Do Jornal Pequeno
Faltando 40 dias para as eleições de outubro, o candidato a senador pelo Maranhão, José Reinaldo Tavares (PSB), ex-governador do estado, participou na manhã de ontem (24) de uma entrevista nos estúdios da Rádio Educadora, durante o programa Roda Viva, apresentado por Silvan Alves. Ele foi o terceiro candidato ao Senado a falar para os ouvintes da emissora na série de entrevistas.
Por mais de 40 minutos, Zé Reinaldo falou sobre o cenário político do Maranhão, sobre a sucessão estadual, suas propostas enquanto senador e, também, sobre a união da oposição para enfrentar a oligarquia Sarney. Durante o programa, ele respondeu questionamentos e recebeu apoio de ouvintes e internautas. Confira os principais assuntos tratados.
CANDIDATURA AO SENADO
“Fiz um sacrifício na eleição de 2006 quando poderia ter me candidatado e sido eleito como senador, mas fiquei até o final para não permitir que (os Sarney) voltassem ao governo e continuasse o domínio do estado. Também sofri muito sem um senador do meu lado, todos que estão lá são do lado de Sarney. Até para aprovar um projeto contra a pobreza, com o Banco Mundial, fiquei três anos lutando porque estava engavetado no Senado Federal. O fato de não termos eleito um senador em 2006 facilitou a cassação do Jackson. Para resolvermos o problema do Maranhão, termos alternativa de poder, temos que ganhar no Senado. Mesmo estando fora do governo há tanto tempo, nas atividades de campanha, vejo que minha atitude foi correta e o povo quer um senador para o Maranhão”.
GOVERNO ILEGÍTIMO
“Partimos de uma ilegitimidade porque o governo que está aí não foi eleito. Eles anularam os votos para colocar Roseana lá. De outra maneira teriam que fazer novas eleições para seguir a Constituição e ela não venceria. O que está acontecendo hoje? Escolas sem ano letivo, a saúde está um caos, inauguraram um hospital e fecharam 10, o Pan Diamante e o Hospital do Ipem são exemplos. Como fechar hospitais que estão atendendo para esperar a construção de outros. Ela prometeu concluir as obras se reeleita. Está aí há 10 anos no governo e ainda pede para fazer no próximo? No interior é pior, crianças morrendo por falta de UTI. Em Imperatriz já são 35. A Polícia Civil chegou ao extremo de fazer greve por mais segurança e as igrejas não celebram missas por insegurança. A situação está caótica no estado e vemos a busca desenfreada pelo poder. A rejeição desse governo é grande e existe, muito forte, o espírito de renovação no nosso estado, o que vai dominar as eleições”.
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
“Os processos de Roseana, realmente, nunca são julgados. Quando teve a queda do Jackson, havia um processo igual contra ela e até hoje nunca foi julgado, não passa do Ministério Público Federal (MPF). Tem outros processos contra ela, como o do caso Usimar e da Lunus que nunca chegou ao término”.
SUCESSÃO ESTADUAL
“A Roseana tem apenas 35% dos votos. Podem publicar os números que quiserem, mas há dados técnicos que apontam esse índice. O Flávio é o único que, as pesquisas encomendadas pela própria candidata da oposição, vem crescendo com a proximidade das eleições. A Roseana tem medo desse avanço do Flávio. Os interesses da Roseana não é o povo, são outros. Eles só pensam em ter poder para ter força no Governo Federal. O Maranhão quer mudar, fechar essa página. Esse pessoal já mostrou ao que veio. O Maranhão já virou notícia internacional por conta desse sistema medieval fixado aqui. As obras inauguradas no Maranhão, por exemplo. A Roseana não dá crédito de quem fez. Quando deixei o governo, o Jackson inaugurou obras minhas, entre elas, 35 colégios de grande porte com ginásios esportivos. Quando foi inaugurar, o Jackson me convidou para participar. A ponte que liga o Maranhão ao Tocantins que eu comecei, deixei o projeto bem definido, o Jackson concluiu, ela foi inaugurar de novo e ainda mudou o nome”.
OPOSIÇÃO UNIDA
“Sei da importância que tive no processo político do Maranhão. A oposição tinha históricas desavenças e foi a primeira vez que apostamos na Frente de Libertação e mostrou ao povo que estávamos unidos. A população queria ter a certeza que havia força política capaz de enfrentar o grupo Sarney. Ela se formará novamente no segundo turno, em acordo já feito. Teremos todos os candidatos da oposição no mesmo palanque para enfrentar e vencer Roseana Sarney”.
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