Nova relatora do processo de cassação de Roseana já foi advogada da governadora
A ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio, que tomou posse na noite desta terça-feira (26) como ministra efetiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a nova relatora do recurso em que o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) pede cassação da governadora Roseana Sarney (PMDB) e do vice-governador Washington Luiz Oliveira (PT) e a convocação de novas eleições no estado. O processo foi redistribuído no fim da tarde desta terça-feira, às17h59. O detalhe é que Luciana, natural de Brasília (DF), 38 anos, já advogou para nada menos que a própria governadora Roseana Sarney.
O senador José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, esteve na cerimônia de posse e foi pessoalmente cumprimentar Luciana Lóssio. A ministra substituirá o advogado Arnaldo Versiani, que deixou o tribunal em novembro depois de cumprir dois mandatos.
Versiani era até então o relator do processo de cassação de Roseana Sarney, por abuso de poder econômico e político. No TRE-MA, onde corre um processo do Ministério Público Eleitoral com o mesmo objetivo de cassar o mandato da governadora Roseana, outro ex-advogado dos Sarney atua: José Carlos Sousa e Silva.
O processo que pede a cassação de Roseana Sarney aguarda há mais de seis meses parecer do Ministério Público. A previsão era de que até o final do ano passado fosse julgada a cassação de Roseana por abuso de poder político e econômico. Entretanto, até agora o processo (RCED 809), misteriosamente, ‘dorme’ nas mãos do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
O RCED foi protocolado em dezembro de 2010 e chegando os autos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 28 de agosto de 2011, o prazo razoável para julgamento já se encontra extrapolado, uma vez que, segundo rege a Constituição Federal, considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua apresentação à Justiça Eleitoral.
A presidente da República, Dilma Rousseff, nomeou a ministra Luciana Christina Guimarães Lóssio para o cargo de juíza titular do Tribunal Superior Eleitoral no último dia 6 de fevereiro, conforme publicação no Diário Oficial da União.
Provas contundentes
De acordo com a acusação, Roseana Sarney assinou convênios com prefeituras no valor de quase R$ 1 bilhão com nítido caráter eleitoreiro. Na petição, os advogados alegam que os convênios foram utilizados “como meio de cooptação de prefeitos e lideranças políticas e sindicais”.
Uma das provas do uso eleitoral dos convênios, segundo os advogados, é a concentração da celebração de vários acordos nas vésperas da data da convenção partidária que homologou o nome de Roseana Sarney para disputar as eleições de 2010, em 24 de junho daquele ano. Uma tabela revela que nos quatro dias que antecederam a convenção, a governadora assinou 670 convênios que previram a liberação de mais de R$ 165 milhões para diversos municípios do estado.
O processo também aponta que, em pleno período eleitoral, o governo maranhense começou a construir moradias por meio do programa chamado Viva Casa, com gastos de R$ 70 milhões que não estavam previstos no orçamento. As alegações finais, que somam 79 páginas, trazem planilhas que mostram que a votação de Roseana foi expressiva justamente nos municípios beneficiados com os recursos dos convênios fechados em ano eleitoral.
Ainda na peça, os advogados sustentam que a influência das ações da governadora no resultado eleitoral é facilmente perceptível. Roseana ganhou as eleições no primeiro turno por 0,08% dos votos a mais que a metade dos votos válidos.
No mês de junho de 2010, quatro meses antes da eleição para o governo do Maranhão, foram celebrados pelo governo Roseana Sarney 979 convênios eleitoreiros, totalizando R$ 400 milhões, segundo processo de cassação (RCED 809) movido pelo ex-governador José Reinaldo Tavares contra a diplomação dos atuais governantes maranhenses. Somente nos dias 23 e 24 de junho, no dia da convenção que homologou a candidatura da filha do senador José Sarney, foram 545 convênios. Incluindo fundo a fundo, prefeituras, associações, foram mais de R$ 1 bilhão em convênios eleitoreiros.
Coligação de Flávio Dino comunicou possível irregularidade na eleição de 2010; Hacker revela como fraudar eleição
Se houve fraude ou não na eleição para governador do estado em 2010, no qual a governadora Roseana Sarney sagrou-se vitoriosa, só uma investigação profunda pode esclarecer. No entanto, não é possível mais afirmar com tanta convicção, depois dos indícios consistentes de irregularidades nos últimos pleitos, de que o processo eleitoral brasileiro é totalmente seguro.
O professor Pedro Rezende (na mesa, último à direita), da UnB, foi um dos palestrantes do seminário O voto eletrônico é confiável?, realizado no Rio de Janeiro
O relato de um jovem hacker de 19 anos feito no dia 12 de dezembro do ano passado, durante seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido por institutos de estudos políticos no Rio de Janeiro, demonstrou por A mais B que é possível fraudar uma eleição.
Identificado apenas como Rangel por questões de segurança, o hacker mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados. O hacker que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na Polícia Federal, declarou que não atuava sozinho: fazia parte de pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi – alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Um dos beneficiários diretos da fraude seria o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB).
Suspeita nas urnas do MA
Alguns dias após a eleição de 2010, o ex-candidato ao governo, Flávio Dino (PC do B), segundo colocado no pleito, com 856.402 votos (29,49%), comunicou ao MPE “possível irregularidade” em Paço do Lumiar e Raposa, onde foram usadas urnas biométricas. Usadas em 60 cidades, as urnas biométricas identificam eleitores por impressão digital.
A coordenação da coligação de oposição “Muda Maranhão” (PCdoB, PSB e PPS), que teve como candidato ao governo o presidente da Embratur Flávio Dino, recebeu um relatório com os detalhes da eleição para governador no Estado.
Acompanhado dos advogados da coligação Muda Maranhão, Sálvio Dino e Carlos Lula, o então candidato ao governo do estado, Flávio Dino, fez dias antes da eleição uma visita de cortesia ao presidente do TRE-MA, Raimundo Cutrim. O objetivo do encontro foi garantir que as eleições no estado ocorram dentro da legalidade. Flávio pediu providências da justiça eleitoral em face de indícios de compras de votos e de abusos de poder econômico.
Flávio Dino (PCdoB) ficou a apenas 4.877 votos de disputar o segundo turno com Roseana Sarney (PMDB), reeleita em primeiro turno com 50,08% dos votos válidos. A diferença de 0,08% de votos dados a Roseana em relação à soma dos votos de Dino e dos outros quatro candidatos – Jackson Lago (PDT), Saulo Arcangelo (PSOL), Marcos Silva (PSTU) e Josivaldo Correa (PCB) – levou a coligação “Muda Maranhão” a pedir, na época, ao TRE o acesso aos chamados “logs” de todas as urnas.
Os logs contêm as informações sobre tudo o que ocorreu no dia da eleição em todas as 15.393 seções eleitorais dos 217 municípios maranhenses. Entre os dados obtidos pela coligação, os horários de início e fim da votação nas seções e a quantidade de votos dados após as 17 horas, quando apenas eleitores que aguardavam na fila com senhas distribuídas pelos mesários em mãos puderam votar.
Um dos problemas encontrados é a existência de vários votos dados em sequência em uma mesma seção após as 17 horas, quando a eleição foi encerrada, com curto espaço de tempo entre um e outro. Como o voto é secreto, as informações contidas no log não incluem a quem foram dados os votos de cada urna. Em uma das seções eleitorais da cidade de São José de Ribamar houve 26 votos após as 17 horas, um atrás do outro, com um pequeno intervalo de tempo entre eles.
Um estudo da área jurídica da ex-coligação de Dino (Muda Maranhão) apontou que as urnas de Raposa e Paço do Lumiar, mesmo sob sistema biométrico, foram provavelmente “emprenhadas”.
O índice de abstenções baixíssimo (6,56% e 7,48%) destoa não só da taxa maranhense (23,9%) como da de outros municípios onde o sistema foi testado (entre 10% e 12% de abstenção). E ainda: nos dois municípios, autorizaram que 2.991 eleitores (6,3% do total) depositassem seu voto mesmo sem terem suas digitais reconhecidas. Roseana Sarney venceu em Paço, com 52,38% dos votos válidos, e em Raposa, com 51,71%.
Professor explica como ocorre fraude nas urnas
O professor da Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de Rezende, em entrevista ao site do jornalista Luiz Azenha, disse que a Justiça Eleitoral sempre restringiu os testes e avaliações à urna eletrônica. E quando questionada sobre a segurança do processo de votação como um todo, “ela desconversa”. Sempre confunde o entendimento da questão com o da urna simplesmente.
De acordo com ele, a fraude descrita no seminário pelo hacker não tem nada a ver com a questão do TSE utilizar ou não criptografia no processo, ou se a utiliza bem ou mal.
“A criptografia opera apenas em canais de comunicação, no tempo ou no espaço. No caso em questão, nos canais entre o gateway de saída de um ponto de coleta de Boletins de Urna (BU) eletrônicos, no cartório eleitoral que os recebe de seções eleitorais, e o gateway da rede interna do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), onde se inicia o processamento da totalização. A modalidade de fraude que o jovem Rangel descreveu no seminário ocorre dentro da rede interna do TRE que totaliza a eleição, na etapa final da fase de totalização, através de um backdoor no firewall que protegeria o correspondente gateway. A fraude é executada alterando-se as tabelas de totais parciais. Portanto, após os BUs eletrônicos terem sido descriptografados (decifrados) e os números de votos por candidato para a seção eleitoral correspondente terem sido lidos do resultado desta decifragem e tabulados em uma planilha de totais parciais da eleição. Consequentemente, após o uso da criptografia”, afirmou.
Segundo Pedro Rezende, as fraudes se dão por meio de pregões virtuais para leiloar lotes de votos a serem burlados em tempo real, durante a totalização. “Em termos leigos, assim: é através de uma porta de fundo oculta (backdoor) na barreira externa de proteção (firewall) operada por uma companhia telefônica, que controla canais de comunicação para a rede virtual privada (VPN) da Justiça Eleitoral. Por meio dessa porta oculta se tem acesso aos computadores da rede interna ao Tribunal Regional, onde é processada a totalização. Por meio de um nome de usuário (ID) e senha vazados por quem organiza o leilão, ali ele burlava votos, executando a venda dos lances arrematados, durante as últimas duas horas da fase de totalização, isto é, entre aproximadamente 19 e 21h do dia da votação,” contou o professor.
Abaixo, trechos da entrevista do professor da UNB ao blog Viomundo.
Viomundo – Daria para traduzir pro “leiguês” como esse tipo de fraude é praticado?
Pedro Rezende – Segundo o Rangel, nesse tipo de pregão, o lote de votos que será retirado de um ou mais candidato-vítimas corresponde a um terço ou à metade dos votos obtidos numa parcial de totalização por essas vítimas. Esse lote é oferecido em leilão, com preço mínimo.
Pelo que eu pude entender, complementado por outros depoimentos como o do delegado Neto, o preço mínimo do lote varia conforme o cargo, a porcentagem de seções eleitorais acumuladas para aquela parcial de totalização e a posição das vítimas no ranking da totalização geral divulgada até ali. Os lances, por telefone, precisam ser comunicados em código, via nomes de animais, ou são invalidados se o participante na linha falar diretamente em dinheiro. Quando o lance mínimo é coberto e o lote arrematado, os votos correspondentes ao lote são subtraídos diretamente do montante obtido pelos candidato-vítimas nessa parcial de totalização, e somados ao montante correspondente do candidato que arrematou o lote.
O perfil de permissões do usuário, cujo ID e senha são vazados por quem organiza o leilão para quem vai operar um pregão nesse leilão (o Rangel não seria o único), dá a este operador a capacidade de congelar a inclusão desta parcial no total geral divulgado.
Essas parciais de totalização devem periodicamente ser alimentadas pelo tribunal regional ao TSE, através do canal de VPN entre o TRE e o TSE, já que nessa eleição o TSE, por motivos não divulgados, centralizou as divulgações dos totais gerais para cada Estado, enquanto iam se acumulando ao longo da fase de totalização. A parcial de totalização sobre a qual se oferecem lotes fica então congelada para essa transmissão até o arremate dos lotes oferecidos e à execução das manipulações correspondentes aos lotes que foram arrematados.
Assim, pelo que entendi da explicação do jovem Rangel e de outros no seminário, via de regra, as manipulações nos totais parciais por candidato, relativas aos lotes de votos arrematados no pregão, não são redistribuídas depois em correspondentes parcelas de BUs que compõem em soma aquela parcial, o que seria necessário para manter a consistência da totalização oficial.
É por isso que, neste caso, os BUs impressos não permitem detectar manipulação alguma, pois esses vão coincidir — a menos que eventualmente haja outra forma de fraude executada em fase anterior — com as correspondentes versões eletrônicas. Somente a soma dos dados de todos BUs eletrônicos, que depois são divulgados pelo TRE, comparada ao total de votos do candidato na totalização final pronunciada como resultado oficial, é que poderia detectar inconsistência na soma. No seminário, quando questionado sobre essa possibilidade de detecção, o jovem Rangel declarou que os leiloeiros não se preocupam com ela porque “ninguém faz essa soma”.
Viomundo – Isso faz sentido?
Pedro Rezende – Para mim, sim, devido à forma como a Justiça Eleitoral divulga oficialmente os BUs eletrônicos, tornando impraticável essa verificação. A divulgação, pela internet, é em momento e endereço não anunciados previamente, e dentro de um prazo elástico – na eleição de 2010 era de 24 horas, na de 2012 saltou para três dias. E depois da divulgação do resultado oficial, e com modo de acesso assaz peculiar, conforme observo em artigo recentemente publicado.
Explico. Após esses BUs eletrônicos serem disponibilizados, o tempo que se tem para efeito de prova de irregularidade na soma divulgada como resultado oficial é de até 72 horas. Só que a gente não fica sabendo exatamente quando isso acontece, pois a divulgação, pela internet, é em momento e endereço não anunciados previamente, com modo de acesso manual seção por seção, via formulário. Parece irracional, mas é desse jeito que determina a resolução TSE 23.372, em seus artigos 145 e 150, aprovada em plenário do Tribunal Superior Eleitoral em 14/12/11.
Assim, é praticamente impossível verificar isso com precisão. Razão pela qual ninguém a faz mesmo, como afirma o jovem Rangel.
(PS do professor nesta sexta feira 14: Se agora, depois da denúncia, alguém for verificar, poderá encontrar BUs eletrônicos reajustados para baterem nas somas com o resultado oficial divulgado, em cujo caso o rastro que comprovaria a denúncia estaria transferido para a equivalência desses BUs eletrônicos com os BUs impressos na origem. Nessa eleição de 2012, não sei como ocorreu na região dos Lagos no Estado do Rio de Janeiro, mas em Niterói soube que esses foram sistematicamente negados pelos mesários aos fiscais de pelo menos um partido político.)
Quando se quer provar que uma soma está correta, não há razão lógica para se publicar tantas parcelas tão sorrateiramente, em até três dias depois do resultado. A não ser que o real objetivo seja dificultar a verificação externa dessa “prova” ou impedir sua utilidade, enquanto se pode afirmar que ela está disponível a qualquer um. E, de fato, não conheço ninguém que a tenha feito.
Viomundo — O senhor já sabia dessa possibilidade de fraude ou foi novidade?
Pedro Rezende — Eu sabia que essa possibilidade era latente a uma análise de riscos equilibrada do nosso processo de votação. Mas não tinha elementos concretos para especular ou elaborar honestamente. De um lado, devido ao ofuscamento com que o seu contexto sempre foi tratado oficialmente. De outro, como a mídia corporativa sempre prestou serviço a esse ofuscamento, sempre se fazendo de boba quanto à diferença entre segurança “da urna eletrônica” e segurança do processo de votação como um todo. Consequentemente, nesta situação, não convinha, para mim e para o valor das minhas críticas, nutrir com especulações puramente teóricas a pecha de paranoico conspiracionista que ambas sempre tentaram me impingir, ao longo de mais de dez anos de críticas ao nosso processo de votação.
Câmara de Vereadores de Tutóia muda dia de
sessão e não não apresenta nada de novo pra nova legislatura
Os trabalhos da legislatura tutoiense 2013-2016 tem seu
início marcado por proposição de 1 projeto e requerimentos feitos por
3 vereadores, na sessão desta segunda (26) a noite, primeira sessão ordinária,
com discussões feitas por poucos (com destaque para os de oposição Zé Oralando e
Cristian Noronha) e muitos calados (da base aliada do governo).
A
Cãmara, apesar da ampliação do número de vereadores (passadno de 9 para 13), não
mudou nada: o sistema de som é precário e deficiente, a estrutura física da Casa
não atende a demanda que se propõe a assistir às sessões, como na noite
de ontem que contava com um número significativo de trabalhadores rurais e
representantes de associações do muncipio presentes para acompanhar a proposta
do projeto de lei assinado pelos vereadores Cristian Noronha e Zé Oralando onde
prevê que se destine 3% do FPM para um fundo de ajuda aos trabalhadores rurais e
que segundo Cristian deve "ser administrado por uma comissão composta pelo
executivo, legislativo e os trabalhadores (...) o objetivo é a aquisição de
insumos e máquinas para ajudar os trabalhadores rurais". Para Zé Orlando "é uma
forma de legalizar a garantia do direito ao trabalhador rural, aos pescadores e
aos pastoris".
Se
compararmos com a nossa vizinha Paulino Neves, a Cãmara de lá tem um microfone
por vereador, um sistema de som bom, e um espaço maior na
galeria.
Indagamos sobre
ampliação da Casa, o Presidente Alexandre Baquil (sobrinho do prefeito) nos
falou que há apenas o pensamento de ampliação, mas não adiantou datas, prazos,
licitação.
Presentes:
Todos os 13
vereadores (9 novos e 4 reeleitos)
A apauta
do dia:
Votação das
comissões
Proposição do
projeto citado
Discussões na sessão
Iniciou-se às
18:55h e encerrou às 22:20h.
Apenas os
vereadores Nilson, Zé Orlando, Binha, Cristian e Paulinho usaram o espaço para
fala, os outros participaram apenas da votação das comissões. Será que vamos ter
uma Cãmara calada ao longo dessa legislatura, com exceção das discussões
encabeçadas pela oposição de quase um homem só (ou dois)?
Paulo Roberto
apresentou requerimento verbal de nomeação e numeração de ruas da cidade para
votar na próxima sessão.
Zé
Orlando propôs a realização de duas sessões pela Casa, mas sete se opuseram a
essa proposta. Ficando apenas votado a mudança de dia e de horário das
sessões: muda de segunda às 18:30h (preconizado no art. 103 do Regimento Interno
da Casa) para às quartas-feiras às 15:00h.
Será que os
vereadores que se opuseram a essa proposta (de Zé Orlando) entendem dois dias de
sessões como sendo muito pra eles?
Houveram
ainda discussões com um nível avançado entre o presidente da Cãmara e Zé Orlando
que a nosso ver muitos vereadores ficaram "voando" nessa
discussão.
A Comissão de
Esporte, Saúde e Educação tem a professora Maria do Carmo como presidente, BINHA
como relator e Cristian Noronha como Membro.
ENILSON, colocou
para pauta da próxima sessão discutir o projeto de lei que cria o PROCON
municipal que já foi aprovado na legislatura passada: se foi sancionado ou
vetado pelo prefeito.
E finalizando Zé
Orlando requereu a regularização imediata da iluminação pública em todo
o município. Que é deficiente.
Luis Fernando diz que “mudança” de Flávio Dino é só de discurso
O secretário-chefe da Casa Civil e de Infraestrutura, Luis Fernando Silva, resolveu entrar de vez no embate político-eleitoral com o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).
Um dia depois da entrevista do comunista à Rádio Capital, na qual propôs um “novo modelo” para o Governo do Maranhão, o principal auxiliar da governadora Roseana Sarney (PMDB) e pré-candidato do Palácio dos Leões à sucessão, mandou uma espécie de recado aos adversários.
“Essa turma que hoje diz aí que vai mudar o Maranhão, já passou por Ribamar e mudou a cidade, mas para pior. Ribamar não era bom, tinha um hospital, velho, coitado, e quebraram o hospital. Tinha uma prefeitura caindo os pedaços eles arrebentaram de vez. Deixaram R$ 17 milhões de dívidas pra eu pagar quando eu assumi. Mas paguei tudinho e passei a prefeitura com R$ 19 milhões em caixa, 318 obras inauguradas e mais 90 em andamento. Foi assim que eu entreguei a prefeitura e recebi quebrada”, destacou.
Segundo ele, a mudança proposta pela oposição não passa de discurso. “Essa turma diz que vai mudar o Maranhão , mas no discurso, meu amigo, eu mudo até o céu, no discurso eu mudo qualquer coisa. Aí vão pra rádio e jornal falar, mas a verdadeira mudança é essa aqui; não tinha água, agora tem, não tinha asfalto agora tem, não tinha escola agora tem. Tem políticos que falam, que são eles, e tem políticos que fazem, que é o nosso grupo. Eu quero convocar vocês pra essa grande mudança que o Maranhão precisa. Mas mudar pra melhor”, completou.
Flávio Dino propõe um novo
modelo de governo para o Maranhão
Em
entrevista à Rádio Capital, o presidente da Embratur defendeu políticas
regionais para incentivar crescimento igualitário no
estado
“É
preciso olhar para os problemas do Maranhão com coragem para encará-los e
corrigi-los, sem mentir ou esconder os problemas que existem”, disse Flávio
Dino, ao apontar iniciativas que podem ajudar a reverter os baixos índices
socioeconômicos apresentados pelo Maranhão ao longo dos anos. Para ele, é
necessário um novo modelo de desenvolvimento para o estado, que seja baseado nas
potencialidades do Maranhão e do povo maranhense.
Em
entrevista à Rádio Capital na manhã desta sexta (22), Flávio Dino destacou como
alguns pontos para o desenvolvimento do Maranhão o investimento em setores como
mudança no modelo educacional do Maranhão, a saúde pública, produção e
indústria.
Dino
defende a regionalização da universidade estadual, para que ela seja distribuída
em cinco ou seis regiões do estado. “Precisamos de uma universidade em cada
região. É preciso qualificar a mão-de-obra maranhense para que o nosso povo seja
o beneficiário dos melhores empregos. Não adiantam grandes investimentos se os
melhores empregos não ficam com os maranhenses, que não têm oportunidade de
avançar nos estudos,” enfatizou.
Com
a descentralização da educação, Flávio Dino propõe que seja amenizado outro
problema do estado: o déficit de médicos no interior do Maranhão. Segundo estudo
do Conselho Federal de Medicina, o Maranhão tem o segundo menor índice de
médicos por habitante, e a maioria deles está concentrada na capital, São
Luís.
“Neste
instante em que estamos aqui conversando, há pelo menos 150 municípios sem
médicos para atender a população. E este é um problema que envolve a
centralização da educação. Como ter médico suficiente em 217 municípios com
apenas dois cursos de medicina para um estado das dimensões do Maranhão?”,
refletiu.
Política
Na
manhã deste sábado (23), Flávio Dino participa de ato político do PDT em
Imperatriz. Na pauta, a discussão de propostas para desenvolvimento da região a
partir de um movimento de oposição ao modelo oligárquico implantado há 50 anos
no Maranhão. A mudança de prioridades, tendo como foco a população e o incentivo
às potencialidades de cada região.
“Amanhã
começamos essa caminhada de discussão do Maranhão em Imperatriz. É como se fosse
um ponto de partida na ampliação da discussão de um novo modelo de governança
para o estado. Um governo que trabalhe, de fato, para o povo e não seja apenas
de palanque". Entre outras lideranças da região, estarão presentes os deputados
estaduais Valéria Macedo e Carlinhos Amorim (ambos do PDT), o vice-prefeito de
São Luís, Roberto Rocha (PSB), o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e os
deputados federais Simplício Araújo e Domingos Dutra.
Segundo
Flávio, o movimento reúne lideranças políticas, comunitárias, movimentos sociais
e sociedade civil na discussão de um novo modelo de governo para o Maranhão.
Discutir o desenvolvimento da região sul do Maranhão, bem como as demais regiões
do estado é um passo importante para que cada localidade seja pensada de acordo
com suas potencialidades e não à mercê de promessas de grandes projetos que não
trazem benefícios concretos à população que mais precisa.
“Como
ficar a vida toda sufocado por um modelo que nos governa há 50 anos, mas que não
consegue resolver os problemas reais do povo maranhense? Como ficar o resto da
vida vendo sempre o Maranhão nas últimas posições dos rankings, sendo citado
como exemplo negativo nos jornais nacionais? Não é isso que o Maranhão merece e
não é isso que o Maranhão é. Ele é mais que esse sistema de poder coronelístico
que se instalou em nosso estado,” refletiu.
Oposição
unida
Questionado
pelos entrevistadores Renato Sousa e Renato Sousa Júnior sobre a atual
conjuntura do grupo de oposição, Flávio Dino destacou o sentimento de unidade
que existe entre os partidos que apoiam uma mudança no modelo de governo
estadual. “O que existe é uma tentativa de criar intrigas por parte de nossos
adversários, para escamotear problemas que eles possuem. Mas isso em nada tem
atrapalhado o nosso senso de união em busca de soluções para o nosso
estado”.
Flávio
Dino defendeu, ainda, a unidade da oposição nas eleições de 2014. Perguntado se
seria ele o candidato ao governo do estado de oposição ao grupo Sarney, Flávio
respondeu colocou seu nome à disposição para a disputa e que é pré-candidato ao
governo do estado, mas que, caso seja decidido que outro nome seja o mais apto
para a disputa, ele o apoiará. “Não só apoiarei, como darei meu voto e farei
campanha para o candidato escolhido pelo nosso campo”.
Recordes
no turismo
Como
presidente da Embratur (função que ocupa há um ano e meio), Flávio Dino tem
acumulado bons resultados reconhecidos nacional. Este ano, a Jornada Mundial da
Juventude (evento promovido pela Igreja Católica) deverá trazer ao Brasil pelo
menos 400 mil turistas estrangeiros. “Este deve ser o primeiro evento mundial
comandado pelo novo Papa, que deve ser eleito em breve, onde teremos mais de
dois milhões de jovens no Rio de Janeiro. Precisamos aproveitar este momento
para divulgar outros destinos do Brasil, entre eles o Maranhão, que tem
atributos turísticos únicos,” disse.
A
possibilidade de São Luís figurar como sede de treinamento de uma das seleções
que disputarão a Copa do Mundo também foi lembrada. Junto com esta
possibilidade, São Luís e Barreirinhas estão incluídas na Rota das Emoções –
itinerário sugerido pela Embratur aos turistas que visitarão Fortaleza (a uma
hora de voo de São Luís) durante a Copa do Mundo de 2014. A Embratur tem mantido
diálogo permanente com os secretários de turismo Jura Filho (estadual), Lula
Fylho (São Luís) e Sérgio XXX (Barreirinhas) para incrementar a vinda de
turistas estrangeiros ao Maranhão.
“A
ideia é fazer com que o Maranhão participe desse ciclo virtuoso que o Brasil tem
apresentado no turismo internacional. Temos diálogo permanente com 18 países e a
Embratur gere mais de R$ 200 milhões anuais em políticas públicas para fazer com
que o turismo internacional cresça no país, incrementando a economia brasileira”
destacou.