A eleição para governador em 2014 será uma eleição difícil como são todas contra a família Sarney, principalmente estando eles no governo. Quem subir no sapato alto e achar que será diferente precisa lembrar que do outro lado estará José Sarney, que terá como candidato, certamente, Edison Lobão, outro político habilidoso e experiente. Portanto, acredito muito na vitória de Flávio Dino e lutarei por ela como estou lutando, mas ela virá se não cometermos erros graves até lá. Ninguém ganhou nada ainda.Para isso me sacrifiquei enormemente, pois abdiquei de ser candidato ao Senado ou à Câmara Federal, onde certamente teria eleição provável.
Um dos fatos mais marcantes foi a imposição da ideia de vários candidatos, pois, no primeiro momento, praticamente todos ficaram contra, principalmente Jackson Lago, que pretendia fazer uma eleição plebiscitária; ou seja, ele representando a oposição contra Roseana Sarney representante da oligarquia. Chegou a ficar muito zangado comigo e corria solto que eu estaria infiltrado na oposição a serviço de Sarney. Logo eu.
Eu tive que impor minha determinação a ferro e fogo. E a certeza de que estava certo vinha de duas fontes diferentes; uma direta, decorrente das minhas reuniões diárias com meus amigos chefes políticos nos municípios; e as pesquisas qualitativas, pois muitos dos meus amigos não queriam votar em Jackson e me pediam um outro nome.
Jackson teve a retidão de reconhecer seu erro e em visita que me fez, antes da eleição, disse que eu estava certo, pois estava convencido, àquela altura, que não ultrapassaria 35%, o que efetivamente ocorreu no primeiro turno. Felizmente as candidaturas de Edson Vidigal e Aderson Lago garantiram os votos que nos levaram ao segundo turno e à vitória espetacular de Jackson Lago.
A eleição de governador é majoritária; ou seja, é fruto da agregação de votos, e só se ganha uma eleição desse tipo com a adesão da classe política. Não tem outro jeito.
Pensar que se ganha eleição majoritária com um pequeno grupo de virtuosos é agredir o sentimento de políticos experientes. Não se iludam, a birra quase infantil contra Castelo, um político respeitado e vitorioso, de grande tradição e amizades muito fortes, está sendo observada com atenção pela classe política, que está espantada, e pode ficar desconfiada. Vamos botar os pés no chão.
O presidente Lula, hoje considerado o mais forte político brasileiro, não se impressiona com pesquisas muito antes da eleição. Ele nem se abala com os 3% de Hadad em São Paulo nem com a sua rejeição três vezes maior que sua aprovação, e está convicto de que seu candidato vai vencer a eleição.
Muito mais importante que isso para ele é fazer o maior leque possível de alianças e coligações para dar densidade política ao seu candidato e assim ir em busca da vitória.
Se minha palavra não dá para convencer, que se inspirem em Lula e não busquem alijar do processo de 2014 o mais importante político de São Luís e o seu partido, muito forte no estado, o PSDB.
Não tenho nada contra nenhum dos candidatos do auto chamado bloco de oposição. Vejo futuro político importante para todos, mas o momento, a meu ver melhor para todos, será após ganharmos, com Flávio Dino, as eleições de 2014.
Pensem nisso e vamos conversar!
* José Reinaldo Tavares é ex-governador do Maranhão e atual Secretário de Governo da Prefeitura Municipal de São Luís
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