quinta-feira, 10 de março de 2011
AL realizou sessão solene pelo Dia Internacional da Mulher
A Assembleia Legislativa do Maranhão realizou, nesta quinta-feira, 3, sessão solene pela passagem do Dia Internacional da Mulher que este ano coincidiu com a terça-feira gorda do carnaval, 8 de março.
A sessão foi requerida pela deputada Eliziane Gama (PPS) que para o mesmo evento requereu também a entrega da Medalha Maria Aragão à ex-deputada Helena Barros Heluy por sua atuação parlamentar, jurídica e social em defesa das mulheres maranhenses e extraordinária contribuição para o Estado.
Falando em nome do Poder Legislativo, Eliziane Gama lembrou que o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, tem como origem manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho durante a 1ª Guerra Mundial.
A deputada lembrou que o eleitorado maranhense é formado em sua maioria por mulheres. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 50,99% dos eleitores maranhenses, o que totaliza 2.204.972, são mulheres. “Desde 1934, quando Carlota Pereira de Queirós foi eleita a primeira deputada brasileira, o espaço feminino está cada vez mais consolidado na sociedade, porém muitas conquistas ainda precisam ser alcançadas e muitas lutas são travadas no cotidiano pelas mulheres”, historiou Eliziane Gama.
A parlamentar destacou que nas eleições passadas foram eleitas sete mulheres no Maranhão e duas delas, Francisca Primo (PT) e Cleide Coutinho (PSB), ocupam cargos na Mesa Diretora. No cenário nacional, disse, foi eleita, no ano de 2010, a primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma Rousseff. A quantidade de mulheres eleitas para a Câmara Federal, entretanto, permanece a mesma depois destas eleições. Após o pleito de 2005, 45 mulheres já se tornaram deputadas federais.
Eliziane lamentou o nível de violência contra a mulher e afirmou que o Brasil é comparável a países do Oriente Médio no que tange à participação da mulher na vida pública. Segundo ela, 8% dos homens admitem publicamente que espancam suas mulheres e registrou que conforme dados da Delegacia da Mulher 48% das agressões contra mulheres são cometidas dentro do lar.
Segundo dados fornecidos por Eliziane Gama, a Medalha Maria Aragão foi instituída pela Assembleia Legislativa em homenagem à médica pediatra e ginecologista maranhense formada pela Universidade do Brasil no Rio de Janeiro. A história de Maria Aragão tem origem na extrema pobreza e na superação da fome e dos preconceitos (por ser negra e mulher no início do século passado) e da agressão pelo sonho de ajudar a humanidade. Através da medicina Maria Aragão entregou-se às causas sociais, lutando por uma sociedade igualitária. Foi sempre uma referência para a luta popular do Maranhão.
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