DO BLOG DO LUIS CARDOSO
Não se pode afirmar com absoluta certeza que hoje os tempos são outros no Tribunal Regional Eleitoral, apesar de todo o zelo e seriedade do presidente, desembargador Raimundo Cutrim, e dos demais membros da atual corte.
Hoje são mais dificeis flagrantes de fraudes no pocesso eleitoral dentro do TRE. Antes as coisas aconteciam oo gosto do freguês. Muitos dormiam derrotados e no dia seguinte estavam eleitos dentro do tribunal.
Em 1992, o candidato a vereador de São Luís, Francisco Carvalho, dormiu eleito e acordou derrotado. Fez o maior alvoroço no TRE e após nova recontagem decobriram que os votos em brancos estavam caíndo na cesta do então presidente da Câmara Municipal, Deco Soares.
A fraude foi detectada na hora da totalização. Seria o último escândado no TRE. Dentro do TRE. Não se tem conhecimento se o funcionário fora punido.
Na eleição de 1994, quando Epitácio Cafeteira perdeu por apenas 18 mil votos para Roseana Sarney, nova desconfiança de fraude. E logo alí no setor de totalização dos votos. No setor de informática.
A fraude, na verdade chegou a ser comprovada. Tanto que o então procurador da República no Maranhão, Ney Bello, hoje juiz federal, pediu a prisão do funcionário que cuidava do setor no TRE. O então juiz federal, Flávio Dino, hoje deputado federal, decretou a prisão.
Como não houve manifestação da parte interessada, no caso Epitácio Cafeteira, e até hoje não se sabe as razões, o caso se deu por encerrado. E Nem o funcionário foi demitido.
Em 2002, quando da eleição de José Reinaldo Tavares, novas desconfianças de fraude e na totalização dos votos. Tavares levou no primeiro turno, mas com diferença apertada. Seu oponente, Jackson Lago, ficou apenas nas denúncias, sem levar pra frente e de forma racional suas desconfianças.
Aí vieram as eleições de 2006. Mais experiente, a turma comandada pelo PDT trouxe três técnicos para avaliar a situação das urnas eletrônicas. Houve reação, mas acabaram liberando.
Na primeira máquina periciada, constatou-se que ela havia tido o lacre aberto e enfiaram dentro dela outro programa.
Foi um Deus nos acuda! Faltava apenas um dia para a eleição do segundo turno. Os técnicos contratados informaram ao grupo que havia o risco das urnas estarem contaminados e que poderiam comprometer o resultado da eleição em 2%.
Era pegar ou largar. Adiava a eleição ou topava a parada. Como os números das pesquisas mais sérias indicavam a vitória de Jackson Lago por 5% em relação a Roseana Sarney, a turma aceitou o risco. E o resultado foi de menos de 5% de diferença, creio.
Não sem antes o pessoal da coligação de Jackson Lago invadir o setor de totalização dos votos, após aquela tradicional paralisada na contagem dos votos, acompanhados de militares para ameaçar o pessoal que não aceitaria a fraude.
E advinhem quem estava lá? Sim, o mesmo cidadão preso por fraude na eleição de 1994. Assim como continua coordenando o setor agora em 2010.
O pessoal de Flávio Dino reclama da fraude nestas eleições. Alega o surgimento de mais de 19 mil votos após o encerramento da votação. Até aí não se pode afirmar que as urnas foram emprenhadas, até porque encerrado o horário, às 17h, quem estiver dentro do recinto tem direito a votar. Pode ser o caso.
Mas o que não se compreende é a diferença de tempo de cada voto numa mesma sessão. Foram seis candidatos escolhidos. Ainda assim, existem registros computados na memórias de algumas máquinas que indicam que o tempo de cada eleitor retardatário foi de menos de 20 segundos. Impossível.
O pessoal de Flávio Dino leva a sério a desconfiança de que ocorreu a fraude. Então, não custa nada fazer uma perícia mais aprofundada para saber quem tem razão. Ou se é apenas choro de derrotado..
Nenhum comentário:
Postar um comentário