quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SUSPEITA DE FRAUDES

EDITORIAL DO JORNAL PEQUENO


O Editorialista do Jornal Pequeno trata hoje da suspeita de fraudes nas eleições do Maranhão. Assunto sério e grave que precisa da atenção e ação das autoridades competentes e da fiscalização de todos nós. Afinal trata-se de um pleito decidido em primeiro turno por mínima diferença de 0,08%, ou seja de apenas 4.877 eleitores. E por este resultado, o Estado e sua população terão que passar por  quatro longos anos até  uma nova chance de mudança. Tem que ser um resultado limpo e honesto. Leiam o EDITORIAL:


"Algumas denúncias de fraudes, corrupção eleitoral ou compra descarada de votos no Maranhão, na capital São Luís e no interior do Estado, estão sob investigação ou aos cuidados de inquéritos da Polícia Federal.

A primeira delas, grave pela crueldade de subtrair remédios de hospitais públicos para distribuição entre eleitores, resultou na prisão de uma médica, casada com um parente de Sarney, que pagou a fiança, e ninguém ouviu mais falar do assunto. É o típico crime eleitoral que extrapola para a esfera penal pelo nível de iniqüidade que significa deixar gente doente sem atendimento, sem os remédios necessários para aplacar suas dores, em nome da eleição deste ou daquele candidato. Um crime que poderia redundar em lesões corporais de natureza grave e até morte.

O segundo crime eleitoral corresponde ao uso e abuso da miséria absoluta, pobreza e analfabetismo das pessoas para forçar a vitória de candidatos sem condições de se eleger. Um sujeito chamado Bruno foi flagrado pagando contas de água, luz e telefone em valores que chegam a R$ 28 mil, em uma casa lotérica, visando beneficiar determinadas candidaturas. O caso está sob investigação da Polícia Federal e a sociedade espera com urgência o desfecho das investigações, para posterior punição dos culpados. É mais um, entre tantos indícios, de que a eleição nesse Estado foi corrompida muito além do que podemos imaginar, porque se isso foi feito em plena capital do Estado, à luz do dia, dá para imaginar o que pode ter acontecido por esse Maranhão afora.

Matéria do jornal Valor Econômico, um tanto confusa para a linguagem jornalística, indica a existência de votos dados em seqüência após o encerramento da votação. Vai ver tinha gente votando enquanto o TRE procedia a apuração das eleições, o que seria o cúmulo de todas as fraudes já perpetradas no Brasil.

Entre suspeitas e constatações, nunca é demais lembrar que havia uma greve de bancários em curso, e que, portanto, quantias superiores ao que suportam os caixas eletrônicos não poderiam ser sacadas nos dias próximos ao dia das eleições. Como foi que chegou dinheiro às mãos de determinados políticos e cabos eleitorais é um fato que também não deve ser desprezado pela polícia; afinal de contas, o tráfico de influência é um dos crimes mais praticados no Brasil.

Nem adianta chamar de choro de derrotados a busca pela verdade do que aconteceu nestas eleições. Os dois primeiros crimes são flagrantes e nos induzem a pensar que o resultado das eleições foi alterado às custas de muito dinheiro irregular. De onde saíram os remédios que a médica distribuía naquele consultório fantasma? Quem deixou nas mãos de Bruno quantia tão elevada para pagar tantas contas de uma só vez? Ele foi o único? Desde quando é permitido tanta gente votar depois das 17 horas?

São perguntas que não podem ficar no ar, que precisam de respostas rápidas, pois a sociedade maranhense não pode ter sua vontade expressa nas urnas alterada pela corrupção eleitoral. E olha que no Maranhão tem épocas em que até defunto vota.

De qualquer modo, a Polícia Federal já demonstrou que age com toda isenção exigida de uma instituição de seu porte. Foi assim com o governador e com o senador presidiários do Amapá, apoiados por Lula; foi assim com Carlos Gaguim, governador do Tocantins, também apoiado pelo presidente da República. Assim também haverá de ser com o Maranhão."


Além destas denuncias já relatadas e sob investigação da Polícia Federal, outras tão ou mais graves são do conhecimento da população de quase todos os municípios do nosso Estado, que perplexa assistiu o escândalo de compra de voto, patrocinado por prefeitos que utilizam a maquina pública, como se propriedade privada fosse,  para corromper e modificar a vontade livre do povo.

Quem tiver coragem e não esteja satisfeito com todos os desmandos  do Governo do Estado e das Prefeituras municipais, utilizadas criminosamente para produzir resultado eleiotoral favorável aos seus candidatos,  denuncie. A Policia Federal e o Ministério Público têm a obrigação de investigar todas as mazelas que atingem diretamente o nosso povo, subtraindo dele os recursos da Educação, da Saude, da Segurança , das Infraestrutura e do Desenvolvimento social, além da Agricultura, da Cultura, da Juventude e dos Esportes. Tudo precisa ser passado a limpo, pois está em jogo o bem estar de sete milhões de maranhenses.


Nenhum comentário:

Postar um comentário