BLOG DO LUIS CARDOSO
Na eleição de 2010, o blog fez uma análise para mostrar que a divisão da
oposição só beneficiava diretamente o governo, a situação.
Estamos agora asistindo o mesmo filme na sucessão municipal de São Luís, em
2012. O então governador José Reinaldo Tavares confidenciou ao jornalista
Roberto Kenard que, em 2002, estava preocupado com o avanço da oposição. Ele era
governador e Jackson Lago Lago seu principal opositor.
Certa vez, segundo revelou a Kenard, o senador José Sarney o chamou e foi
claro: “a oposição não ganha porque sempre estará dividida. Tenha preocupação
maior na área interna do nosso grupo”. Nem precisa mais dizer o que aconteceu.
Em 2006, sim, a oposição esteve unida. Zé Reinaldo era governador e o cofre
daquele tamanho que se imagina. E as coisas se arrumaram, saciaram a fome com a
vontade de comer, financeira e eleitoralmente.
Flávio Dino se elegeu deputado federal, embora nos tenha recompensado com
excelente mandato, Roberto Rocha foi eleito federal com o maior número de votos
na história do Maranhão, Edson Vidigal teve a esposa contemplada com a
Secretaria de Segurança, Weverton Rocha ficou mais vigoroso e jovem, Dutra
ganhou mandato federal, Edivaldo Holanda pulou para o barco governidsta e foi
nadar tranquilo nas águas mansas do lago, Tadeu Palácio (então prefeito)
aumentou o caixa e o PDT viveu seu melhor período.
Aí veio 2009, quando o mandato de Jackson Lago foi cassado arbitrária e
injustamente pela Justiça de nosso país. Logo uma turma de deputados e
prefeitos, ao perceber que o barco naufragava, pulou como rato para outra maré.
Aliás, retornou ao convívio de onde nunca saiu.
Em 2010, a oposição mostrou sua face traíra, de desunião, dissimulada,
lutando apena por seus próprios interesses. Cada um caminhou para seu lado. E
Sarney, mais uma vez, tinha razão.
Agora, em 2012, a oposição finge descaradamente ter um projeto para este ano
e um mais arrojado em 2014. Quem acredita? Quais os principais protagonistas de
fajuta revolução?
Quem são eles? Tadeu Palácio, ex-prefeito de São Luis, que deixou a capital
quebrada, esburacada, abandonada, caiu no colo da família Sarney, onde senpre
estave, chegando a compor a equipe da sua governadora. Nunca rompeu com Roseana,
apenas se afastou do cargo de secretário do Turismo para carregar seu projeto
pessoal: voltar a ser prefeito. Tem a vaidade, característica pessoal do
senador, e só lhe resta o bigode para ficar mais parecido.
Edivaldo Holanda Júnior, até aqui o ungido de Flávio Dino, nunca fez oposição
a oligarquia Sarney. Não se tem conhecimento até agora de um pronunciamento que
denunciasse ao país o sofrimento que nos é imposto por uma família.
Eliziane Gama, crente que engana a gente, faz do mesmo modo. Combate a
pedofilia, o trabalho escravo, tudo que existe de errado na atual administração
municipal, mas nunca teve a coragem de exigir do governo estadual seu papel no
atendimento das demandas que reclama São Luís. Aliás, coisas que podem ser
resolvidas por Roseana, como o abastecimento de água e o esgotamento
sanitário.
Roberto Rocha, assim como todos acima citados, nascidos no berço do
sarneismo, foi por um período contra a oligarquia. Hoje, mudo, cego e cúmplice
do atraso.
Zé Reinaldo, sim, teve a coragem de romper e não voltar ao convívio. Os
outros, disfarçam e vestem a pele de oposicionistas. A quem? Se o projeto maior
é para 2014 qual a razão do silêncio ao maior adversário que domina o Maranhão
há quatro décadas?
Que fique claro ao eleitor: nenhum dos candidatos da dita cooperativa de
oposição é oposição ao grupo oligárquico no Maranhão.
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