terça-feira, 29 de abril de 2014

SUBORNO, CORRUPÇÃO E DEPRAVAÇÃO POLÍTICA NAS ALIANÇAS DO PMDB E PT, NO MARANHÃO.

JM Cunha Santos
As alianças do PT com o PMDB no Maranhão são marcadas por um histórico de corrupção, suborno e depravação política. Em 2010 a revista Veja denunciou que emissários de Sarney estavam tentando comprar delegados petistas por valores que variavam de R$ 20 mil a R$ 40 mil para mudarem o voto que garantira a aliança com o PC do B de Flávio Dino e apoiarem a aliança com o PMDB.

À época, pelo menos quatro delegados admitiram a tentativa de suborno. Os pacotes de dinheiro eram carregados em via pública. O então delegado do PT Francivaldo Gomes, contou ter sido achacado por Rodrigo Comerciário, que depois se tornaria secretário do governo Roseana Sarney, no estacionamento de um shopping de São Luís. Outros que confirmaram a proposta foram Maria de Lurdes Moreira e Arnaldo Colaço. Ao escândalo, o secretário de Comunicação à época, Sérgio Macedo, respondeu que o governo não tinha nada com isso.

Chegando ao governo, o PT se atolou em corrupção aos níveis estadual e federal. O secretário de Educação indicado pelo Partido, Anselmo Raposo, foi expulso do governo sob acusação de cobrar de 25 a 30 % de propina aos empresários que realizavam obras para aquela Secretaria na modalidade carta-convite. O dinheiro, explicavam os negociadores, era uma ajuda para a campanha do Partido dos Trabalhadores naquele ano.

Nomeado com aval do grupo Sarney Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Maranhão, o hoje presidente do PT Raimundo Monteiro teve a prisão temporária pedida pela Polícia Federal. Monteiro foi apontado como cabeça de um esquema desarticulado pela PF na “Operação Donatários”, que desviava recursos federais destinados à construção de casas para pobres lavradores incluídos no Programa Nacional de Reforma Agrária. Ele foi e ainda é um dos principais articuladores da aliança política do PT maranhense com o grupo Sarney.

Por outro lado, a nomeação do líder sarno-petista Washington Oliveira para o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão está subjudice, argüida que foi na Justiça pelos deputados Bira do Pindaré e Domingos Dutra. A Ação já mereceu, inclusive, decisão liminar do desembargador Marcelo Carvalho que julgou o ato inconstitucional por ofensa ao Princípio da Publicidade e entendeu que o então vice-governador não preencheu os requisitos constitucionais exigidos para ocupar o cargo. Os requisitos são: notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública. Washington é formado em História.

E ninguém evita os comentários de que com tantas contas a pagar à Justiça a cúpula local do PT está sendo chantageada e obrigada a coligar com o PMDB. Se a aliança for em outra direção, os processos se soltam das gavetas onde estão embargados e tem muita gente boa que pode acabar na cadeia.

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