
Mas com Roseana é diferente. Em todo o seu governo foram realizadas poucas licitações e sempre as situações são caracterizadas como 'emergências' para driblar a lei e contratar a obra como dispensa de licitação. Sempre entregues a empreiteiros muito amigos que comparecem com enorme sobre preço, amistosamente aceitos pelo governo e nem sempre com a obrigação de entregar as obras. Assim, deixam o problema se agravar a tal ponto que tentam convencer a população que esse assunto só será resolvido com dispensa de licitação. Tudo sem projeto de engenharia, na marra.
Anunciam agora que vão gastar R$ 130 milhões para resolver o problema de água de São Luís. No seu governo passado já usavam o Italuís para esses fins. Fizeram uma 'licitação' que o Tribunal de Contas da União anulou e o Maranhão ficou prejudicado por anos a fio sem poder usar recursos federais para duplicar o Italuís, alocação essa, proibida pelo Tribunal. Agora acham que é melhor nem fazer mais licitações. O Ministério Público devia dar atenção especial para o que vai acontecer, acompanhando como é de direito todas essas dispensas e examinando a que preço essas obras serão contratadas. Para maior controle todas as contratações e pagamentos deveriam ser expostas na internet.
E cinicamente o fato é anunciado como se Roseana estivesse diligente e eficientemente resolvendo o problema da falta d'agua quase permanente na Capital.
Mas Roseana é imbatível. O Jornal Pequeno publicou domingo que a Auditoria do Estado mostrou o nível de corrupção que tomou conta das ações do governo, e como o governo trata questões sérias como as calamidades. O que aconteceu com a Região Serrana do Rio de Janeiro é fichinha perto do que aconteceu aqui, principalmente na magnitude dos valores envolvidos. Querendo tirar um Secretário do governo ela achou que precisava da ajuda da Auditoria e, assim, mandou auditar a aplicação dos recursos do Ministério da Integração Nacional com a finalidade de recuperar a região do Mearim com as enchentes de 2009. O Jornal Nacional já havia mostrado casas ainda não habitadas, recém-construídas, e que se esfarelavam com a mão além de conjuntos habitacionais inexistentes em que muitos milhões de reais haviam sido empregados a se acreditar nas prestações de conta do governo repleta de notas frias. Ela mandou a Auditoria realizar o trabalho, mostrou para o secretário em particular, o demitiu e em seguida sumiu com a documentação que era especialmente danosa ao seu governo para não ser responsabilizada. Os recursos são federais e o governo vai ter que se explicar com o Ministério Público Federal. Vai dar confusão porque o que foi feito aqui é uma verdadeira loucura, e Roseana prevaricou ao mandar fazer as auditorias, tomar conhecimento delas e não mandar apurar os desvios.
Ela pensou que o relatório estava bem escondido guardado a sete chaves. Mas para desgosto e apreensão do governo o escândalo agora é público e certamente terá consequências. A leitura não deixa dúvidas sobre as fraudes realizadas e tudo feito dentro dos padrões e procedimentos do atual governo, sempre com as indefectíveis dispensas de licitação...
E agora voltam novamente a fazer as mesmas coisas dentro do mesmo modelo nesse episódio da emergência da água. A propósito, a Associação dos Geólogos do Maranhão informou que os poços anunciados dentro do programa não tem mínimas condições de serem realizados. Enganam-se os geólogos, pois eles não estão atrás de água, o objetivo é outro...
E Roseana vai com persistência, sem esmorecimentos colocando o Maranhão e principalmente São Luís definitivamente no Mapa da Violência. Não se contentou com o quinto lugar da capital maranhense entre as 27 capitais brasileiras. Agora, para culminância do despropósito, São Luís foi apontada como a 27ª cidade mais violenta do mundo. Esse seja talvez o maior feito desse governo que vai conseguindo liquidar com São Luís. E como sempre resolveram brigar com as estatísticas ao invés de lutarem para valer contra a criminalidade em grande expansão na cidade. Mortes e assaltos, cada vez em maior número, vão se tornando parte da vida dos que moram na cidade, antes calma e aprazível capital. Não dá mais para esconder.
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