acrescentou.
Jibril disse também que pretende renunciar ao cargo ainda neste sábado, com a expectativa de que a cúpula do CNT assuma o controle total sobre o país.
As prioridades do CNT até o momento têm sido desarmar a população, restaurar a ordem e estabilidade e dar início a um processo de reconciliação nacional, explicou Jibril.
"Este congresso nacional teria duas tarefas --criar o rascunho de uma Constituição, sobre a qual teríamos um referendo, e a segunda seria formar um governo interino para ficar no poder até que as primeiras eleições presidenciais sejam realizadas".
De acordo com informações divulgadas durante a semana, o CNT pretende fazer o anúncio oficial de "liberação" do regime, após a morte de Gaddafi, neste domingo (23).
"Estou contando com eles [o povo líbio] para olhar adiante e relembrar o tipo de agonia à qual foram submetidos durante os últimos 42 anos", acrescentou.
SUSPEITAS DE EXECUÇÃO
A análise de novos vídeos divulgados ontem (21) sobre os momentos finais do ex-ditador da Líbia reforçam as suspeitas de que ele tenha sido executado pelos rebeldes, afirma o blog "The Lede", do jornal americano "The New York Times".
"Embora seja difícil determinar a exata cronologia de todos os vídeos postados online nas últimas 36 horas, as primeiras imagens do coronel Gaddafi após ser capturado parecem ter sido feitas por Ali Algadi, um combatente rebelde, com um iPhone. Algadi disse ao site americano de notícias GlobalPost, que obteve e publicou este vídeo, que ele começou a gravar apenas alguns segundos depois que o líder foi arrastado de um duto de esgoto sob uma uma estrada em Sirte na quinta-feira", afirma o blog.
Durante o dia, centenas de pessoas formaram filas na cidade de Misrata para ver o corpo do ex-ditador da Líbia exposto sobre um colchão numa sala refrigerada utilizada por bares e restaurantes de um mercado.

Mohamed Messara/Efe
Centenas de líbios formaram filas durante a sexta-feira para ver e fotografar corpo de Gaddafi exposto em mercado
Centenas de líbios formaram filas para ver e fotografar corpo de Gaddafi exposto em mercado

Sem camisa e sapatos, sobre um colchão improvisado e sujo de sangue, o cadáver do ditador que governou o país por 42 anos com mão de ferro foi fotografado com câmeras e celulares por centenas de curiosos que aguardaram para passar pelo local.
Marcas de tiros ainda são visíveis no lado esquerdo da cabeça, onde o projétil permanece alojado, no peito e também na barriga.
INVESTIGAÇÃO
Também na sexta-feira, o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu uma investigação sobre as circunstâncias da morte do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi, anunciada ontem pelas forças rebeldes do país, durante operação militar em Sirte.
"A respeito da morte de Gaddafi ontem, as circunstâncias ainda não são claras. Nós consideramos que é necessária uma investigação", declarou o porta-voz, Rupert Colville, em referência aos vídeos que foram divulgados pelos meios de comunicação.
"Deveria haver algum tipo de investigação, dado o que vimos ontem, acho que é muito essencial", disse ele, em referência às imagens divulgadas da captura de Gaddafi, nas quais ele ainda aparecia com vida.
ATENÇÃO: imagens agressivas a seguir

Mohamed Messara/Efe
Corpo do ex-ditador da Líbia Muammar Gaddafi foi exibido durante todo o dia num mercado na cidade de Misrata
Corpo do ex-ditador da Líbia Muammar Gaddafi foi exibido durante todo o dia num mercado na cidade de Misrata

Embora inicialmente não houvesse uma versão oficial, um vídeo que mostra o ex-ditador capturado ainda vivo transmitido por emissoras árabes gerou suspeitas de que ele tivesse sido executado pelos rebeldes. O premiê da Líbia, Mahmoud Jibril, disse que relatórios de perícia mostram que a causa da morte foi um tiro recebido durante um tiroteio.
"Gaddafi foi retirado de dentro de uma tubulação de esgoto e não mostrou resistência alguma. Quando começamos a movê-lo ele foi atingido por um tiro no braço direito e quando o colocamos numa picape ele ainda não tinha nenhum outro ferimento", disse o premiê citando o relatório.
Um médico que examinou o corpo, porém, afirmou que ele foi fatalmente ferido por uma bala em seus intestinos depois de ser capturado. "Gaddafi foi capturado vivo, mas morreu depois. Houve uma bala e essa foi a causa primária de sua morte; ela penetrou em suas entranhas", afirmou o Ibrahim Tika à emissora árabe de TV Al Arabiya. "E houve uma outra bala na cabeça, que entrou e saiu".
Segundo o porta-voz da ONU, as circunstâncias da morte do ex-ditador estão "muito pouco claras" porque há "quatro ou cinco versões diferentes de como ele morreu". Colville pediu mais detalhes para determinar se houve uma execução por parte dos rebeldes ou se foi durante troca de tiros.
ATENÇÃO: o vídeo a seguir contém imagens agressivas
O funcionário do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos lembrou ainda que o Conselho de Direitos Humanos da ONU já havia designado meses atrás uma comissão para investigar as violações de direitos cometidas na Líbia pelos dois lados do conflito.
Colville chamou ainda as novas autoridades líbias e a quem puder ajudar que "contribuam para tranquilizar a situação no país", tendo em vista que "há gente demais que está armada na Líbia e que a situação está muito desordenada".
Segundo ele, porém, a queda do regime e das últimas cidades que permaneciam fiéis a ele coloca o fim a oito meses de sofrimento e violência extrema. "Começa uma nova era que deve responder às aspirações do povo por democracia e direitos humanos", afirmou.

Sarney chama de 'burros' críticos da estatização de sua fundação

JORNAL PEQUENO





POR OSWALDO VIVIANI

 
Em artigo publicado ontem (23) no jornal O Estado do Maranhão, de sua família, o presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) mostrou-se irritado com a repercussão negativa da estatização da Fundação José Sarney, aprovada a “toque de caixa” pela Assembleia Legislativa maranhense na quarta-feira (19).
No artigo, intitulado “A burrice e a política”, Sarney chamou de “idiotas”, “burros”, “invejosos” e “ingratos” os críticos da estatização – medida que vai custar aos contribuintes do Maranhão ao menos R$ 1,1 milhão por ano (cerca de R$ 90 mil mensais).
Há um “injusto debate de alguns idiotas sobre uma das maiores obras de amor e benemerência ao Maranhão que eu fiz: doar ao povo do Maranhão um patrimônio”, disse o senador, que garantiu ter feito a “doação” ao povo maranhense “com grandeza, amor e desprendimento”.
“Vejo nessa reação, reunidos, todos aqueles defeitos que movem o ódio político: a inveja, a burrice e a ingratidão”, finalizou Sarney.
Segundo o projeto de estatização encaminhado à AL pela governadora Roseana Sarney (PMDB), filha do senador, e aprovado na quarta-feira, a Fundação José Sarney passará a se chamar Fundação da Memória da República Brasileira e terá o presidente do Senado como “patrono”.
Sarney terá direito a indicar dois dos 11 membros do Conselho Curador. Em caso de falecimento de Sarney, as duas vagas de sua cota seriam providas por indicação de seus herdeiros.
A estatização da Fundação José Sarney não vai extinguir os processos que correm na Justiça e nos órgãos controladores sobre desvios de recursos públicos estaduais e federais na entidade. Há processos contra a Fundação Sarney no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) e no Tribunal de Contas da União (TCU).
Os processos são resultado de ações impetradas pelos ministérios públicos Estadual e Federal (MPE e MPF) e de apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
Veja a íntegra do artigo de José Sarney publicado em seu jornal ontem:
A burrice e a política
José Sarney
Um dia, estava com Tancredo Neves e descontraidamente conversávamos sobre a política, as suas vicissitudes, suas amarguras e seu potencial gratificante. Perguntei-lhe se ele tivesse de arrolar três virtudes que deviam ter os políticos. Ele, com certo humor, me respondeu: “Sarney, para mim acho que as sete primeiras são paciência, as outras três você pode escolher como quiser”. Rimos juntos e fiquei logo certo de essas primeiras sete eu possuía demais e muitas vezes fui criticado por essa conduta.
Quando eu era presidente da República, em momentos difíceis, me aconselhavam a dar um “murro na mesa”. Eu respondia com paciência que havia dois perigos nessa atitude: ou quebrar a mesa ou quebrar a minha mão. Fui visitar Jânio Quadros quando estava muito doente, com grande dificuldade de levantar-se. Ao me saudar, sem perder aquela teatralidade que marcava seus gestos me disse: “Jô!, Jô! Jô!, não é Sarney. Nunca vi tanta tolerância e paciência”.
Mas políticos encontramos de todos os tipos. Uns são bons, outros são maus. Mas não devemos julgar os políticos somente por estes, numa generalização deformada. Em geral, os maus políticos começam pela burrice e a burrice embota. Talvez este seja o menor defeito de um mau político. Este não depende do caráter nem de qualquer formação moral. Podemos dizer ser um defeito físico de nascença, assim como um pescoço torto. São burros e pronto! E não há nenhum milagre que cure a burrice. Eu sempre brinco que Jesus fez todos os milagres: fez cego ver, morto ressuscitar, aleijado andar, mas em nenhuma passagem do Evangelho há uma de que Cristo tenha transformado um burro em inteligente.
Piores são os defeitos do ódio, da inveja, da maldade, da indignidade, da mentira, da desonestidade e o maior de todos, aquele que Santo Agostinho dizia ser o mais abjeto: a traição. E foi um poeta, Valéry, não foi um santo nem um político, que disse ser a mais repugnante das atividades humanas, a política “porque lida com a ingratidão”. Shakespeare, na tragédia de Macbeth, tem uma passagem em que ele diz “que a ingratidão é uma fúria com o coração de pedra”. Já Sartre com sua irreverência reagia com revolta dizendo que “quem mexe com política está sempre com a mão na m…”
Porque estas reflexões? É assistir o injusto debate de alguns idiotas sobre uma das maiores obras de amor e benemerência ao Maranhão que eu fiz: doar ao povo do Maranhão um patrimônio, que os outros presidentes venderam, do meu valioso arquivo de mais de um milhão de documentos, três mil peças de museu de obras de arte e uma biblioteca de mais de 30.000 livros, muitos raríssimos que acumulei ao longo de minha vida. E o fiz com grandeza, amor e desprendimento.
Mais de cem mil pessoas, com presença registrada no livro de visitas, passaram na Fundação José Sarney, ponto de turismo e estudo da História do Brasil.
Vejo nessa reação, reunidos, todos aqueles defeitos que movem o ódio político: a inveja, a burrice e a ingratidão.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA APROVA PEDIDO PARA PROCESSAR O SECRETÁRIO DE SAUDE RICARDO MURAD

AGENCIA ASSEMBLEIA




A Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira (2) indicação do deputado Rubens Pereira Júnior (PC do B), sugerindo a adoção de providências para processar, por crime de responsabilidade, o secretário de Estado de Saúde, deputado Ricardo Murad (PMDB), pelo flagrante desrespeito às normas constitucionais e ao Poder Legislativo.

Na indicação, Rubens júnior esclareceu que o secretário Ricardo Murad foi notificado, há mais de 30 dias, para prestar informações sobre os pontos de lançamento de dejetos in natura na Ilha de São Luís, por meio do requerimento nº 244/2011, de sua autoria, deferido pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

O parlamentar esclareceu que o processo contra Ricardo Murad é baseado no § 2º do art. 33 da Constituição do Estado do Maranhão que diz: “A Mesa Diretora poderá encaminhar pedidos escritos de informação aos secretários de Estado ou ocupante de cargo equivalente, importando crime de responsabilidade a recusa ou o não-atendimento no prazo de 30 dias, bem como a prestação de informações falsas”.

Gardênia Castelo defende a união das Oposições em Congresso do PPS

JORNAL PEQUENO



A deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB) participou do Congresso Municipal do Partido Popular Socialista (PPS), realizado no último sábado (22), na Câmara de Vereadores de São Luís. A parlamentar tucana parabenizou os congressistas do PPS e voltou a defender a aliança do partido com o PSDB local em relação ao projeto de reeleição do prefeito João Castelo (PSDB).
Gardênia Castelo diz que a administração municipal vem sofrendo sistemáticos ataques do grupo Sarney
Gardênia Castelo, porém, fez uma intervenção respeitosa ao reconhecer que o PPS tem o direito de pleitear candidatura própria, pois, segundo a parlamentar, “estamos numa democracia e devemos respeitar o posicionamento dos partidos”.
“Todos sabem que o PSDB e o prefeito João Castelo esperam o apoio do PPS para as eleições de 2012, pois a aliança entre os dois partidos já se dá de forma saudável em nível nacional. Entretanto, quero reconhecer que o PPS tem o direito de pleitear candidatura própria. Estamos numa democracia e temos que respeitar o posicionamento dos partidos”, disse a deputada.
Durante o seu discurso, Gardênia Castelo afirmou que a administração João Castelo enfrenta dificuldades, mas que tem tomado medidas importantes para construir uma cidade melhor para se viver. A deputada disse ainda que o prefeito tem sofrido uma perseguição implacável do grupo dominante no Maranhão, numa clara referência ao grupo Sarney.
“Reconhecemos que a administração João Castelo pode melhorar, mas é importante ressaltar que o prefeito pegou uma Prefeitura sem planejamento e com muitas dificuldades administrativas, mas muito tem sido feito para se construir uma cidade melhor para se viver. Temos trabalhado com muitas parcerias, inclusive com o governo da presidente Dilma. Entretanto, ele tem enfrentado ataques sistemáticos do grupo dominante que não aceita um prefeito de oposição governando São Luís. Mas, com certeza, o povo não vai aceitar que alguns trabalhem contra a cidade. As oposições devem caminhar unidas”, afirmou Gardênia.
O Congresso Municipal do PPS definiu que a deputada Eliziane Gama será a pré-candidata do partido à Prefeitura de São Luís.
Além de Gardênia Castelo, também estiveram presente ao evento o ex-prefeito e presidente municipal do PP, Tadeu Palácio; o deputado federal e presidente estadual do PP, Waldir Maranhão; o presidente estadual do PPS, Paulo Matos; o presidente municipal do PSL, Alan Kardec; o presidente municipal do PRTB, Ednaldo Neves; e o dirigente do PCdoB, Odair José.

PSB, PC DO B, PPS E PP, CADA VEZ MAIS JUNTOS...

BLOG DO MARCO D'EÇA




Quem aposta na impossibildiade de aliança de PCdoB com PSB, PPS e PP pode perder nas eleições de 2012.
Os quatro partidos estão fechados no projeto de vencer as eleições de São Luís, em 2012, e seguir forte para o pleito seguinte, o de 2014.
Mais uma prova disso foi vista sábado passado, quando o PPS lançou a candidatura da deputada estadual Eliziane Gama a prefeita de São Luís.
Lá estavam Tadeu Palácio e Waldir Maranhão (ambos do PP), representantes do PSB e do PCdoB.
O ex-deputado Flávio Dino destacou o lançamento de Eliziane em sua página no twitter.
Nem a presença ostensiva da deputada Gardeninha Castelo (PSDB) – uma forma de intimidação aos dirigentes do PPS que mantêm cargos na prefeitura -  impediu a legenda de pregar a mudança do governo municipal.
Detalhe: a própria Eliziane Gama deixa claro que o lançamento da candidatura não inviabiliza uma futura composição, discurso já pregado por seus aliados.
Assim também pensam Tadeu Palácio, Roberto Rocha (PSB) e Flávio Dino.
Qualquer um pode ser candidato e qualquer um pode ser vice.
É aguardar e conferir…

domingo, 23 de outubro de 2011

OLIGARQUIA SARNEY DÁ NOME A 161 COLÉGIOS NO MARANHÃO





Folha de São Paulo – com edição


Em alguns estados brasileiros, o batismo de escolas parece ser estratégia de autopromoção de políticos. No Maranhão, por exemplo, o sobrenome Sarney está em 161 escolas (179 em todo o país). O ex-presidente José Sarney dá nome a 92. Sozinho, supera a soma de seus sucessores – Collor, Itamar, FHC e Lula –, presentes em 15 escolas do país.
Na Bahia, entre os nomes mais comuns estão Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), em 119 escolas, e Luís Eduardo Magalhães (1955-1998), em 101. Somados, os dois superam o número de homenagens em todo o país para a Princesa Isabel, o Papa João Paulo 2º ou o escritor Machado de Assis.
A prática é utilizada também em municípios. É o caso da cidade fluminense de Magé, com 223 mil habitantes. Das 87 escolas municipais, 21 têm o nome Cozzolino, o mesmo da ex-prefeita afastada por denúncia de corrupção em 2009, Núbia Cozzolino. Como o MEC não divulga estatísticas sobre nomes mais comuns em escolas, foi preciso fazer uma pesquisa nome por nome, para descobrir quantas vezes ele se repetia.
Embora não seja um levantamento completo, a reportagem procurou incluir nomes de figuras históricas ou políticos locais para identificar os que possivelmente usam o batismo de escolas como estratégia de autopromoção.
A prática é comum, apesar de uma lei federal de 1977 que proíbe atribuir nomes de pessoas vivas a bens públicos da União e a estabelecimentos que recebam verbas federais, caso de escolas.
Para o professor da Faculdade de Educação da UFRJ, Luiz Antônio Cunha, os alunos acabam sendo influenciados pois é comum escolas ensinarem quem são as personalidades que dão nome a elas.
“É a utilização da fachada da escola como outdoor. Uma expressão clara do patrimonialismo político, do uso privado do espaço público e dos alunos como destinatários cativos da celebração de algumas figuras políticas.”