O blog reúne abaixo um raio-x breve com as chances dos pré-candidatos à Prefeito de São Luís, que já definiram a intenção de concorrer ao Palácio La Ravardière. De forma isenta, o blog faz um comentário resumido das características de cada postulante, destacando pontos positivos e negativos e os caminhos que podem levá-los a vitória. Acompanhe a seguir.
João Castelo
Candidato à reeleição, o prefeito João Castelo (PSDB), apesar dos contratempos e alguns equívocos cometidos na sua gestão, sem falar dos atrapalhos lançados pela oligarquia Sarney, tem muito a mostrar durante a campanha. Um dos pontos a ser explorado devem ser as obras na área de infraestrutura, especialmente as ações de revitalização asfáltica da cidade. Apesar de não parecer, dado as péssimas condições existentes, há anos, da malha viária da capital, João Castelo, junto com o ex-prefeito Jackson Lago (in memorian), foram os que mais investiram em obras de pavimentação, sobretudo nos bairros mais carentes. A reconstrução da avenida Santos Dumont, Parque Vitória, Caratatuia e Mário Andreazza; a revitalização das principais avenidas e o asfaltamento de bairros importantes, como a Cidade Olímpica e Cohatrac, devem contar bastante a favor do tucano. Outros pontos positivos da gestão castelista foram os investimentos em saneamento básico – construção de canais (Coroado, Mercado Central, Tropical Shopping Center, Cohatrac) – e os programas sociais implantados, como o Programa do Leite, Bom Peixe e distribuição de fardamento, iniciativas que agradam sobremaneira os mais carentes. Por fim, o prolongamento da Litorânea, a construção do Hospital Central de Urgência e Emergência, o Novo Corredor de Transporte Urbano, a licitação do Transporte Coletivo e o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) são outras ‘cartas na manga’ que favorecem o atual prefeito. De mais a mais, a experiência política de Castelo, conhecedor como ninguém dos meandros eleitorais de São Luís, o faz bastante competitivo perante os adversários.
Edivaldo Holanda Jr.
Nome jovem e que levará o lema da renovação para a campanha, o evangélico Edivaldo Holanda Junior (PTC), campeão de votos em São Luís na última eleição, tem o menor índice de rejeição nas pesquisas. Com o maior potencial de crescimento entre os nomes já postos, segundo as últimas sondagens, Holanda Jr. aposta no carisma que lhe é peculiar e o discurso empolgante que possui. Ele promete focar sua campanha na juventude, turma da era da internet e das redes sociais que fará a diferença nestas eleições. Além destes fatores (imagem leve e idéias novas), o bom mandato que Edivaldo Jr. realiza na Câmara Federal, bem como o apoio do presidente da Embratur, Flávio Dino, e da classe dos evangélicos o credencia a ir, com grandes chances, ao segundo turno com o prefeito João Castelo.
Washington Luiz
O vice-governador Washington Luiz (PT), mesmo sem nunca ter ganhado uma eleição, não pode ser desprezado no jogo sucessório. O petista contará com o apoio de nada menos do que o ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff, políticos campeões de popularidade no país. Os dois têm grande poder de influência na cabeça do eleitor mais carente, principalmente aqueles dependentes dos programas sociais do governo. No mais, leva-se em conta a penetração de Washington nos movimentos sindicais e o poder da máquina estadual, que tem peso decisório e acabou elegendo Roseana Sarney pela quarta vez governadora do Estado. Se o grupo Sarney se lançar de corpo e alma na campanha de Washington, com o auxílio do marqueteiro Duda Mendonça, o sarnopetista passar a reunir condições suficientes de chegar ao segundo escrutínio. O fator contra é que Washington é o candidato da oligarquia Sarney, que conta com uma rejeição altíssima junto a população e tem o histórico de vexames em eleições de São Luís.
Tadeu Palácio
Prefeito durante seis anos, ninguém pode contestar que o ex-jackitista/sarneysista Tadeu Palácio (PP) fez uma boa gestão no seu primeiro mandato. Investiu, primordialmente, em três áreas: limpeza pública, sistema de transporte (terminais de integração) e educação, com a entrega de dezenas de escolas. Palácio também construiu o hospital da mulher e soube agradar aos servidores municipais (Plano de Cargos, Careiras e Salários). Por outro lado, Tadeu fez uma segunda gestão totalmente diferente da primeira, considerada péssima em todos os aspectos pela população ludovicense que o fez ser considerado o pior prefeito de São Luís. Palácio deixou a cidade abandonada, com muito lixo e buracos por todos os lados. Somado a isso, sua administração foi marcada por supostos escândalos de corrupção e desvios de verbas, o que teria ocasionado um ‘rombo’ gigantesco nas contas do tesouro municipal. Mesmo com todo o desgaste da sua imagem, Tadeu, cujo carrega consigo a pecha de sarneysistas por ter abandonado a oposição e ter se aliado ao grupo Sarney, detém a simpatia de lideranças comunitárias e políticas e um recall consolidado perante o eleitorado da ilha.
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