CRÔNICA DO BLOG DO NETO PIMENTEL
Existem dois tipos de poderes, o privado e o público. No privado, o povo é quem
mantém todas as estruturas de tal poder, no caso, como mercado consumidor ou
usuário do serviço prestado por tal empresa privada. No poder público, o povo
também é a peça principal, com um diferencial, é o próprio povo que escolhe quem
vai administrar o que é o seu, sendo que o gestor escolhido deve prezar o cargo
que lhe é dado para continuar no poder. Poder privado, é propriedade particular,
não sendo o proprietário obrigado a da satisfações a massa de como é gerido os
recursos de sua empresa. No público, é bem diferente, o gestor deve satisfação
ao cidadão e és obrigado a prestar conta de todo recurso que entra e as maneiras
como são aplicados.
Vamos então discorrer sobre o que nos interessa, o
poder público. Qual a grande problemática e confusão feita por quem está no
poder? Vejamos: quem exerce cargo público nos poderes executivo e legislativo,
precisam concorrer numa eleição e ser escolhido através do voto para representar
a população que lhe escolheu para isso. O problema surge a partir do momento que
este se torna eleito oficialmente, todo aquele discurso de período de campanha
muda completamente, e aqueles que eram tão essenciais e valorizados, muitas
vezes são esquecidos e tratados como insignificantes durante 4 anos. O que me
leva a crê que uma das partes é o ignorante da história, pois lá na empresa
privada o povo é tratado de forma a utilizarem e consumirem o que a empresa
oferece e sempre voltarem através do bom atendimento, qualidade dos produtos e
marketing, para assim os lucros aumentarem. Alguns gestores do poder público
preferem em sua maioria o mau atendimento ao público, má qualidade de serviços e
um marketing não atrativo e convincente, mas sim ilusionista, que não engana nem
mais “o bobo na casca do ovo”.
No período eleitoral, é impressionante
como a humildade encarna tanta gente, apertos de mãos e abraços dissimulados são
frequentes, bebe-se o que não quer, come-se o que não gosta e até dormem longe
do conforto de suas casas. Se isso tudo era natural, então concluímos logo por
aqui, que o caráter de alguns se modificaram ou criam-se personagens de período
de eleição, na tentativa de ludibriar eleitores, tudo no intuito exclusivo de
chegar à meta almejada, o poder!
São tantos absurdos visto por aí, que as
vezes prefere-se dá um ar cômico a algumas situações, como meio de amenizar
situações que chegam a passar dos limites da paciência de qualquer cidadão de
bom senso. Todo governo necessita de uma equipe de trabalho, está não é
escolhida pelo povo, e sim nomeada pelo gestor que o povo escolheu, para junto
com ele administrarem tudo o que é da população de forma clara, atendendo seus
anseios, necessidades e prioritariamente tratando a população com consideração e
respeito.
Chegamos na realidade, e infelizmente nessa trajetória do poder
público, inúmeros são os casos de humilhações a pessoas que necessitaram do que
é seu por direito. O tempo passa, mas é impressionante como gestores,
legisladores e pessoas nomeadas em cargos continuam confundido poder público
(dado pelo povo) como poder privado, e o que é pior, acreditando que o povo são
seus empregados e subordinados, esquecendo erroneamente que foram colocados, e
ali não é um cargo definitivo e nem conquistado por seu intelecto e mérito
pessoal, as vezes por grau de parentesco ou ligação ocasionalmente política.
Parece que os exemplos que vimos e vemos não são suficientes para alguns
perceberem os erros que comentem, talvez respirar ares de feudo e a soberba
impregnada não os deixam enxergar que o poder é passageiro.
Nessas nossas
andanças por aí, já vimos até pessoas que exerce um simples cargo de gestor
escolar, quererem humilhar seus funcionários ou ditar poder dentro de escolas,
outros, demonstram superioridade com um ar de arrogância, com um vestido ou
sandália de grife, joias e carros importados, que não mede o mais importante, o
intelecto. Lembro-me de um fato que ocorreu a mais de 5 anos atrás com uma
conhecida minha, que se direcionou a uma repartição pública do município de
Tutóia para cobrar uma funcionária que a devia, lá à funcionária fica furiosa e
joga o dinheiro no chão, e ainda sai com o nariz empinado, coitada! Hoje o poder
passou, trabalha sem se quer ganha um salário mínimo, e minha conhecida continua
a mais de 10 anos exercendo a função que conquistou através de concurso público.
Repito mais uma vez, o poder é passageiro...
Assim concluo, analisando o
quanto alguns gestores escolhem mal tanto o modelo de governar como a equipe
para auxiliar em seus trabalhos, muitos deveriam antes, fazer um curso de gestão
pública ou de relações humanas, para se sensibilizarem sobre como realmente
devem tratar o público, público este o verdadeiro responsável por muitos estarem
vestindo, calçando e andando no luxo. Algumas dessas equipes e modelos de
governo estão sendo nesses últimos anos, o grande cabo eleitoral de quem os
opõe. Lembrei da toada do boi Delta das Américas “Eleição vem aí, nesse dia
pobre tem dinheiro, carro de luxo para andar”, nunca foi tão real essa toada com
as vivências de período de eleição.
Poder público não é eterno, não é
humilhando e ditando poder que se mantém no mesmo, mas sim conquistando respeito
do povo, do mesmo modo que no poder privado, só que com mais afinco, pois lá no
privado o povo é apenas consumidor, no público é ele que coloca e tira também.
Em fim caros leitores, já dizia o dito popular “Quer conhecer uma pessoa dê
poder a ela”, se não mudarem são autênticas, se mudarem é porque o poder as
transformou ou simplesmente revelou sua verdadeira identidade.
Frase para
reflexão: “Para bem conhecer a natureza dos povos, é preciso ser príncipe, e
para conhecer bem a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo.” (Do livro O
Príncipe de Maquiavel)
Nenhum comentário:
Postar um comentário