Do Jornal pequeno
A coligação do presidenciável José Serra (PSDB) vai entrar com representação na Procuradoria- Geral da República contra Sandro Cezar, conhecido como Sandro “Mata Mosquito”, candidato derrotado a deputado estadual pelo PT, e contra o diretor do SindSaúde, José Ribamar de Lima.
A representação é para que a Procuradoria instaure um inquérito e puna os responsáveis pela organização da passeata que resultou em tumulto e agressões contra Serra na quarta-feira, durante caminhada em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Durante a caminhada, militantes do PSDB entraram em conflito com cabos eleitorais que seriam ligados ao PT. Com a confusão, objetos foram arremessados em direção ao candidato tucano.
A representação acusa os dois de terem impedido a campanha de Serra de fazer propaganda eleitoral, prevista na lei, sem entrar no mérito da agressão. Aloysio Nunes, senador eleito por São Paulo, anunciou as medidas. “A versão do PT já foi completamente pulverizada pela análise das imagens”. “Fato incontestável foi que uma manifestação pacífica foi totalmente hostilizada e interrompida por uma tropa de choque”.
Aloysio ainda comparou o episódio com o fascismo italiano. “Esta é uma tecnologia patenteada pelos fascistas na Itália do século 20: trocar o debate de ideias por porrada nos adversários”. Apesar da coligação não ter entrado com representação contra o PT nem contra Lula, o deputado federal do PPS, Arnaldo Jardim, afirmou que “nós queremos responsabilizar o presidente da República por qualquer incidente que venha a acontecer”.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que “as declarações do presidente são evidente estímulo à pratica da violência no país” e acusou os adversários de “usar mentiras para sustentar popularidade e acobertar falcatruas”. Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, “não importa saber se a bola era branca, preta, leve ou pesada. Isso é o que menos importa”.
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