terça-feira, 12 de outubro de 2010

Ao acusarem Flávio Dino de não saber perder, esquecem de dizer que Roseana, derrotada em 2006 para Jackson, recorreu ao tapetão para assumir governo



A eleição para o governo do Estado passou e o sistema de comunicação da governadora Roseana Sarney ainda tem Flávio Dino como seu alvo preferido. A campanha de desconstrução da imagem do comunista continua na pauta diária dos jornalistas miranteanos.






Agora acusam Flávio Dino de não saber perder, referindo-se ao fato da coligação do deputado ter requerido junto ao TRE relatório de análise do processo de votação com o “logs” de todas as urnas, isto é, informações de todas as seções eleitorais nos municípios maranhenses.



Na avaliação preliminar foi possível identificar a existência de vários votos dados em sequência em uma mesma seção após as 17 horas, quando a eleição foi encerrada, com curto espaço de tempo entre um e outro.



No levantamento há, por exemplo, segundo o blog do jornalista Roberto Kenard, a constatação de que 18.719 votos foram registrados após as 17h20 e que o tempo entre os votos foi abaixo de 1 minuto.



Por muito menos que isso, a governadora Roseana Sarney, derrotada em 2006 para Jackson Lago, não sabendo perder entrou na justiça para cassar o mandato do pedetista e assumit por meio de um golpe judicial.



Sem humildade suficiente para encarar e reconhecer a derrota, Roseana acabou levando o caso para os tribunais. O resultado foi lhe favorável, ilegitimamente apropriando-se do governo no tapetão. Naquela ocasião, a diferença de votos foi de mais de 98 mil votos (3,64%).



Na verdade, a família Sarney nunca foi chegada a perder – quem não lembra do caso Cafeteira, que dormiu eleito e acordou com a eleição escapando pelas mãos? Comentários da época dão conta de que também houve manipulação nas urnas, fato nunca comprovado até hoje.



Na eleição do último domingo, apenas 4.877 votos (0,08%) foram a diferença entre a soma dos adversários que levou Roseana a vencer a sucessão estadual em primeiro turno. Uma margem tão mínima, dadas as circunstâncias em que procedeu a eleição, que levanta qualquer tipo de suspeita.

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