Do blog do Luis Cardoso
A Sentinela, empresa de Segurança Privada, conseguiu ficar pendurada por mais um contrato emergencial até dezembro deste na Secretaria de Educação do Estado, contra a vontade do secretário Anselmo Raposo.
A empresa vem operando na Seduc por contratos emergenciais com dispensa de licitação desde a gestão de César Pires, começou a ter os valores questionados na gestão de Raposo. A Sentinela começou recebendo pouco mais de R$ 14 mil no primeiro mês, quando ainda era de fundo de quintal, funcionando no Cohatrac, passando para R$ 400 mil, saltando para R$ 800 mil meses depois e de novembro de 2010 a março de 2011 levou quase R$ 15 milhões. Boa parte de recursos do Fundeb.
Legalmente a empresa não poderia mais renovar contratos sem o devido processo licitatório legal, mas teve uma proteção divina que partiu da chefia de Gabinete Civil do Governo do Estado.
No Amapá, uma empresa de segurança privada e outra de serviços de manuntenção e limpeza levaram o governador e ex-governador para a cadeia. A PF desconfiou da prorrogação dos contratos sem licitação e descobriu que cada empresa destinava mensalão alto para os políticos presos.
Se dependesse do secretário Anselmo Raposo, outra empresa seria contratada. E ao que tudo indica, seria uma empresa ligada a Unilimps, empresa contratada, também sem licitação, para realizar os serviços de manutenção e limpeza das escolas por mais de R$ 32 milhões por um período de seis meses, que finda agora em dezembro.
A disputa pela fatia da segurança nas escolas moveu céu, montanhas e mares. A Sentinela ficou com a metade e a outra parte foi empacotada para a Pacific, do empresário Raposo, que não é parente do Raposo secretário, acredito.
Raposo empresário é dono da falida Sematel e especialista em criar empresas no ramo. Quando César Pires assumiu, houve briga feia entre os dois. A Exata, empresa que prestava serviços para Seduc na área de segurança das escolas, estava completamente irregular, não pagava INSS e muito menos recolhia o FTGS.
Pires conseguiu cancelar o contrato, mas não sem antes pagar quase R$ 3 milhões para a Exata para saldar dívidas trabalhistas.
Raposo, o empresário, então, comprou a Pacific, que era uma pequena empresa. E logo entrou no bolo da Educação. O dono da empresa é protegido pelo deputado federal Sarney Filho.
Alguns contratos na Seduc não estão sendo cumpridos à risca, principalmente nos últimos três meses que antecederam ao dia da eleição. O número exigido de profissionais é um e na realidade é outro bem menor. Basta o profesor Anselmo Raposo ordenar um levantamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário